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Construção Civil - 27/03/2013

Setor aquecido reflete em edição movimentada da Feicon Batimat 2013

Organização estima que durante os quatro dias de evento a feira recebeu 130 mil visitantes

Para os organizadores da Feicon Batimat (19º Salão Internacional da Construção), a feira atingiu o objetivo de reunir os principais empresários e profissionais dos setores ligados à construção civil. Os bons indicadores do varejo e os incentivos do governo, que mantiveram o ritmo da habitação no país, refletiram-se de maneira positiva no evento. Além da apresentação de novos produtos houve fechamento de negócios durante o evento.

Os presidentes da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) e Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) exibiriam números positivos tanto da indústria quanto do varejo de materiais de construção. “Temos muitos associados na feira e diversos deles têm fechado R$ 1 milhão por dia em negócios” explicou Cláudio Conz, presidente da Anamaco. Até o terceiro dia feira calcula-se que tenham sido concretizados mais de R$ 400 milhões em negócios. “De dois a três meses de vendas para o varejo da construção são efetuados aqui dentro, na Feicon Batimat”, mensurou o presidente da Anamaco. As vendas do varejo de material de construção devem crescer 6,5% em 2013, em relação ao ano passado.

Parte desse sucesso é creditada ao público especializado da feira. Apesar dos números totais não terem sido computados ainda, os organizadores estimam que até o último dia de evento, 16 de março, circularam pela feira 130 mil visitantes. “A qualificação deste público vem crescendo a cada ano, junto com o interesse de vários países no mercado nacional. Tivemos a presença de 27 países, sete a mais que a edição anterior”, afirma Liliane Bortoluci, diretora da Feicon Batimat.

Economia - O fôlego é também reflexo das estimativas de consumo geral no Brasil até o fim de 2013, calculado em R$ 119 bilhões em materiais de construção, segundo o Ibope. Esse total representa um aumento de 9% em relação ao gasto em 2012. Conz exibiu números obtidos pela Universidade Anamaco, que revela que o varejo da construção tem cerca de 139 mil lojas (129 mil varejistas e 10 mil atacadistas) em todo o Brasil. Pequenas e médias lojas constituem 80 mil empresas do ramo. Essas lojas têm até 300 m², cerca de 10 funcionários e oferecem por volta de cinco mil itens.

"Os lojistas estão otimistas com o governo federal, e 58% pretendem investir no setor nos próximos 12 meses. Ao lado disso, 26% dos lojistas têm a intenção de contratar funcionários em março deste ano. O setor já se prepara para atender a demanda que, acreditamos, deve aumentar ainda mais", concluiu o presidente da Anamaco. Tendências do varejo da construção também foram apresentadas, como o percentual relevante de lojas pequenas e médias que complementam faturamento com utilidades domésticas, eletrodomésticos e equipamentos de segurança. Tais itens aparecem em 24% das lojas desses tamanhos. Aproximadamente 48% das grandes redes oferecem até mesmo móveis e acessórios de jardinagem e decoração.

Os dados indicados por Walter Cover, presidente da Abramat, corroboram o ânimo do varejo, e provam que a indústria brasileira de materiais de construção tem capacidade de sobra para a demanda. “Atualmente atingimos 82% de uso da capacidade instalada”. Em fevereiro de 2012, o índice de utilização do parque industrial da construção era 83%. Permaneceu estável até fevereiro, não oscilando negativamente mais do que 2%. As pretensões de investimento da indústria também se revelam estáveis entre 2012 e o presente momento de 2013, sempre registrando por volta de 74% de opiniões favoráveis a novos investimentos, segundo pesquisa da Abramat. "O Brasil hoje apresenta um déficit de cinco milhões de moradias e a demanda por novas casas irá chegar a 20 milhões até 2020, devido ao crescimento populacional. O atendimento a esta demanda não será possível com a baixa produtividade dos métodos e processos tradicionais, e o setor está desenvolvendo, cada vez mais, soluções racionalizadas e industrializadas de construção”, complementou Walter Cover.

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