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A reunião de setembro do Conselho Setorial da Indústria da Construção
da Fiep destacou a importância da aproximação institucional entre a Federação e o Instituto
Água e Terra (IAT) no processo de revisão das Instruções Normativas ambientais (INs). O coordenador
Ricardo Lora ressaltou que a participação ativa da indústria nesse debate é essencial para garantir
regras mais equilibradas e aplicáveis, capazes de conciliar preservação ambiental e viabilidade econômica.
“A repercussão da vinda do IAT à Fiep foi muito positiva. É fundamental mantermos um canal aberto
e constante de diálogo, acompanhando de perto audiências públicas e mudanças regulatórias
para oferecer contribuições técnicas baseadas na realidade do setor”, afirmou.
A presença da diretora de licenciamento do IAT, Ivonete Coelho, e de sua equipe técnica permitiu tratar pontos importantes da legislação para o setor. Entre eles, a republicação da Instrução Normativa nº 4 que ampliou de 100 m³ para 1.000 m³ o limite de movimentação de solo sem necessidade de solicitação de DLAM, uma mudança considerada mais adequada ao porte das obras de construção. Também foram discutidas a IN nº 48 que trata da supressão de mata nativa e compensação florestal que passará por nova versão com possibilidade de aumento de parâmetros, por consulta pública ainda a ser realizada, e a IN nº 25, que trata da impermeabilização em pátios de caminhões e contêineres. Neste último caso, o IAT contextualizou a possibilidade de diferentes soluções técnicas, desde que comprovada a permeabilidade conforme normas da NBR. Para Lora, cada avanço alcançado com base nesse diálogo reforça a confiança mútua entre poder público e setor produtivo: “Estamos construindo pontes que garantem segurança jurídica e competitividade sem abrir mão da responsabilidade ambiental”.
A Jornada da Produtividade, programa estruturado para ampliar a competitividade e a transformação digital, foi contextualizada Almir Joaquim da Silva, do Senai. Entre todos os setores, apenas em 2025, 691 indústrias de 131 municípios paranaenses foram atendidas, com índice de satisfação de 92,3%. Somando 2024 e 2025, o programa beneficiou 1.184 indústrias, gerando ganhos financeiros superiores a R$ 162 milhões, aumento médio de 64% em produtividade e redução de 76% no consumo de energia. Já a engenheira Alessandra Rolim Pescosolido apresentou as atualizações da NR1 que substitui antigos programas como PPRA e PCMAT pelo Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Ela ressaltou que no setor da construção, cada obra deve ter seu PGR vinculado ao Cadastro Nacional de Obras (CNO), incluindo contratantes e terceirizados em regime de responsabilidade solidária. Para Alessandra, o ponto mais desafiador é a inclusão do risco psicossocial, ligado à forma de organização do trabalho e ao bem-estar dos profissionais. Dados do Observatório da Fiep mostram a dimensão da questão: 9.800 afastamentos estão diretamente relacionados a riscos psicossociais, enquanto outros 468 mil afastamentos por ansiedade e depressão não possuem nexo formal, mas impactam fortemente as empresas. Medidas como programas de liderança, canais de ética e políticas contra assédio são essenciais para mitigar esse tipo de risco.
Outro programa apresentado para os conselheiros da construção foi o de Estágios do IEL. Aline Zacarias Dombek destacou o objetivo em conectar jovens do Ensino Médio à Pós-Graduação ao mercado de trabalho. Com pilares de atração, desenvolvimento e permanência, o IEL mantém um banco com mais de 13 mil currículos ativos, oferece apoio psicológico e pedagógico às empresas e promove iniciativas, fortalecendo a preparação da nova geração para os desafios da indústria.
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