Automotivo

Competitividade da indústria automotiva paranaense é tema de encontro em Curitiba

Objetivo é fomentar parcerias e estimular o desenvolvimento de projetos inovadores para o setor por meio da Rota 2030, do Governo Federal

20/09/2022

Empresas da cadeia automotiva paranaense participaram, no dia 15 de setembro, do Encontro Nacional das Coordenadoras do Programa 2030 (Enacoop 2030 – Edição Curitiba). O evento teve como objetivo fomentar parcerias e estimular a inovação para aumentar competitividade da indústria automobilística do estado. Outra meta foi fortalecer parcerias para ampliação de projetos, expandindo a atuação da Rota 2030 no Paraná – programa do Governo Federal que dá suporte ao setor em desenvolvimento tecnológico, inovação, segurança veicular, proteção ao meio ambiente, eficiência energética e qualidade de produtos.

Participaram do debate 128 representantes das montadoras, fornecedores, fabricantes de autopeças, importadores de veículos e prestadores de serviço do segmento automotivo, além dos coordenadores do programa como Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), Senai, Fundep (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa), Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e Institutos de Ciência Tecnologia (ICT’s).

“Quatro grandes instituições de fomento, que estimulam e financiam o desenvolvimento de projetos junto às indústrias, para elevar o nível de competitividade e a capacidade produtiva, estiveram aqui”, resume o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná, Carlos Valter Martins Pedro. “No Paraná, só em 2022, já foram aprovados mais de R$ 9 milhões em projetos que serão desenvolvidos junto aos Institutos Senai de Tecnologia e Inovação, capitaneado principalmente pelo ISI Eletroquímica”, reforça.

Os incentivos fiscais e os recursos ganham importância pelo resultado e o impacto na geração de emprego e renda aqui no estado. De acordo com dados levantados pela Fiep junto à RAIS, IBGE e Secex, o Paraná foi o terceiro maior empregador do país no setor automotivo em 2021. Abriga 10% das indústrias e dos postos de trabalho do segmento no país. Atualmente, são 637 estabelecimentos ligados à cadeia automotiva instalados aqui, que geram mais de 38 mil empregos diretos. O setor automotivo responde ainda por 15,1% do PIB industrial paranaense, relevância superada apenas pelo segmento alimentício. É a terceira atividade da indústria de transformação que mais exporta (8,5% do total), equivalente a US$ 1,5 bilhão, e a segunda que mais importa (13%), totalizando US$ 2,2 bilhões em 2021.

Os números comprovam a relevância e o peso da Rota 2030 para a atividade automotiva paranaense. O programa reduz a alíquota de importação de autopeças não produzidas no país. Em troca, empresas depositam 2% do valor importado em projetos do programa A3 do Senai, que promove desenvolvimento industrial e tecnológico para toda a cadeia produtiva.

O programa foi elaborado em um contexto no qual o setor automotivo mundial sinaliza profundas transformações, tanto em relação à fabricação de veículos quanto ao modelo de consumo e forma de utilização. No Paraná, quatro grandes temáticas foram priorizadas para interação durante o encontro: consórcios, diversificação da matriz energética, conectividade e eletromobilidade.

Como resultados do encontro destaque para a integração dos participantes e o debate sobre quais as rotas tecnológicas precisam ser aprimoradas para proporcionar mais inovação para o setor.  Também foram discutidas ações para promover maior impacto na competitividade das indústrias por meio das oportunidades do programa Rota 2030.

“No Paraná, temos diversos cases de projetos nos dois eixos de atuação do Programa Rota 2030, de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) e Produtividade/Digitalização”, cita Fabrício Luz Lopes, gerente executivo de Tecnologia, Inovação e Responsabilidade Social do Sistema Fiep. De acordo com ele, a ideia é desenvolver tecnologias portadoras de futuro, a exemplo dos veículos elétricos, híbridos, baterias, visão computacional para melhoria de processos, dentre outras. “É importante destacar que além do olhar para PDI, o Rota 2030 também atua junto às empresas fornecedoras para melhoria de processos de produtividade e digitalização”, reforça.

O papel do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica do Sistema Fiep
O Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica tem atuado no desenvolvimento dos fornecedores da cadeia automotiva, pela melhoria de processos, aumento da produtividade e adoção de tecnologias tanto para atender a demanda nacional quanto para novos projetos.

Como case de sucesso, executado pelo ISI Eletroquímica, temos o projeto Consórcio de Baterias envolvendo 11 empresas concorrentes fornecedoras de baterias. Neste projeto específico, não existia tecnologia start stop para baterias nacionais. O grande desafio foi nacionalizar o desenvolvimento desta tecnologia com todas as competências do ISI Eletroquímica junto as fornecedoras parceiras. Confira mais novidades aqui.

Sobre a Rota 2030
O objetivo é desenvolver produtos e processos inovadores para resolver os desafios da cadeia automotiva, elevar a competitividade e a produtividade. Isso ocorre por meio da parceria e da cooperação entre indústria da cadeia automotiva, Institutos Senai de Inovação e as Instituições Financiadoras (Senai, Embrapii, Finep e Fundep).

Além disso, o Programa Rota 2030 abre um cenário de oportunidades para as empresas do setor investirem no desenvolvimento e na aplicação de novas tecnologias, consolidando um modelo fabril competitivo e inserido na produção global de veículos automotores.