Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo!






Comunicar Erro

Verifique os campos abaixo!




17/11/2017

Diretriz: Melhoria da política de comércio internacional

Período 3: março 2017 / outubro 2017

O comércio mundial vem desacelerando desde 2012 se comparado com as últimas três décadas devido à desaceleração econômica, o amadurecimento das cadeias internacionais de valor e o crescimento de medidas protecionistas (CNI, 2017).

 

O crescimento de medidas protecionistas, está ligado às questões de acordos comercias, item de extrema importância no momento de analisar um possível país alvo. Os acordos internacionais viabilizam a redução tanto de barreiras tarifárias quanto a diminuição das barreiras não tarifárias para as empresas que desejam exportar.

 

O Brasil exportou nos últimos três anos apenas 1,17% do total mundial, ocupando a 26º posição de maior exportador mundial em 2016.  A 8ª maior economia mundial, 5º país mais populoso e um dos mais importantes parques fabris do mundo, permanece 13 posições atrás do México (Trademap, 2017). O México, segundo maior país da América Latina, ocupou a 13º posição de maior exportador mundial. As exportações brasileiras para a América Latina e Caribe nos últimos três anos representaram apenas 0,24% do total mundial, ou seja, não foi possível enviar nem mesmo 0,5% do total de produtos fabricados para países da região.

 

A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), continua monitorando as negociações dos acordos internacionais, acompanhando as reuniões da Coalizão Empresarial Brasileira (CEB[1]), grupo com 170 membros interessados em influenciar as estratégias brasileiras de integração internacional, permite que a Fiep esteja atualizada das ações do Governo Federal junto às associações setoriais por meio da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

 

Os acordos em negociação continuam pendentes: Mercosul-União Europeia; Aprofundamento do ACE 53 (Brasil-México); Ampliação do ACP Mercosul – Índia; Consulta Pública Japão e Coreia do Sul e Acordos de Cooperação e Facilitação de Investimentos. Todas as informações sobre os acordos e outros que estão em processo de ampliação ou proposta, podem ser consultadas no site da CNI (http://negint.cni.org.br/negint/usuario/acordos/consultaAcordos.faces) com informações completas e detalhadas.

 

O Brasil também mantém diálogos comerciais com a Associação Europeia de Livre Comércio (European Free Trade Association - EFTA), Canadá, Líbano e Tunísia (MDIC, 2017). As concretizações desses acordos podem de alguma forma contribuir para o incremento das exportações de produtos acabados do Brasil, bem como de algumas commodities.

 

Os acordos internacionais fazem parte da política internacional de comércio, sendo muitas vezes decisivos na tomada de decisão para o Investimento Direto no Estrangeiro (IDE). Ainda que o fluxo de investimento tenha caído em 2016 entre 10 e 15% (MDIC, 2016), estima-se que muitos países aguardam a recuperação da economia mundial para voltar a investir. Um exemplo de utilização de acordos no processo de internacionalização com investimento direto no estrangeiro, é o Mercosul para o Paraguai, que atraiu / atrai diversas empresas para o país vizinho, interessados em exportar para os países membros do Mercosul ou que possuem acordos bilaterais. A Lei Maquila no Paraguai viabiliza essa modalidade de investimento, muitas vezes vantajosa para empresas intensivas em mão de obra e energia elétrica. 

 

O movimento antiglobalização, tem influenciado a realização de acordos internacionais, apresentando os primeiros resultados em 2016 com o BREXIT, e com o posicionamento dos EUA em diversos acordos, bem como as dificuldades em renovação de acordos como o TPP – Transpacífico ou o Área de Livre Comércio da América do Norte (Nafta).

 

É importante ressaltar que os acordos internacionais são importantes e muitas vezes decisivos na tomada de decisão numa negociação internacional, e que o Brasil ainda é um país com acordos restritos, limitando a possibilidade de negociação das empresas brasileiras frente a empresas de países com maior número de acordos comerciais.

[1] A CEB é formada por entidades de classes, como associações, federações e sindicatos, e por empresas de diferentes setores; a CNI é responsável por promover e moderar as discussões que ocorrem no âmbito da CEB, convoca as reuniões, sugere as discussões e contribui para a avaliação técnica de temas de diferentes setores (CNI, 2017).

 

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Os seguintes erros foram encontrados:








    1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a prática do debate responsável. São abertos a todo tipo de opinião. Mas não aceitam ofensas. Serão deletados comentários contendo insulto, difamação ou manifestações de ódio e preconceito;
    2. São um espaço para troca de ideias, e todo leitor deve se sentir à vontade para expressar a sua. Não serão tolerados ataques pessoais, ameaças, exposição da privacidade alheia, perseguições (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
    3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus comentários e pelo impacto por ele causado; informações equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
    4. Defendemos discussões transparentes, mas os sites do Sistema Fiep não se dispõem a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza.
    5. Dos leitores, não se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam divergências, que acreditamos próprias de qualquer debate de ideias.