1 de abril de 2022
Associativismo | Relações Sindicais
7º Bate-papo virtual de Boas Práticas Sindicais destaca avanços do associativismo

A sétima edição do Bate-papo virtual de Boas Práticas Sindicais realizado ontem (30/3) trouxe a experiência do Sindicato das Indústrias do Calçado e Vestuário de Birigui (Sinbi), São Paulo. Foi uma boa oportunidade para compartilhar a experiência da entidade, fundada há 42 anos, e que atualmente conta com 132 empresas associadas, num polo calçadista com mais de 450 organizações. O polo industrial de Birigui se formou há 64 anos. Gera 17 mil empregos, produz 56 milhões de pares de calçados em 33 municípios e exporta seus produtos para mais de 60 países dos cinco continentes. Birigui é nacionalmente reconhecida como a Capital Brasileira do Calçado Infantil.

A convite da gerência de Relações Sindicais do Sistema Fiep, a diretora executiva, Silvia Mestriner, e a analista de projetos e marketing, Elines Rodrigues, compartilharam experiências e projetos do Sinbi desenvolvidos juntos aos associados e à comunidade em geral. O foco é atuar como agente de desenvolvimento do polo calçadista por meio de projetos e ações que gerem oportunidades de profissionalização dos empresários e de seus colaboradores, para fomentar negócios e contribuir com causas sociais e ambientais.

No bate-papo inicial, a diretora Silvia Mestriner contou que mesmo antes da pandemia da Covid-19 chegar ao país, o Sinbi vinha num trabalho relevante de mostrar aos associados a importância da transformação digital dentro das empresas para melhorar a competividade do polo. “A velocidade de evolução nessa indústria é muito alta e precisávamos unir as empresas num objetivo comum para fortalecer essa cultura de se adequar às demandas do mercado para não ficarmos para trás”, contou. “Nosso associado precisava entender essa necessidade e o trabalho era apontar os novos caminhos para ele e seus sucessores. Criamos ações, eventos e palestras focadas nos objetivos deles. Mostramos ao empresário o novo olhar que deveria ter para o todo, não apenas para seu negócio e isso se reverteu em melhorias”, explica.

Durante a pandemia, o Sinbi logo iniciou uma fase ativa de promoção de lives para orientar os empresário sobre os cuidados com a crise sanitária, questões referentes à legislação e medidas trabalhistas, ações de cunho social para atender à comunidade e assim o associativismo se fortaleceu. “Não perdemos nenhum associado durante a pandemia. Os que já estavam em processo de transformação digital continuaram evoluindo e os que perceberam que precisavam se atualizar nos procuraram”, disse.

A diretora comentou que o cuidado com o associado é personalizado e começa desde quando formaliza sua adesão. “Verificamos como ele é recebido quando entra, como está sendo feita nossa comunicação com ele e o acompanhamento. Temos uma equipe interna enxuta, mas cada um atende um grupo de associados, o que nos permite estreitar o relacionamento com eles e verificar quais são suas necessidades para que nossas atividades façam sentido e os ajudem a evoluir”, reforça. “A contrapartida do sindicato é fundamental para manter o associado. Ele precisa ver valor agregado para ficar com a gente”, destacou.

Outro fator importante é fundamental no relacionamento com o associado. “Precisamos saber ouvir cada pessoa que nos procura. Muitas vezes os sindicatos estão preocupados em fazer eventos e propor ações, mas não escutam qual a expectativa dos empresários. Isso é muito importante na construção do relacionamento e para entender o que ele espera e precisa”, completa.

O Sinbi também atua para formar conexão forte com entidades parceiras, como Federações, Sesi, Senai, Sebrae e entidades filantrópicas. Tudo visa fortalecer o associativismo e oferecer contrapartidas que façam sentido. “Não nos limitamos a São Paulo, estamos abertos a parceiros que agreguem valor a nossos projetos”, explica a diretora.

O Sindicato tem como foco três eixos de atuação. Um braço comercial, com acesso ao mercado, que prevê parcerias, participação em feiras, rodadas de negócios, eventos que fomentem vendas; um educacional, para levar conhecimento, cursos, treinamentos e atualização ao associados e seus colaboradores para disponibilizar o que há de mais novo no mercado; e um braço social, que cuida de ações para atendimento à comunidade.

“Hoje atendemos 80 crianças numa grande atuação de responsabilidade social, promovendo atividades de música, informática, atendimento psicológico, entre outras, que visam contribuir com a sociedade”, comentou. O retorno desse projeto se mede pela empatia, o respeito e a credibilidade que o Sinbi constrói com toda a sociedade”, completou.

Mais informações sobre os projetos do Sinbi podem ser conhecidas no site www.sindicato.org.br .

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