Biotecnologia

Entenda os avanços da biotecnologia na área da saúde

Evento teve mais de 300 participações presenciais e arrecadou 3.600 fraldas para o Hospital Pequeno Príncipe

27/10/2022

Promover a conexão entre os atores responsáveis pelo desenvolvimento de pesquisas e as oportunidades de negócios entre empresas e indústrias foi o objetivo do 1º Encontro de Rotas Biotecnológicas com foco em Terapias e Diagnósticos Avançados, que encerrou nesta quinta-feira (20). Realizado nos formatos on-line, via YouTube, e presencial no Campus da Indústria, em Curitiba, o evento contou com mais de 3.700 participações durante os três dias de programação. Também foram arrecadadas cerca de 3.600 fraldas, que serão destinadas para o Hospital Pequeno Príncipe.

Terapias e diagnósticos avançados, pesquisas científicas e desenvolvimento tecnológico, inovações, medicina de precisão, legislação e assuntos regulatórios foram alguns dos assuntos abordados durante o encontro. “O complexo econômico da saúde tem certa dependência de insumos de tecnologia de fora do país. Em contraponto, nós temos muita produção de ciência e pesquisa nacional, o que falta é conexão. Com o evento, conseguimos promover o contato entre esses pesquisadores e a oportunidade de utilizar isso na industrialização, nas soluções e para tornar produtos da área da saúde mais acessíveis à população”, pontua a coordenadora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Observatório Sistema Fiep, Ariane Hinça Schneider.

Os participantes ainda tiveram a oportunidade de acessar pesquisas e estudos nas áreas de saúde e biotecnologia. “Aproximar as micro e pequenas empresas de conteúdos relacionados à tecnologia e suas aplicações são fundamentais e um dos pilares do nosso trabalho, com foco na indústria. Em nosso site, vamos disponibilizar e-books e artigos relacionados sobre os temas abordados durante a programação", comenta a coordenadora setorial do Sebrae/PR, Adriana Kalinowski.

“O complexo econômico da saúde tem certa dependência de insumos de tecnologia de fora do país. Em contraponto, nós temos muita produção de ciência e pesquisa nacional, o que falta é conexão. Com o evento, conseguimos promover o contato entre esses pesquisadores e a oportunidade de utilizar isso na industrialização, nas soluções e para tornar produtos da área da saúde mais acessíveis à população”, pontua a coordenadora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Observatório Sistema Fiep, Ariane Hinça Schneider.

O gerente de Desenvolvimento de Negócios do IBMP, Lucas Rossetti Nascimento, acredita que o evento deve incentivar a realização de novas edições. “Foi possível garantir a participação de profissionais e estudantes, não só do Paraná, mas de todo o Brasil. Como resultado, tivemos a divulgação de um rico conteúdo técnico-científico, geração de conhecimento e networking”, celebra.

Katherine Athayde Teixeira de Carvalho, médica, professora e pesquisadora do Hospital Pequeno Príncipe, entende que a perspectiva é do surgimento de novas colaborações. “Foi muito importante promover a interação entre os participantes e incentivar a ter um olhar para a área de pesquisa com produtos que podem acelerar a indústria”, ressalta.

O proprietário da Loccus do Brasil, Eduardo Araujo, diz que o Brasil tem condições e suficiência para desenvolver insumos e preparar aplicações para a área da saúde. “Esse incentivo à criação de ecossistemas locais voltados para a fabricação, com um olhar cuidadoso para o processo produtivo, é necessário. Dessa forma, é possível destacar a habilidade brasileira para desenvolver novos insumos”, destaca.

Participação no evento
Localizada na capital paranaense, a Curityba Biotech trabalha com foco na realização de treinamentos na área de coleta de material biológico, com ênfase na obtenção de células-tronco. A diretora administrativa, Moira Leão, comenta que o evento teve programação com conteúdos plurais.

“Depois de um longo período de pandemia, tive a oportunidade de conhecer o trabalho de grupo de diversos locais diferentes e que podem se tornar potenciais parceiros. Além disso, vemos que as pesquisas da área da saúde estão cada vez mais amadurecidas, com negócios consolidados para atender a sociedade”, conta.

Premiação
Durante o evento, ainda foi realizada a premiação para os melhores trabalhos científicos do tema “Terapias e Diagnósticos Avançados”. Ao todo, 36 estudos foram apresentados e, destes, 27 foram selecionados para publicação no site do evento e no aplicativo Meu Sebrae. As três melhores pesquisas foram publicadas.

1º lugar
Tema: Desenvolvimento de um pulmão artificial 3D como ferramenta para teste de candidatos a medicamentos para o Covid-19.
Pesquisadora: Nádia Nascimento da Rosa.

2º lugar
Tema: Potencial terapêutico das células precursoras neuronais na retinopatia diabética – modelo pré-clínico.
Pesquisadora: Claudia Sayuri Saçaki.

3º lugar
Tema: Membrana amniótica descelularizada como carreador de células e matriz extracelular em engenharia tecidual óssea.
Pesquisadora: Dilcele Silva Moreira Dziedzic.

Ainda foram sorteadas cinco bolsas de 100% do curso de “princípios de boas práticas em cultura celular” na Biosinstesis, além de duas bolsas de 50% no curso de “gestão de inovação” no Senai.

O Encontro foi promovido pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e pelo Sebrae/PR, com parceria do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), do Instituto de Pesquisa Pequeno Príncipe e Faculdades Pequeno Príncipe, do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), e apoio da Fundação Araucária e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).