Apesar de representarmos apenas 9,6 milhões da produção mundial de celulose e papel, que é de
174,7 milhões de toneladas/ano, possuímos uma produtividade florestal na plantação de eucalipto
(matéria-prima do papel), superior aos maiores países produtores. E é por este fato, que o engenheiro
químico e gerente geral da Votorantim Celulose e Papel de Três Lagoas, Renato Ottoni, afirma que o país
tem muito espaço para crescer no mercado mundial.
Fato este, que pode ser ilustrado por meio dos números: A produtividade das terras brasileiras é de 40 à
45 m³ de eucalipto por hectare/ano, e aqui colhe-se esta árvore após 7 anos de sua existência. Enquanto
isso, na Argentina a colheita é feita entre 7 e 12 anos, sendo 20m³ hectare/ano. Na Finlândia somente após
60 anos o pé de eucalipto pode ser colhido e sua produtividade é de 4m³ hectare/ano. Nos EUA a colheita
é feita em 10 anos, com uma fertilidade de 10 m³ hectare/ano. E no Canadá são necessários
45 anos de espera, 7m³ hectare/ano.
Esta superioridade de produtividade advém de dois motivos: o clima e a fertilidade de suas terras brasileiras. E foi
também apostando nesta vantagem que a Votorantim desde 2006 está construindo na região de Três
Lagoas uma fábrica de celulose e papel (VCP).
O empreendimento possui mais de 230 mil hectares de extensão, sendo 134 mil hectares de plantação de
eucalipto. Além desta área, esta empresa ainda possui outra fábrica do mesmo setor no interior de São
Paulo e uma em projeto no Rio Grande do Sul.
Segundo Eduardo Nogueira Campinhos, coordenador de pesquisa de desenvolvimento florestal (Ped) da VCP, a estimativa de produção
da empresa é de 40m³ hectare/ano com um consumo anual de madeira de 5,2 milhões de m³.
A unidade de Três Lagoas que está com 85% da obra construída, será a maior fábrica de celulose
do mundo com uma única linha de produção. Grande parte de sua produção será exportada,
apenas 31% ficará no Brasil. Sua inauguração está prevista para o 1º semestre de 2009.
Fonte: REMADE
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