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Para manter a competitividade da indústria têxtil nacional diante da quebra
da safra brasileira de algodão, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu zerar o imposto de importação
para uma cota de até 250 mil toneladas do produto, entre outubro deste ano e maio de 2011. A tarifa atual é
de 10%.
"A quebra da safra e o aumento da produção na indústria trouxeram o risco de abastecimento
e, por isso, foi tomada a decisão", afirmou o secretário-executivo substituto da Camex, André Alvim.
Segundo ele, a decisão ocorreu por meio de um acordo com todo o setor.
De acordo com dados do Ministério
da Agricultura apresentados à Camex, a área cultivada de algodão no País caiu de 1,077 milhão
de hectares em 2009 para 846 mil hectares este ano. O recuo de 21,78% equivale a uma redução de cerca de 1 milhão
de toneladas do produto em relação à safra anterior. Com isso, o preço da arroba de algodão
passou de R$ 44,60 em janeiro para um pico de R$ 53,00 em julho. "Se a cota for insuficiente, poderá ser aumentada,
mas acreditamos que o limite de 250 mil toneladas tenha uma margem de segurança suficiente para o abastecimento até
maio", afirmou Alvim.
Autopeças
A Camex também aprovou uma lista com 116 autopeças sem
produção nacional que terão alíquota de importação reduzida para 2%. A medida terá
vigência enquanto durar o regime automotivo comum entre Brasil e Argentina.
Como o governo brasileiro está
extinguindo o redutor da tarifa de importação de autopeças, as montadoras solicitaram um regime diferenciado
para as partes não produzidas localmente. O redutor das alíquotas para qualquer autopeça importada era
de 40% até o fim de agosto, ficará em 30% até o fim de novembro e será de 20% até o fim
de abril de 2011. Após esse período, voltarão a ser cobradas as alíquotas cheias, que variam de
14% a 18%.
Segundo Alvim, as empresas que optarem por adquirir peças da lista com alíquota reduzida a
2% não poderão mais utilizar o redutor até a sua eliminação. Além disso, se essas
peças passarem a ser produzidas no Brasil, voltarão à tributação normal. "Como é
uma lista complexa, há possibilidade de revisão se for necessário no futuro. Se houver início
da produção de determinada peça no País, ela será excluída da lista", completou
Alvim.
Fonte: Agência Estado, 15-09-2010