O Sindicaf-PR, esta acompanhando a propagação da crise da cerâmica vermelha no Brasil, através de Clipping, confirá algumas notícias que foram destaque:
Com crise, 20 das 150 cerâmicas da região encerraram as atividades
Indústrias reclamam do preço da matéria-prima e da dificuldade de escoar o produto no Mato Grosso do Sul
As indústrias ceramistas do Oeste Paulista estão passando por uma crise. Até agora, 20 das 150 cerâmicas tiveram que encerrar as atividades e muitas pessoas foram demitidas. Para o diretor da Cooperativa das Indústrias Ceramistas do Oeste Paulista (Incoesp), Milton Salzedas, vários fatores contribuíram para crise.
“As soluções que nós estamos buscando é junto aos deputados da região, para resolver principalmente a pauta fiscal, o estrangulamento que o Mato Grosso nos dá para o material acabado e o problema da balança. Para dar solução de alternativas para a gente escoar o nosso produto acabado”, explica Salzedas.
O empresário João Antônio da Silva é dono de duas cerâmicas em Panorama e está passando por dificuldades. “A matéria-prima está com preço muito fora do normal e também a insuficiência energética de queima, dificultando também com preço alterado e, o mais importante, a minha produção era escoada 80% dentro do Estado do Mato Grosso do Sul e, com a dificuldade da barreira fiscal ser criada por eles ali, eu perdi o mercado no MS”, lamenta.
Ele ainda fala que teve diminuição do lucro mensal em 30%, e no mês de abril tentou não demitir, mas dispensou cinco funcionários. “Possivelmente, se essa crise se estender por 30 dias ou mais, estou pensando até em fechar uma das minhas empresas”, ressalta Silva.
http://www.ifronteira.com/noticia-regiao-48298
Da Rádio Jornal
As indústrias de cerâmicas vermelhas estão passando por uma crise. Os produtores investiram em mão de obra e máquinas para melhorar o serviço, mas de acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Cerâmica para Construção no Estado de Pernambuco (Sindicer), Otiniel Barbosa, a substituição do tijolo por outros produtos tem dificultado o crescimento do setor cerâmico.
O sindicato também luta pela regulamentação do uso de energia renovável, já que a fabricação de tijolos utiliza a madeira como fonte energética. O coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Romildo Morant comentou a situação em entrevista ao repórter Carlos Simões.
Atividade tradicional no Estado, com produção em larga escala desde o começo do século 20, a fabricação de tijolos em Pernambuco passa por um período difícil. As informações do Sindicato da Indústria Cerâmica para Construção (Sindicer) são de que empresas estão desativando fornos (algo como fechar uma linha de produção), com unidades completamente paradas há 20 dias e aumentando, dia a dia, a lista de demissões. Há quem já compare o cenário, em deterioração desde 2011, à grande crise vivida pelo segmento na década de 1980, quando 40 empresas fecharam as portas. Na tentativa de auxiliar a atividade está sendo formado um grupo de trabalho com o governo do Estado, Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) e Sindicer para formular ações com resultados de curto, médio e longo prazo.
A maior queixa dos empresários do setor é a concorrência com o produto vindo da Paraíba e Rio grande do Norte. Lá, programas agressivos de incentivos fiscais derrubam o preço do tijolo, também chamado de cerâmica vermelha, e, com isso, ganham a maior parte do mercado dentro de Pernambuco. Há ainda uma disputa com outras tecnologias de construção como pré-moldados. Essas têm galgado mais espaços em empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida ou da reconstrução de habitações na Mata Sul.
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