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O empresário da indústria
do Paraná está mais confiante em junho, com relação ao futuro do seu negócio e da economia,
do que estava em abril e maio. É o que revela a pesquisa mensal realizada pela Confederação Nacional
da Indústria (CNI) em parceria com a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). O Índice
de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) ficou em 41,7 pontos, numa escala que vai até 100. O resultado
ainda ficou abaixo dos 50 pontos, na área de pessimismo, mas melhorou bastante em relação aos dois meses
anteriores, abril e maio, em que chegou a 35,4 e 32,3 pontos, respectivamente.
O presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, avalia que a redução brusca na confiança nos primeiros meses de pandemia se deveu, além da queda de demanda causada pelas medidas restritivas, a dificuldades encontradas pelos empresários para acessar medidas emergenciais. “Houve muita dificuldade, especialmente para o micro e pequeno empreendedor, de acesso aos recursos anunciados pelo governo no início da pandemia. Isso certamente afetou seu nível de confiança, mas com novas medidas implantadas, principalmente na questão do crédito, espera-se uma melhora nesse indicador”, afirma. “Um aumento real do otimismo nos próximos meses, porém, ainda é incerto, visto que a crise sanitária não está completamente controlada”, completa.
Desmembrando o ICEI, é possível confirmar que o resultado mais positivo este mês foi influenciado principalmente pelo indicador de expectativas, que avalia a opinião do empresário com relação ao seu negócio e à economia nos próximos seis meses. O valor ficou bem próximo do nível de otimismo, com 48,9 pontos, ajudando a melhorar o resultado final. Já o índice de condições, que avalia os últimos seis meses, somou 27,2 pontos, contribuindo para manter o ICEI ainda abaixo dos 50 pontos.
Em junho, o ICEI subiu 9,5 pontos. O indicador de condições cresceu 4,6 pontos e o de expectativas, 11,9 pontos. “O mês de abril mediu o impacto das medidas de isolamento, que começaram na segunda quinzena de março. No final de maio, houve relaxamento social e retorno de atividades não essenciais. Agora, verificamos uma trajetória de melhora, o que justifica o crescimento da confiança do empresário com relação aos próximos meses”, explica o economista da Fiep, Evanio Felippe.
Porém, ele reforça que o momento ainda exige cautela. “Ainda não é possível fazer prognósticos de como esta confiança do empresário deve se comportar de agora em diante. Isso porque há regiões do Paraná onde a pandemia está mais controlada e outras onde a situação é mais crítica, o que pode gerar afrouxamento ou rigidez nas medidas de isolamento social e isso pode interferir na expectativa do empresário”, justifica.
Outro fator que pode influenciar, avalia Felippe, é o setor de atuação na indústria. Segmentos como o de alimentos, que teve crescimento durante a crise, estão otimistas. Enquanto automotivo, metalomecânico e outros, que ficaram estagnados durante o fechamento da economia, estão mais cautelosos. “Ainda não é possível cravar uma direção que represente que a economia paranaense está em recuperação. Tudo vai depender de como cada região vai se portar diante da evolução ou contenção do novo coronavírus e das medidas adotadas pelo poder público em cada situação”, declara.
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