Sistema Fiep marca presença em encontro regional da Jornada Nacional de Inovação

O diretor da Fiep Lúcio Kamiji, que coordena o Conselho Temático de Tecnologia e Inovação para a Indústria da entidade, participou nesta quinta-feira (2), em Florianópolis, do primeiro encontro regional da Jornada Nacional de Inovação. Promovido pela Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), iniciativa encabeçada pela Confederação Nacional da Industria (CNI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o evento reuniu representantes das Federações das Indústrias do Paraná (Fiep), Santa Catarina (Fiesc) e Rio Grande do Sul (Fiergs), além de empresários e profissionais ligados à inovação nos três estados.

Em agosto, o Paraná recebeu quatro encontros da iniciativa, realizados em Curitiba, Londrina, Cascavel e Foz do Iguaçu. Agora, durante o encontro na sede da Fiesc, foi feito um balanço das experiências e dos depoimentos que foram compartilhados ao longo da passagem da Jornada pela região. O evento teve três painéis temáticos que trataram das visões de futuro para a região Sul, das políticas e oportunidades para impulsionar a transição ecológica e digital, do papel das instituições de fomento e da ascensão das deeptechs, startups de base científica e tecnológica que estão moldando o futuro da indústria.

Para Kamiji, o encontro com representantes das três Federações abre novas possibilidades de atuação conjunta em prol da inovação industrial. “Temos certeza de que que esta nova mobilização promovida pela Jornada Nacional de Inovação vai fortalecer ainda mais o nosso alinhamento regional”, disse. “Com esta iniciativa, poderemos somar ainda mais esforços, compartilhar boas práticas e, principalmente, construir estratégias conjuntas que possam ser aplicadas de forma prática e efetiva em nossos três estados”, completou.

Entre outras lideranças, o evento desta quinta teve as participações do presidente da Fiesc, Gilberto Seleme, e do diretor de Desenvolvimento Industrial, Tecnologia e Inovação da CNI, Jefferson Gomes (na foto acima, ao lado de Kamiji).

Sobre a Jornada
A Jornada de Inovação da Indústria é um evento itinerante. De julho de 2025 a março de 2026, a caravana passará pelos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal para mapear os principais desafios que indústrias, deeptechs e startups enfrentam para inovar. Ao fim, os resultados serão apresentados e debatidos no Congresso Nacional de Inovação de 2026.

No Sul, a Jornada de Inovação da Indústria percorreu São Leopoldo, Porto Alegre, Chapecó, Joinville, Criciúma, Caxias do Sul, Curitiba, Londrina, Passo Fundo, Cascavel e Foz do Iguaçu. Foram mais de 1 mil participantes das programações, cerca de 49 especialistas convidados, mais de 500 lideranças da indústria, aproximadamente 420 acadêmicos e mais de 700 indústrias participantes.

No evento na sede da Fiesc, Paulo Renato Cabral, gerente do Sebrae Nacional, apresentou os dados coletados nos eventos que antecederam o encontro regional. Ele destacou ainda duas iniciativas do Sebrae protagonizadas por Santa Catarina que impulsionam o desenvolvimento tecnológico: o polo de startups e, derivado do polo, o Startup Summit. A análise mostra ainda que o Rio Grande do Sul se destaca por ecossistemas de inovação especializados, com empresas de base tecnológica em setores estratégicos como biotecnologia e semicondutores, e o Paraná pela potência da transição ecológica, com iniciativas voltadas às energias renováveis. 

Já a nuvem de palavras que sintetiza a visão dos participantes na Região Sul destacou conceitos como transição energética, inteligência artificial, bioeconomia, economia circular, inovação em biomateriais, sustentabilidade e Indústria 4.0, confirmando o protagonismo sulista em tecnologias aplicadas à indústria.

Entre os principais temas debatidos, estiveram a transição energética com fontes renováveis, a aplicação de biotecnologia e nanotecnologia em novos materiais, a digitalização da indústria com uso intensivo de dados e inteligência artificial, além de estratégias para incluir micro e pequenas empresas em ecossistemas de inovação e cadeias produtivas.

Jefferson Gomes, da CNI, lembrou o peso do Custo Brasil para as empresas brasileiras, estimado em R$ 1,7 trilhão por ano. Isso equivale a 20% do PIB brasileiro, segundo levantamento da CNI. Também citou avanços tecnológicos que precisam ser acelerados, usando como exemplo a produção do trigo. “Tem que ter um amplo domínio de conhecimento para desenvolver tecnologia e fazer a farinha. A eficiência desse processo não chega a 60%. Tem muito desenvolvimento tecnológico ainda a ser feito, seja na área de biotecnologia, aeroespacial, automação e uso da inteligência artificial”, elencou.

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