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07/04/2022

Agenda 2030 e a Sericultura

Sustentabilidade na Cadeia de Valor

A indústria Fiação de Seda Bratac, participou da Expolondrina, com a Silk Talk: Conexão Agroecológica, o qual por meio do diálogo com aproximadamente  130 stakeholders: sericicultores, autoridades do governo do Estado, representantes da Seda Brasil, ABRASEDA, Sistema OCEPAR, IDR-PR, Sistema FAEP, ADAPAR, UEL, Embrapa e outros parceiros tratou de temas relevantes ressaltando a importância da agricultura orgânica familiar para o desenvolvimento do Estado do Paraná.  A conselheira e diretora do CPCE Norte, a Sra. Renata Amano, coordenou o encontro dando ênfase na importância do setor da sericultura para a economia local, na participação dos sericultores na cadeia produtiva e o compromisso ambiental necessário para a perpetuidade do setor, incluindo a Agenda 2030 no debate.

 

Nesse sentido, Rosane Fontoura, coordenadora executiva do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial - CPCE, realizou um diálogo sobre a relevância da agenda 2030 para o fortalecimento da sericultura e as suas contribuições para os objetivos de desenvolvimento sustentável. Abordou o equilíbrio necessário entre os pilares econômico, social e ambiental e a herança cultural milenar da seda que também deve ser respeitada.  Em sua fala, discorreu sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e relacionou algumas contribuições e desafios do setor frente aos Ps dos ODS, como:

PESSOAS: A sericicultura contribui para a redução da extrema pobreza em países em desenvolvimento (ODS1). Para a produção do fio de seda o melhor modelo de produção do agronegócio, é aquele que fomenta a agricultura orgânica. (ODS 2). As mulheres representam a grande maioria da força de trabalho na produção da seda (ODS5) e a atividade é desenvolvida em pequenas propriedades que empregam mão de obra familiar, diminui o êxodo rural e reduz a desigualdade social encontrada nos grandes centros urbanos(ODS10).

 

PLANETA: A seca afeta a criação de bicho-da-seda, as amoreiras, não crescem pela falta de água (ODS 6), o uso crescente de agrotóxicos tem causado a morte do bicho da seda e consequentemente a redução da produção do fio de seda (ODS12) .As mudanças climáticas, em curso podem afetar a criação de bicho-de-seda. (ODS13)

 

PROSPERIDADE: A indústria da seda é um setor estratégico para a criação de empregos, em especial para as comunidades rurais (ODS 8) e  o fio do bicho da seda tem sido usado no desenvolvimento de biomateriais, sendo um campo vasto para a inovação de novos usos (ODS9)

 

O setor é economicamente pujante e pela qualidade de seu produto conquista mercados exigentes no mundo todo e gera renda aos seus produtores. É socialmente justo, mas atualmente está ameaçado pelas derivas de agrotóxicos que impactam diretamente na sobrevivência dos bichos da seda. Por ser uma cultura sensível deve ser protegida urgentemente com Políticas Públicas e Programas governamentais, Pesquisas nas academias, Práticas no cultivo, na produção e comercialização em prol da sua continuidade. Para tanto a  Abraseda, Adapar, IDR PR, FAEP, FIEP , Seda Brasil, OCEPAR, UEL, conselhos locais e produtores são parceiros em prol do desenvolvimento sustentável do Paraná e o Conselho de Cidadania fica honrado com a presença da indústria BRATAC que insere a Agenda 2030 nas suas políticas de  Responsabilidade Socioambiental Corporativa.