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Acesso a pesquisa03/01/2013

Indústria paranaense está otimista em relação a 2013

Pesquisa da Fiep revela que 84% dos empresários têm expectativa favorável para o próximo ano e que investimentos serão voltados para aumento da produtividade

Campagnolo: desempenho da indústria em 2012 e medidas de estímulo ajudam a explicar otimismo dos empresários (Foto: Mauro Frasson)

O empresariado do Paraná está otimista em relação a 2013. A XVII Pesquisa Sondagem Industrial, divulgada nesta terça-feira (18) pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), aponta que o nível de otimismo do industrial paranaense é de 84,02%, outros 11,86% acreditam que o ano que vem será desfavorável e 4,12% têm expectativa indefinida. Quando foi feita a prospecção para 2012, apenas 76,95% dos entrevistados tinham expectativas positivas.

Acesse a publicação com os resultados da pesquisa

A pesquisa, finalizada em novembro deste ano, contou com a participação de 412 indústrias de todas as regiões do Estado e de todos os tamanhos. Sob a ótica da estatística, este número confere uma representatividade da amostra de 95% de confiabilidade e uma margem de erro de 5%.

Para o presidente da Fiep, Edson Campagnolo, o aumento do otimismo da indústria paranaense se deve, em boa medida, ao desempenho do setor em 2012. “Percebemos que a evolução tanto da produção quanto das vendas industriais paranaenses continua acima da média nacional. Apesar de também enfrentar dificuldades, a indústria paranaense ainda navega em águas um pouco mais tranquilas do que a de outros estados”, disse.

Além disso, Campagnolo afirmou que as medidas de estímulo à indústria lançadas este ano pelo governo federal – como a desoneração da folha de pagamentos para vários setores – também ajudam a melhorar o otimismo do empresariado para 2013. “Principalmente no segundo semestre, o governo anunciou diversas medidas. Algumas delas só começam a valer a partir de janeiro e existe a expectativa de que tragam bons resultados”, disse.

Infraestrutura

O presidente da Fiep também destacou os planos de investimentos em infraestrutura que foram apresentados pelo governo nos últimos meses. “Esses investimentos são fundamentais para aumentar a competitividade do setor produtivo brasileiro no futuro. E a Sondagem Industrial mostra que o empresário paranaense está especialmente preocupado com essa questão”, afirmou.

Campagnolo se refere ao fato de que, segundo o levantamento da Fiep, apenas a área de energia elétrica foi considerada satisfatória pelos empresários, com aprovação de 61,88% dos entrevistados. Sobre a condição dos portos, aeroportos, ferrovias, rodovias, serviço de telefonia e infraestrutura urbana, a maioria dos entrevistados se disse insatisfeita.

O coordenador do Departamento Econômico da Fiep, Maurílio Schmitt, apresentou os resultados da XVII Sondagem Industrial (Foto: Mauro Frasson)

“Em 17 anos em que realizamos essa pesquisa, é a primeira vez que somente uma dessas áreas é classificada como satisfatória”, afirmou o coordenador do Departamento Econômico da Fiep, Maurílio Schmitt. “E ainda assim, muitos dos empresários fizeram questão de ressaltar de que, mesmo com um serviço satisfatório, as tarifas de energia ainda são muito elevadas e comprometem a competitividade das indústrias”, acrescentou o economista.

Investimentos

A Sondagem Industrial da Fiep mostra ainda que, entre os empresários paranaenses com expectativas favoráveis, 41,19% pretendem realizar novos investimentos no próximo ano, 40,09% creem no aumento das vendas e 18,71% no aumento do emprego. Do outro lado, entre os pessimistas, 55,84% não realizarão nenhum investimento, 22,08% acreditam que haverá redução nas vendas e 22,08% apostam na redução do emprego.

Quando observado o destino dos investimentos, a recomposição dos níveis de produtividade da mão-de-obra aparece em primeiro lugar, com 51,98% das opções dos empresários, e outros 49,75% pretendem investir na melhoria do processo produtivo. Este é um dos principais desafios que devem ser enfrentados em 2013. Segundo Maurílio Schmitt, a produtividade da mão-de-obra brasileira na indústria situa-se muito abaixo da dos países desenvolvidos e também abaixo das economias emergentes, os chamados BRICS.

Para o presidente da Fiep, a melhoria da produtividade da mão-de-obra depende, em larga medida, de investimentos em educação. “Infelizmente o governo não fez a sua parte no passado e agora, quando vivemos uma situação quase de pleno emprego e mesmo com o Sistema S fazendo a sua parte na capacitação profissional, enfrentemos dificuldades para encontrar mão de obra qualificada”, disse Edson Campagnolo. Segundo ele, a expectativa é que em 2013 seja ampliado o número de pessoas capacitadas, especialmente pela expansão do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), bancado pelo governo federal, com os cursos sendo oferecidos por instituições como o Senai.

Dentre os empresários ouvidos pela Fiep que apontaram aumento na produtividade em sua empresa em 2012, 50,99% o atribuíram ao ‘melhor gerenciamento de pessoal’. Outros 46,04% atribuíram esse fato à ‘modernização tecnológica’. Já 10,15% dos entrevistados apontam que não houve aumento de produtividade. Considerando os investimentos em máquinas, eles estão vinculados quase sempre à ‘utilização de máquinas e equipamentos modernos’ (79,46%) e devem-se à previsão de continuidade na expansão do mercado doméstico.

De acordo com a pesquisa 50,52% dos empresários acreditam que vêm mantendo a sua competitividade. Outros 40,86% afirmam que se tornaram mais competitivos em 2012, e 8,88% perderam competitividade.

Dificuldades

Dentre os principais entraves que afetam a competitividade das empresas no mercado interno, a elevada carga tributária continua aparecendo em primeiro lugar na Sondagem Industrial da Fiep, com 73,76%. Em seguida vêm os encargos sociais elevados (59,90%) e o custo financeiro elevado (36,63%). O quadro se repete com algumas variações quando avaliada a competitividade no mercado internacional. Os fatores que mais prejudicam os empresários paranaenses neste cenário são a elevada carga tributária (51,73%), os excessivos encargos sociais (45,05%) e a burocracia (39,60%).

Termômetro

A realização da XVII Pesquisa Sondagem Industrial teve a parceria do Sebrae/PR. Para o gerente de gestão estratégica da instituição, Fábio Ono, a pesquisa é importante para a análise das expectativas também das micro e pequenas indústrias do Paraná. “Essa pesquisa é um importante termômetro para o trabalho do Sebrae e observamos que para a pequena indústria, apesar das dificuldades, o cenário ainda é positivo”, afirmou.

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