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De acordo com a ONU Mulheres, pelo
menos 35% das mulheres de todo o mundo já sofreram algum tipo de violência física ou sexual. Foi apresentando
esse dado que Dr. Marco Antônio Guimarães, procurador jurídico do Sistema Fiep, abriu o webinar “Engajamento
dos homens no enfrentamento à violência com as mulheres”, realizado nesta sexta-feira, 4 de dezembro. “Aceitei
o convite para realizar a abertura do evento porque, além de ser uma agenda do Sistema Fiep, essa é uma agenda
particular minha. Acredito que nós, homens, temos muito a evoluir para contribuirmos com a melhoria do comportamento
da sociedade em relação a esse assunto”, disse.
Ao longo de sua participação, Elenice contou como está sendo elaborado o plano municipal de combate à violência contra a mulher em Curitiba e lembrou que, no Brasil, 80% dos casos de agressão cometidos contra mulheres foram cometidos por parceiros ou ex-parceiros. “Além disso, 56% dos homens admitem que já cometeram algum tipo de agressão pelo menos uma vez e o isolamento social, nesta pandemia, tem aumentado significativamente os episódios de violência contras as mulheres, à medida que elas passam a viver com seus agressores mais intensamente”, ressaltou.De acordo com Dra. Emanuele, só em setembro de 2020, foram registrados 158 flagrantes de violência contra a mulher pela Delegacia da Mulher de Curitiba, um aumento de 53% em relação ao mesmo mês de 2019, quando houve 97 flagrantes. “Não tivemos aumento significativo em números de Boletim de Ocorrência, mas isso não quer dizer que não teve aumento da violência, porque tivemos maior quantidade de flagrantes, situação na qual a gente pode tomar medida imediata”, comentou. A delegada ainda destacou que não existe um perfil de agressor definido e que o consumo de álcool e outras drogas não é a causa da violência, mas um potencializar de um pensamento machista arraigado na sociedade.
Por sua vez, Dra. Priscilla explicou o funcionamento Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) e afirmou que, apesar de o foco de atendimento ser a mulher, também é preciso pensar no trabalho realizado nos “Grupos Reflexivos para autores de violência doméstica e familiar contra a mulher. “Não existe estereótipo quando se fala em violência doméstica e familiar”, garantiu. Por fim, Gustavo reconheceu as dificuldades que a sociedade ainda enfrenta no combate à violência contra a mulher, mas se mostrou otimista em relação ao futuro. “Temos um sistema patriarcal em declínio e isso vai melhorar ainda mais quando os homens tiverem a humildade e abertura para conversar sobre o assunto com outros homens e mulheres”.
“16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”
O webinar “Engajamento
dos homens no enfrentamento à violência com as mulheres” fez parte das ações da agenda “16
dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”. Desde 1991 o dia 25 de novembro, Dia Internacional
de Combate à Violência contra as Mulheres, marca o início da campanha da ONU “16 dias de ativismo
pelo fim da violência contra as mulheres”. No Brasil, entretanto, os 16 dias se estendem a 21, englobando o dia
20 de novembro, Dia da Consciência Negra, chamando a atenção para a intersecção dos temas.
A campanha termina em 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos.
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