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22/04/2021

Cenário Econômico no Mundo BANI

Educando na Sustentabilidade

Em 20 de abril, o Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial realizou em parceria com o Conselho Regional de Economia do Paraná – CORECON o diálogo que contou com as presenças dos diretores do CPCE , Sr. Rui Brandt, Gilberto Bordin, do Sr. Eduardo André Consentino, presidente do CORECON e do especialista em Neuromentoring e conselheiro sênior do CPCE, Sr. Cleuton Carrijo.

 

Em sua fala de abertura, Eduardo apresentou aos participantes questões de extrema relevância sobre o cenário econômico, contextualizando os índices de inflação dos últimos anos com a evolução do PIB que no final do ano de 2020 fechou o acumulado em - 4,1%, tratando ainda da questão do desemprego que no 4º trimestre de 2020 atingiu a marca de 29,8% de brasileiros com idade entre 18 e 24 anos.

 

Também trouxe informações quanto a conjuntura econômica de 2021 que no contexto da pandemia do Coronavírus segue impactando empresas e indústrias, golpeando o mercado financeiro e desestabilizando o cenário social de forma global, sendo que o agravamento dessas situações requereram dos governos o anúncio de medidas que pudessem apoiar a economia como: renúncias tributárias, programas de transferência de renda às famílias, transferências de recursos a estados e municípios, programas de apoio a manutenção do emprego e renda e programas de garantia às empresas ao acesso a crédito, o que avolumou pesadamente a dívida bruta do governo.

 

Diante dessa realidade, o conceito do mundo BANI se tornou indubitável, uma vez que o acrônimo representa o estado Brittle, Anxious, Nonlinear e Incomprehensible (Frágil, Ansioso, Não linear e Incompreensível) ao qual aparentemente estamos fadados, uma vez que este termo vem sendo utilizado para definir as mudanças de cenário especialmente neste período de crise sanitária e que seguirá impactando os modelos de vida e de negócios no período pós pandêmico.

 

O palestrante Cleuton Carrijo oportunizou aos participantes além do conhecimento, um momento de reflexão, referenciando-se ao mundo BANI não somente como um novo contexto de mundo, mas sim como uma lógica que determina como deve ser a nova postura pessoal (mindset) daqui pra frente.

 

Neste novo normal, fato é que fazemos parte de um mundo caórdico, expostos a condições caóticas, não sendo possível controlá-las, interpretá-las ou mesmo evitá-las, sendo assim, nos compete ordenar nosso comportamento de modo a desenvolver a inteligência emocional que nos ajudará a reagir bem diante de tantos “se” e “porquês”.

 

Cleuton em sua explanação evidenciou os traumas, vícios e transtornos decorridos no narcisismo digital e o quanto a pandemia avultou os olhares para o consumo digital ao mesmo passo em que vem doutrinando toda uma população que neste novo contexto fez emergir também uma crise global de saúde mental.

                                                                                                                      

O conceito da nova era BANI nos força a entender que o mundo é frágil o que o torna impermanente, que precisamos ser fortes, porque os conflitos, as mudanças e a insegurança são constantes, que o mundo está ansiosamente acelerado e que agora as nossas decisões precisam ser mais rápidas e ainda mais assertivas, que o mundo é um globo não linear e portanto a moldura de pensar de forma cartesiana não serve mais, porque agora as maiores conquistas serão daqueles que abrem um milhão de janelas ao mesmo tempo e que não precisamos usar nosso tempo buscando a lógica de tudo porque o mundo é incompreensível e nós mudamos a todo o momento.

 

E neste novo mundo é certo que as organizações precisam adotar uma gestão por consciência, fazer mais com menos, ou seja, a eficiência do ecossistema, ter uma abordagem disruptiva, prezando por uma gestão horizontal e compartilhada, construir uma visão orgânica, onde a empresa é vista como um ser vivo e cada parte/ integrante importa, tornando-se organizações dirigidas por valores, enquanto que as pessoas precisam desenvolver maturidade para a alta performance, mas principalmente encontrar o seu propósito de ser, de estar e de fazer.  Segundo  Yuval Noah Harari, Quem tem clareza, tem poder.

 

O evento foi encerrado com participação da Sra. Márcia Maria Furtado do Sindicosméticos que arguiu sobre a fragilidade das pequenas indústrias frente ao cenário apresentado, conseguindo aproximar ainda mais os dois palestrantes que desenvolveram seus conhecimentos nessa oportunidade.