SIPCEP

Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria do Estado do Paraná

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"Quando a crise melhorar nosso setor será o primeiro a reagir positivamente", afirma Borgmann

Presidente do Sipcep, Vilson Felipe Borgmann, avalia em entrevista a conjuntura econômica e as perspectivas para 2017

clique para ampliarVilson Felipe Borgmann, presidente do Sipcep. (Foto: Divulgação)

O presidente do Sipcep, Vilson Felipe Borgmann, encerra o ano com um balanço da conjuntura econômica que levou ao fechamento de padarias. Ele também avalia as perspectivas para 2017 e o profícuo ano no Sindicato, que continua com novos benefícios para o setor. Confira!

Como o senhor avalia o ano de 2016 sob o ponto de vista da conjuntura do país?

Vilson Felipe Borgmann - Foi um ano que tivemos muita instabilidade política e isso refletiu na economia. Nós temos hoje duas crises que são inéditas no País: a crise econômica e a crise política que não está deixando a economia deslanchar. Ainda assim 2016 foi um ano bom, que deu para realizar algumas coisas, principalmente no primeiro semestre. No segundo semestre já ficou mais difícil, a economia começou a parar.  Acreditamos que vamos fechar o ano com sinal negativo na panificação no Paraná e no Brasil. Houve retração de emprego, houve retração de vendas no ticket médio das padarias e isso afetou diretamente o setor. Com isso a perspectiva é fecharmos o ano com números negativos, coisa que há muito tempo não acontecia.

Qual o percentual médio de redução no faturamento?

Hoje nós podemos falar em 20% na queda de faturamento das padarias.

Como está sendo o comportamento do consumidor? Ele está deixando de comprar pão?

Ele está deixando de comprar itens de confeitaria e os chamados periféricos, que são os frios, um pouco de salgado, mas os pães caíram pouco. O cliente também não deixou de entrar nas lojas. Ele só deixou de comprar muita coisa que comprava antes. Hoje só se compra o básico.

 Como o senhor enxerga o futuro em médio prazo? Esse cenário pode melhorar?

Eu acho que o primeiro semestre ainda será bem difícil para a economia e para o nosso setor. No segundo semestre, se passar as propostas de ajuste fiscal que estão tramitando no Congresso e a parte política começar a se acalmar, acredito que possamos voltar a crescer e ter um quadro mais positivo no final do ano. 2018 ainda é uma incógnita porque vai depender do que o governo fizer em 2017. Como já disse a nossa crise é política, depende muito do governo. O comércio e a indústria estão produzindo, estão fazendo a sua parte. Mas enquanto o governo não se acertar não vai ligar os dois pontos.

O comércio vem sendo bastante afetado pela crise com fechamento de muitas lojas nos mais diversos setores. O senhor tem conhecimento se houve fechamento de empresas na panificação?

Nós temos um número de sete por cento de padarias que fecharam no Estado do Paraná este ano. E esse percentual não leva em conta as empresas que não tem dinheiro para fazer o fechamento legal e simplesmente baixa as portas e deixa de funcionar.

Na contramão da crise o Sipcep teve um ano muito produtivo e com muitas ações importantes. Como isso foi possível?

O ano de 2016 no Sindicato foi planejado e focamos bem no que queríamos realizar. É aquela máxima: com pouco fazer muito. Direcionamos bem os valores que tínhamos disponível, fizemos boas parcerias e com isso, apesar de toda a crise, conseguimos realizar o que estava prometido e previsto para o ano.

O que o senhor destacaria como a ação mais importante?

A Escola de Padaria, que entrou em operação com o bolo do aniversário de Curitiba, em março, produzido pela primeira no Sindicato. Depois de alguns testes e ajustes tivemos a presença do chef espanhol Javier Vara com um curso de alto nível e naquele momento confirmamos a Escola de padaria como uma excelente ferramenta de capacitação dentro do Sindicato.

O senhor acha que a Escola de Padaria hoje já está consolidade como referência para o setor em capacitação e aprendizado?

Hoje está. Tanto que estamos mudando agora para uma sede maior e o principal motivo é a Escola de Padaria. Percebemos que ela cresceu tanto que precisa de um espaço mais adequado. No primeiro dia de 2017 estaremos já nesse novo endereço com mais espaço para a Escola e também para o Sindicato, que estará mais preparado para esta e outras atividades.

Quais as metas do sindicato para 2017?

Acho que 2017 vai ser um ano de fixar raízes, consolidar os projetos que já foram lançados este ano. De novos projetos temos a proposta de criação de uma cooperativa ou uma Associação, com o objetivo de trazer um braço comercial com geração de recursos para o Sindicato e vantagens para os associados. A ideia é promover compras coletivas, com preços bem inferiores aos que são pagos de forma individual hoje e assim facilitar os negócios e aumentar a lucratividade. Além disso, essa iniciativa de uma associação ou cooperativa poderá também incrementar o volume de cursos a serem oferecidos.

Em 2017 o Sipcep completa 75 anos. Como serão as comemorações?

Estamos concluindo ainda o planejamento mas já posso adiantar que teremos uma celebração especial no jantar do panificador para comemorar essa data e as vitórias que temos no Sindicato hoje.

Que mensagem o senhor deixa para o panificador, especialmente para aquele que está enfrentando dificuldades?

Resumo essa mensagem em uma palavra: Esperança. Nosso setor reage muito rápido à recuperação porque está dentro do setor de alimentação. O Brasil é um País maravilhoso, já passamos por várias crises, com supermercados abrindo aos domingos - o que afetou o faturamento das padarias violentamente - e nós conseguimos nos recuperar. O panificador deve estar de olhos bem abertos para as oportunidades que vão surgir em 2017 e procurar ver seu negócio com a razão e não com o coração. Talvez alguns cortes sejam necessários mas no final de 2017 vamos estar novamente em ascensão porque nunca ficamos dois anos seguidos estagnados. Quero também convidar a todos os empresários do setor que se aproximem do Sindicato, caso não seja associado ainda, que o faça. Temos uma mensalidade baixa e o custo benefício é enorme. Até por conta da crise, o fato de estarmos unidos em torno de um objetivo comum fará toda a diferença.

Fonte: assessoria de imprensa do Sipcep

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