Simadi
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. - 07/06/2011

Aplicação do dinheiro dos impostos é o foco da campanha da FIEP

Segunda edição da cartilha ?A Sombra do Imposto? mostra que mesmo com arrecadação em crescimento, população não tem retorno em serviços públicos de qualidade

      A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) iniciou nesta quarta-feira (25) a segunda etapa de sua campanha que busca conscientizar a população sobre a necessidade de mudanças no sistema tributário brasileiro. Ao lançar uma nova versão da cartilha “A Sombra do Imposto”, a Fiep passa a destacar a maneira como o dinheiro arrecadado com tributos é gasto pelos governantes, demonstrando que nem sempre os contribuintes têm o retorno esperado em serviços públicos de qualidade.

O lançamento da publicação fez parte das atividades em comemoração ao Dia Nacional de Respeito ao Contribuinte. Ele aconteceu durante um café da manhã na sede da Associação Comercial do Paraná (ACP), entidade parceira do movimento “A Sombra do Imposto”.

Durante o evento, o gerente-executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, comentou os resultados de uma pesquisa realizada pelo IBOPE, a pedido da entidade, em que a população avaliou o tamanho da carga tributária e a qualidade dos serviços públicos brasileiros. “O levantamento mostra que, na percepção do cidadão, a qualidade do serviço público está abaixo do esperado”, disse o economista. “A população avalia que os serviços poderiam ser melhores especialmente pelo montante de tributos arrecadados, contanto que a gestão dos recursos fosse melhorada”, acrescentou.

Além de mudanças que tornem a administração pública mais eficiente e garantam melhores serviços públicos, Castelo Branco também defendeu a necessidade de simplificações no sistema tributário brasileiro. Para ele, o panorama atual é propício para a realização da reforma tributária. “É mais fácil fazer mudanças e conseguir mecanismos de compensação da arrecadação em um cenário de crescimento econômico”, afirmou. “O sistema tributário brasileiro se tornou uma colcha de retalhos, praticamente uma Babel que não consegue se comunicar com os sistemas de outros países. Algumas formas de tributação só existem aqui e isso prejudica a competitividade dos produtos brasileiros”, completou.

O entendimento da CNI, no entanto, é que a reforma tributária dificilmente será aprovada pelo Congresso Nacional em um único pacote, sendo mais fácil iniciá-la pela resolução de problemas pontuais. “É preciso ter pragmatismo, porque muitos problemas são de urgente solução. Resolvendo problemas mais pontuais, abre-se a possibilidade de acontecer mudanças sistêmicas porque será criada uma coalizão pró-reforma”, disse. Entre as questões prioritárias que devem ser atacadas de imediato, Castelo Branco aponta a simplificação do sistema, com a redução do número de normas tributárias, além da desoneração dos investimentos, das exportações e da folha de salários das empresas.

Campanha

Iniciada em outubro do ano passado, a campanha da Fiep busca conscientizar a população sobre o impacto que a elevada carga tributária tem sobre o dia a dia de cada brasileiro. Pretende também criar uma mobilização de toda a sociedade para sensibilizar o Congresso Nacional e o governo federal a realizarem a reforma tributária. Na primeira etapa da campanha, foram distribuídas 1,5 milhão de cartilhas em todas as regiões do Paraná. Essa primeira versão da publicação mostrava, de forma simples e didática, o quanto é pago em tributos em cada produto que compramos ou serviço que contratamos, demonstrando o caráter onipresente da “Sombra do Imposto”.

Capa da nova cartilha

Agora, a segunda edição da cartilha destaca a maneira como o dinheiro dos impostos é gasto pelas diferentes esferas de governo. Mostra ainda que, em muitos casos, os cidadãos, mesmo já tendo pago altos impostos, são obrigados a contratar serviços privados para ter atendimento adequado em áreas prioritárias, como saúde, educação e segurança, que deveriam ser garantidas pelo poder público.

“Acreditamos que, além de uma reforma tributária que simplifique e reduza a carga de impostos, o Brasil também deve promover uma verdadeira reforma fiscal”, ressaltou o vice-presidente da Fiep, Edson Luiz Campagnolo, coordenador da campanha e do Conselho Temático de Assuntos Tributários. “Tornar a administração púbica mais profissional, eficiente e transparente é condição necessária para garantir que o país possa alcançar pleno desenvolvimento econômico e social”, acrescentou.

A exemplo da primeira cartilha, o novo material estará disponível em todas as unidades do Sistema Fiep espalhadas pelo Paraná. Além disso, os interessados podem acessar a cartilha e solicitar exemplares impressos através do site do movimento – www.sombradoimposto.org.br.

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