Tudo o que você precisa saber para exportar: confira as dicas

Se você é um empresário que ainda não atua no mercado externo e tem interesse em exportar o seu produto, é necessário se informar sobre tudo o que envolve este processo. Exportar demanda um bom planejamento estratégico, uma avaliação criteriosa do mercado externo, a identificação de potenciais clientes, o conhecimento da legislação e dos acordos comerciais, a formação de preços, a adequação da embalagem do produto e a logística.

O Sistema Fiep conta com o Centro Internacional de Negócios (CIN) que presta uma série de serviços para apoiar o empresário neste caminho. A área foi apresentada em 2 de outubro aos sindicatos filiados, na segunda edição do projeto ‘Por dentro do Sistema Fiep’. A iniciativa é da Gerência de Relações Sindicais que a cada mês está detalhando um setor para que os sindicatos saibam tudo o que a instituição oferece e possam compartilhar estas informações com as indústrias que representam.

Inteligência comercial

Capacitações, organização de missões internacionais, inteligência comercial, encontro de negócios com clientes estrangeiros, busca de intercâmbio comercial e tecnológico e a emissão de certificado de origem são alguns dos serviços que o CIN oferece, conforme explicou a coordenadora de Comércio Exterior, Cláudia Schittini. Ela informou que os sindicatos filiados à Fiep bem como suas indústrias associadas têm desconto em todos os serviços ofertados pelo CIN. Além disso, podem, de forma gratuita, inserir seus dados no Cadastro das Indústrias do Paraná, uma publicação anual do CIN, que reúne informações estratégicas para compradores, clientes, parceiros e fornecedores da indústria, funcionando como uma vitrine para as empresas, ampliando as possibilidades de negócios.

Certificado de origem

Um dos principais serviços prestados pelo CIN é a emissão do certificado de origem. Trata-se de um documento que atesta a origem da mercadoria. É exigido pelo importador para que ele tenha a isenção parcial ou total de impostos de importação. A coordenadora do Certificado de Origem, Márcia Demorath, citou como exemplo a exportação de um lote de produto que totalize US$ 100 milhões. “Sem a apresentação do certificado de origem, o importador teria que pagar US$ 10 mil de imposto de importação, ao passo que apresentando o certificado ele tem isenção total”, explicou. “A emissão do certificando torna o produto brasileiro muito mais competitivo e garante um maior poder de barganha para o exportador”, acrescentou.

Segundo Márcia, o certificado de origem atende a acordos comerciais que o Brasil mantém com vários países. “No total   são 24 acordos vigentes”, disse. Além da maioria dos países da América Latina, os acordos contemplam também Índia e Israel. Além destes, há outros acordos em fase de estudo e negociação que devem ser firmados entre o Mercosul e a União Europeia, o Canadá, o Líbano e a Tunísia. O Sistema Fiep conta com três postos avançados para a emissão do certificado de origem: na sede da Fiep (em Curitiba), em Paranaguá e em Foz do Iguaçu.

Ata Carnet

O CIN também emite o Ata Carnet, um passaporte aduaneiro que permite a exportação temporário de alguns bens. Isso acontece, por exemplo, quando uma empresa brasileira vai expor produtos numa feira internacional. A emissão do documento desburocratiza e agiliza o processo. “Com a emissão da Ata Carnet, o empresário recebe um voucher que lhe dá o direito de levar os seus produtos para quatro destinos internacionais diferentes no período de um ano. Sem o documento, haveria a necessidade de retorno ao país de origem para uma nova emissão de documentação para cada destino”, explicou a coordenadora. “A Ata Carnet garante mais segurança e redução de riscos no transporte de materiais, além de agilizar o processo, reduzindo o tempo para os trâmites nas aduanas”, acrescentou. A emissão da Ata Carnet envolve 75 países signatários da Convenção de Istambul.

Cooperação internacional

Também foi apresentada a área de Cooperação Internacional do CIN, que oferece oportunidades para empresas que queiram buscar parcerias tecnológicas internacionais. Um dos serviços requisitados é a busca de peritos internacionais. Já há trabalhos nesta linha envolvendo Paraguai, África do Sul e Japão.

O CIN também sedia o escritório brasileiro do Estado alemão de Baden-Württemberg, com quem o Sistema Fiep mantém cooperação há mais de 30 anos. O Estado é o principal centro industrial da Alemanha e investe 5% de seu PIB em Pesquisa e Desenvolvimento.  A região é referência em várias áreas, entre elas tecnologia ambiental, energias renováveis, construções sustentáveis, indústria automobilística, indústria médica e farmacêutica e Tecnologia da Informação. Os industriais que tenham interesse em intercâmbios com a Alemanha podem contar com o apoio do escritório.

Rede CIN

O Centro Internacional de Negócios do Sistema Fiep integra a Rede CIN, que tem abrangência nacional e é coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Para saber mais sobre todos os serviços ofertados pelo CIN, bem como acessar a agenda de cursos e eventos, clique aqui.

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