Simadi
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. - 22/06/2011

Integração dos modais é saída para gargalos de infraestrutura, afirma Richa

José Richa Filho fala a empresários sobre estratégias para melhorar as condições de competitividade

O secretário José Richa Filho, falou sobre as ações do governo para melhorar a competitividade da indústria (foto: Mauro Frasson)

Construção de 12 novos berços de atracação no Porto de Paranaguá e 140 metros a mais de cais no Porto de Antonina, ampliação da Ferroeste dos atuais 250 quilômetros para 1.116 quilômetros, duplicação de rodovias, ampliação e melhorias nos aeroportos e implantação de centros de logística. Estas foram as principais obras apresentadas pelo secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, no Congresso Paranaense da Indústria, nesta terça-feira em Curitiba. Falando para uma platéia de empresários e lideranças empresariais, o secretário disse que a estratégia é investir na integração dos diversos modais de transporte para resolver os problemas de logística e infraestrutura do Estado.                

Segundo ele, o sistema integrado e compartilhado de infraestrutura e logística faz parte da estratégia do governo que busca uma desconcentração do desenvolvimento. “O crescimento do Paraná ficou extremamente concentrado nos últimos anos. Prova disso é que apenas 20 dos 399 municípios do Estado concentram 51% da população, 65% do PIB total e 70% do PIB industrial”, informou, acrescentando que este crescimento extremamente concentrado trouxe distorções aumentando a demanda por infraestrutura em determinadas áreas.  “Agora, a estratégia do governo é desconcentrar este desenvolvimento”, disse. 

De acordo com o secretário, os recursos para os novos investimentos em infraestrutura estão sendo buscados por meio de uma aproximação com o governo federal e através de parcerias público-privadas. “Há 30 anos o Porto de Paranaguá não recebe investimentos de grande porte”, disse o secretário. Segundo ele, agora esta situação começa a se reverter com os investimentos previstos. “Temos recebido várias propostas de PPPs, muitas empresas estão querendo se instalar em Paranaguá e Antonina e, além do novos berços de atracação, teremos ampliações e melhorias no corredor de exportação e nos terminais de contêineres, de veículos e de passageiros”, informou o secretário.

“Sem infraestrutura não tem economia que funcione bem”, disse o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, ao abrir o painel sobre Infraestrutura e Logística. Segundo ele, o Paraná reúne condições para ter uma economia de primeiro mundo, mas para isso precisa de portos, aeroportos, ferrovias e rodovias também de primeiro mundo. Confirmando a tese de Rocha Loures, o secretário Richa Filho apresentou números de movimentação recorde registrada no Porto de Paranaguá.

“Foram 1,8 milhão de toneladas só de exportação apenas em maio. No acumulado de janeiro a maio foram 4,2 milhões de toneladas de importação, um aumento de 47% em comparação a igual período de 2010”, informou. Segundo Richa Filho, Paranaguá registrou crescimento de 31,55% em exportação em janeiro de 2011 em comparação a igual período de 2010. “O Porto de Santos no mesmo período registrou queda de 14%”, disse. Em movimentação geral Paranaguá teve resultado positivo de 28% em janeiro de 2011 comparado com janeiro de 2010. No mesmo período, o Porto de Santos teve resultado negativo de 2%.

Alinhamento – “O principal avanço que pode se notar hoje na área de

Infraestrutura do Paraná é o alinhamento”, avalia Paulo Ceschin, coordenador do Conselho Temático de Infraestrutura da Fiep, que foi o mediador do painel. De acordo com ele, é importante a forma como o Estado está tratando a questão da infraestrutura e logística, de forma sistêmica, vendo a importância da integração dos modais e não tratando cada um de forma isolada. “A partir deste alinhamento, os avanços vão acontecer com projetos e ação programada”, acredita Ceschin, acrescentando que está começando a se criar situações favoráveis para os investimentos. Para ele, “as obras de infraestrutura não são obras de governo, mas obras de Estado”.  

O secretário José Richa Filho contou que sua primeira missão ao assumir a pasta foi buscar uma aproximação com o governo federal, que não existia. “Por conta da falta deste relacionamento o Paraná perdeu um investimento de R$ 190 milhões que seriam destinados à ampliação do cais oeste do Porto de Paranaguá”, disse. A abertura de diálogo com as outras esferas de governo e as parcerias público-privadas estão viabilizando alguns investimentos. É o caso da ferroeste, integrando Paraná com o Mato Grosso do Sul.

“Recebemos a visita do governador do Mato Grosso do Sul que veio propor uma parceria”, informou o secretário. Segundo ele, houve um entendimento e já foi assinado um termo de referência para a ampliação. A nova ferroeste terá 1.116 quilômetros e vai integrar os municípios de Maracaju, Dourado e Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul com Cascavel e Guaíra, no Paraná.  As obras de ampliação estão previstas para iniciar no segundo semestre de 2012. Segundo Richa Filho, é grande o interesse dos investidores e a procura por parcerias público-privadas no modal ferroviário. “Está faltando ferrovia para tantas empresas que querem participar de PPPs”, informou o sercretário.

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