Encerramento do Bonetizando 2025 celebra protagonismo da indústria em Apucarana

Na noite desta sexta-feira (10), o Ginásio Lagoão, em Apucarana, foi palco de uma celebração que reuniu mais de 1,4 mil alunos, familiares, professores, autoridades e representantes do setor produtivo para o encerramento da edição 2025 do projeto “Bonetizando: de Apucarana para o mundo”. O evento marcou o desfecho de uma iniciativa que, ao longo do ano, conectou educação, cultura e indústria, promovendo o sentimento de pertencimento e valorização da vocação econômica local.

Representando oficialmente a Fiep na cerimônia, a diretora Elizabete Ardigo, que também preside o Sindicato das Indústrias do Vestuário de Apucarana e Vale do Ivaí (Sivale), destacou a força do projeto e o compromisso da indústria com a formação das novas gerações. “Saibam que todo esse projeto foi feito pensando em vocês”, afirmou, dirigindo-se às crianças presentes. “Foi para vocês conhecerem de pertinho como funciona a indústria que ajuda a construir o futuro da nossa cidade, a indústria dos bonés e da confecção, que é muito forte aqui em Apucarana”, completou.

A cerimônia foi marcada por momentos de reconhecimento. Alunos compartilharam depoimentos sobre suas vivências durante o projeto, o vencedor do concurso de desenho teve seu trabalho premiado e houve entrega simbólica de bonés confeccionados pelas empresas locais. O desenho vencedor também estampará as agendas escolares de 2026, consolidando o legado da ação no cotidiano dos estudantes.

Além disso, o evento contou com apresentações culturais e uma ação especial do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), uma das instituições que compõem o Sistema Fiep, que distribuiu materiais para colorir às crianças, reforçando o vínculo lúdico com o universo industrial. Os superintententes do IEL, Alessandro de Castro, e do Sesi, Hugo Molina, receberam homenagens entregues a instituições parceiras da iniciativa.

Indústria como vetor de pertencimento
A edição 2025 do Bonetizando começou em maio e levou alunos do 3º ano do Ensino Fundamental da rede municipal para conhecer a cadeia produtiva de bonés. As atividades contemplaram desde visitas ao Monumento ao Boné, um marco do município, até etapas dentro das fábricas. A iniciativa reforçou Apucarana como a "Capital Nacional do Boné", reconhecida por gerar cerca de 25 mil empregos nesse setor. “Isso significa que muitas famílias vivem e crescem graças a esse trabalho. Por isso, foi tão importante abrir as portas das fábricas e receber vocês”, ressaltou Elizabete em seu discurso, novamente falando diretamente às crianças presentes.

Segundo a diretora, a experiência vai além do conhecimento técnico. Ela desperta o interesse das crianças pelo setor produtivo, o que ficou evidente nas visitas às indústrias. “Os empresários ficaram muito felizes com a visita. Foi bonito ver o brilho no olhar de vocês, fazendo perguntas, observando cada etapa da produção, descobrindo de onde vem o sustento de muitos pais, mães e parentes de vocês”, disse.

Apoio institucional e continuidade
O projeto Bonetizando é uma realização do Arranjo Produtivo Local de Bonés, Sivale, prefeitura de Apucarana e Autarquia Municipal de Educação, com apoio do Sistema Fiep, além do Sebrae, Unespar, FAP e UTFPR.

Durante o evento de encerramento, Elizabete Ardigo também reforçou o papel estratégico do Sistema Fiep no apoio ao projeto e em ações que podem contribuir para o futuro das crianças participantes. “O Sistema Fiep, com o Colégio Sesi e outras iniciativas que temos por todo o Paraná, está de portas abertas para vocês. Queremos que sigam estudando, se preparando, sonhando alto, porque a indústria precisa de jovens curiosos, inteligentes e cheios de ideias, como vocês”, ressaltou.

Com a aprovação, em março deste ano, de uma lei municipal que torna o Bonetizando uma política pública permanente em Apucarana, o projeto se consolida como um exemplo de como integrar a identidade produtiva local à formação educacional. “Com certeza, essa é uma conquista que reforça o compromisso de toda a nossa cidade com esta iniciativa e um passo fundamental para garantir que muitas outras crianças possam viver essa experiência nos próximos anos”, concluiu a diretora da Fiep.

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