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Coragem e persistência - 10/11/2014

Coragem e persistência são premiadas

Coragem e persistência são premiadas

Vencedores regionais do Prêmio de Inovação Finep têm histórias que unem ousadia, crescimento acima da média e resistência para defender suas ideias

Em uma economia como a brasileira, em que inovação ainda é raridade, três empresas paranaenses se mostram pontos fora da curva. Elas são finalistas da Região Sul em três categorias do Prêmio Finep de Inovação, que terá os vencedores nacionais conhecidos em dezembro. São elas: a Angelus, que desenvolve produtos odontológicos; a Biodiversité, de insumos cosméticos (ambas de Londrina); e a alimentícia CarobHouse, de Curitiba. Apesar de atuarem em ramos diferentes, elas têm em comum o olhar um metro à frente do que o mercado busca, além de histórias sobre obstáculos enfrentados para defender suas ideias.

Exemplo: se aceitassem as opiniões iniciais sobre o seu negócio, os criadores da CarobHouse estariam longe de faturar R$ 10 milhões em 2014. “Um consultor nos disse que o projeto era diferente demais. O banco não quis apostar. Então, usamos recursos próprios”, diz Eloisa Orlandi, que fundou a empresa com o marido, Luiz Carmine Giunti, criador das receitas da marca. Ex-executiva de banco, Eloisa investiu bônus e 13.º salários na fábrica de chocolates feitos à base de alfarroba. Neste ano, a marca aumentou a produção de três para quatro toneladas semanais. A ideia é usar a premiação do Finep – R$ 100 mil na categoria Inventor Inovador – para crescer mais, mantendo a média de 100% ao ano.

A Biodiversité, campeã na categoria Pequena Empresa, tenta driblar a morosidade dos processos de patente. “Descobridora” de insumos para a indústria cosmética – seja encontrando novos usos para ativos importados ou criando a partir de matérias-primas brasileiras –, a empresa sente que até estrangeiros têm vantagens nisso no Brasil. “Quando se pensa algo novo nesse ramo, tem outros mil pensando o mesmo. É preciso ser ágil, e pequenas empresas não têm isso fácil”, diz Joyce Guillen, sócia da Biodiversité.

Prestes a faturar R$ 3 milhões em 2014 (e disposta a dobrar o montante em 2015), a empresa se destaca tanto que já foi abordada por fundos de investimentos, mas permanece firme na intenção de expandir.“Sentimos que estamos prestes a estourar, por isso optamos por buscar fomentos”, diz Joyce. Os R$ 200 mil do prêmio serão usados em viagens para pesquisar tendências.

Na Angelus, os R$ 250 mil de prêmio na categoria Média Empresa serão usados para reduzir o empréstimo contratado do BNDES para ampliar laboratórios. A empresa permanece uma desbravadora de financiamentos e fomentos mesmo com previsão de faturar R$ 20 milhões neste ano – e 30% mais em 2015. É a forma de dar vazão às ideias que tem. “O número de projetos até supera a nossa capacidade de investimentos”, diz Roberto Alcântara, fundador da empresa.

Entre os planos futuros, está a parceria com uma empresa inglesa que exigirá R$ 12 milhões entre 2015 e 2017. O segmento de saúde se beneficia de uma rede de apoio a pesquisas mais extensa no país, na comparação com outros setores. No caso da Angelus, a coragem foi há dez anos, quando apostou nos mercados estrangeiros. “Para cada país que exporto, preciso adequar o produto à legislação. Isso envolve muito recurso”, diz Alcântara.

 Publicado em 09/11/2014 | CAMILLE BROPP CARDOSO – FONTE: GAZETA DO PO VO

 

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