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Com um misto de tensão e entendimento, representantes do setor pecuarista dos
países do Mercosul discutiram o controle da febre aftosa na Bolívia, que ainda emperra a declaração
da Amércia Latina como continente livre da doença com vacinação.
As lideranças dos
países se encontraram ontem para reunião da Federação das Associações Rurais do
Mercosul (Farm), no auditório da Farsul, na Expointer, e decidiram que o intercâmbio entre os países do
bloco deve ser intensificado para que a imagem da carne latinoamericana seja mais valorizada no comércio internacional.
Menos
interferência da política partidária no setor pecuarista e mais integração na definição
das estratégias para a erradicação da aftosa são as maiores cobranças dos pecuaristas bolivianos
– e também dos demais integrantes da Farm. Com sete milhões de cabeças, a Bolívia teve seu
último foco de aftosa registrado em 2007, em Santa Cruz.
– Queremos participar do plano estratégico
de controle da doença, trocando experiências com os países do Mercosul, especialmente o Brasil –
afirma Christian Ivanovic, presidente da Confederação de Criadores de Gado da Bolívia, que diz ser inviável
a meta estipulada pelo governo Boliviano de declarar o país livre da aftosa em dezembro de 2011.
Em resposta
à incredulidade do compatriota, o diretor do Serviço Nacional de Sanidade Agropecuária da Bolívia,
Romeo Amorín, garantiu que, até agora, considera a meta possível, com possibilidade de revisão
se for necessário.
Discurso conciliador também fez o secretário de Defesa Agropecuária
do Ministério da Agricultura, Francisco Jardim, defendendo a integração dos países e o envolvimento
dos produtores nas decisões sobre a contenção da aftosa. Depois de participar da reunião da Farm,
no Fórum Canal Rural, na Casa RBS, reforçou que não vacinar os rebanhos é um risco.
Fonte: Zero Hora, 03/09/2010