Sindimetal Sudoeste
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Responsabilidade social na empresa

Opnião

“Vamos nos concentrar em produzir e deixar os programas sociais para quem por lei deve fazer”

 

A muito tempo estamos assistindo passivamente corrupção, desmandos, apadrinhamento, acobertamento, clientelismo, descaso com a coisa publica, educação, saúde e infra estrutura.

 

Temos a felicidade de viver num pais onde condições climáticas e geográficas nos da muitas vantagens em relação a outros países, e a economia vem crescendo por mérito único e exclusivo da iniciativa privada e de algumas cabeças que não se cansam mesmo quando recebem “boas noticias“ de que o governo criou mais alguma taxa, imposto ou regulamento que vão aumentar ainda mais o custo Brasil.

 

Temos um governo assistencialista, que beneficia quem nada faz, as custas de quem produz, pois só esses geram riquezas.

 

Paralelamente a isso, a mídia nos bombardeia com matérias sensacionalistas que comovem a população para se organizar e promover campanhas de ajuda das mais diversas. E o conceito de responsabilidade social faz com que mais pessoas físicas e jurídicas dediquem parte de seu tempo ou recursos na filantropia para “cuidar” de obrigações que deveriam ser pagas pelos impostos de acordo com nossa constituição.

 

Todas as campanhas de moralização política ou tentativas de mudanças na legislação barram na força corporativa da classe política que tem tempo e dinheiro pra moldar a noticia ao seu bem querer, e as discussões necessárias para as tão sonhadas reformas fiscal, tributária, trabalhista e política acabam virando em pizza.

 

Quando chega a época de eleições, o eleitor “analfabeto político”, acaba votando sem compromisso nenhum pois não faz a mínima diferença quem entre, pois todos acabam cometendo os mesmos aberrações. Apesar de alguns discursos inflamados em favor da moralidade, na hora da votação secreta, é tudo alegria pro lado político.

 

Hoje ao montar uma empresa, você esta assumindo uma responsabilidade social muito além do objetivo da empresa, pois a legislação te obriga a “cuidar” de outras obrigações que por constituição é de responsabilidade do governo.

 

Perante a população, o governo esta “de bem” pois muito do que é responsabilidade dele, as pessoas físicas e jurídicas estão fazendo.

 

Pensando em uma forma mudar essa situação, estamos propondo a todas as empresas que façam responsabilidade social o que é de fato obrigação da empresa – pagar salários dignos e em dia – e deixar de lado todos os programas sociais patrocinados pela iniciativa privada.

 

Isso pode parecer estranho num primeiro momento, mas na medida que os programas sociais que são inteiramente financiados pela iniciativa privada começarem a desaparecer, e a população entender que não é o governo que estava financiando, ou ainda quando começarem a pressionar o governo para que ele cumpra seu papel, talvez assim nossos governantes fiquem em saia justa e tenham que cumprir o que manda a lei e o bom senso.

 

Precisamos pensar em ações a longo prazo que realmente tenha condições de mudar algo, sem financiar ONGs ou entidades que são formadas para “nos defender dos desmandos de governo”, mas que no fim são mais um cabide de emprego.

 

Se queremos moralizar as políticas publicas, precisamos nos preocupar em fiscalizar as despesas publicas e pra isso podemos contar com os observatórios sociais, que já estão sendo criados em varia cidades, num primeiro momento só para cuidar das finanças do município, mas na medida que isso for tomando força, temos certeza de mudança, pois é no município que as coisas começam.

 

Essa é uma ação que não acarreta custo ou tempo de ninguém, não precisamos fazer panelaço, apagão, boicote, ou qualquer outra atividade que envolva