Simadi
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. - 01/04/2011

BNDES anuncia maior aporte financeiro para garantir inovação

Luciano Coutinho divulgou em primeira mão, na Fiep, as estratégias do banco para investimentos em inovação e desenvolvimento industrial

 

Presidente do BNDES anunciou aumento no aporte de investimentos para inovação (Foto: Gilson Abreu)

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, anunciou, em primeira mão, nesta sexta-feira (1º) para cerca de 500 empresários convidados pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), os esforços  de investimentos do Governo Federal por meio do banco para aumentar a competitividade empresarial com base na inovação. Entre as medidas de maior impacto está a renovação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI2), a nova Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP2), e o reforço de aporte financeiro à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). 

“O BNDES pretende repassar cerca de R$ 2 bilhões este ano para a Finep entre crédito e subvenção”, informou. Segundo ele, a Financiadora  tem maior capacidade técnica de investir em ideias inovadoras. “Além disso, começamos aqui pelo Paraná uma rodada de discussões com empresários, por meio da Fiep, para alimentar as estratégias da nova fase da Política de Desenvolvimento Produtivo, a PDP2”, destacou. Coutinho elogiou a iniciativa da Fiep na criação, em 2009, do Centro Internacional de Inovação (C2i) dizendo ser um exemplo a ser seguido por todos os estados brasileiros.

Na abertura do encontro, o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, deu o tom do que seria o evento ao destacar a importância do alinhamento entre a iniciativa privada e o setor público para que a inovação entre de vez na pauta das empresas. “A política industrial é um espaço de articulação entre o setor produtivo e o governo. Mas para que isso aconteça é preciso de uma estratégia. E esta estratégia é a inovação, que tem que acontecer, tanto nas empresas como também nos governos e na sociedade”.

Para Luciano Coutinho, a declaração do presidente da Fiep vai de encontro com as estratégias do Governo Federal. Segundo ele, a inovação é a chave para o desenvolvimento sustentável do Brasil, mas é, também, um grande desafio a ser enfrentado pelo setor público e privado. “A inovação é o eixo central das estratégias do BNDES para o desenvolvimento competitivo do Brasil. Mas para que ela aconteça será preciso unir forças entre empresas e governo. Nesse primeiro momento do governo da presidente Dilma, os esforços do BNDES estarão concentrados na injeção de recursos em importantes programas, como a PSI2, a PDP2 e na parceria que temos com a Finep”, reforça Coutinho.

Novas fontes de recursos

Outro importante anúncio do presidente do BNDES no encontro promovido pela Fiep foi o reforço dos investimentos do banco para atrair novos agentes de investimento para a inovação, como os fundos de Venture Capital, Private Equity e Seed Money. Iniciativas que incentivam o nascimento e desenvolvimento de ideias inovadoras e empresas nascentes por meio de recursos privados. Segundo Coutinho, programas como o Criatec serão renovados e outras medidas de atração destes fundos serão implantadas. “A presidência do BNDES está de portas abertas para receber novos fundos de Venture Capital, Private Equaty e Seed Money. Acreditamos muito no potencial destes fundos para o desenvolvimento da inovação no Brasil”.

Além disso, uma medida que reforça o interesse do BNDES pela administração privada de recursos é a ampliação do Fundo Garantidor de Crédito. Em 2010, o banco destinou cerca de R$ 1 bilhão aos bancos privados. Deste montante, Coutinho afirma que 60% foram captados por micro e pequenas empresas, que nunca tinham acessado nenhum tipo de crédito.

O Paraná é referência em inovação

O encontro de Luciano Coutinho com empresários paranaenses foi articulado pela Fiep por meio do Centro Internacional de Inovação (C2i). Além do presidente do BNDES, veio também o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges, e representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e do Sebrae.

O pensamento comum entre estes representantes de instituições com atuação federal foi resumido no discurso do presidente do BNDES, que destacou a Federação das Indústrias do Paraná como a instituição com melhor cenário no apoio real à inovação. “Esse é o primeiro dos eventos privados que eu participo em que já existem exemplos concretos de inovação. O C2i, criado em 2009 pela Fiep, deve servir de exemplo para todos os estados brasileiros e, por isso, eu vim ao Paraná acompanhado de uma equipe de especialistas do BNDES para atender diretamente os empresários”, destaca Coutinho.

Investimentos – Em entrevista coletiva à imprensa, Coutinho informou que o volume do desembolso para o estado em 2010 foi de R$ 11 bilhões. O presidente do BNDES destacou o percentual de micro e pequenas empresas paranaenses que receberam recursos da instituição no ano passado. “Enquanto no Brasil o percentual de MPE’s que receberam recursos do BNDES foi de 27% do total de desembolso, o Paraná ultrapassou a casa de 30% do montante destinado ao Estado. Isso mostra a importância de iniciativas como estas da Fiep em aproximar o setor produtivo com os governos”.

Rocha Loures destacou os gargalos de infraestrutura no Estado como obstáculo para a competitividade industrial (Foto: Gilson Abreu)

Para o presidente da Fiep estes investimentos são importantes mas ainda existem outros gargalos que atrapalham o desenvolvimento e a competitividade do setor produtivo no estado. O maior, segundo Rocha Loures, é a falta de investimento do Estado em infraestrutura. “Por isso temos que fortalecer a PDP. Porque ela não trata apenas de investimentos nas empresas, mas também do setor público em infraestrutura. Nós sofremos muito aqui no estado com problemas logísticos e com a falta de investimento dos governos nestes setores”, finaliza.

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