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Sem calcário, adubo chega a render somente 27%

Alerta é da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal)

Grande parte dos agricultores brasileiros está correndo o risco de perder parte dos recursos investidos nas culturas em razão de adiar a calagem dos solos. A calagem favorece o desenvolvimento das raízes e facilita a utilização dos nutrientes do solo e dos adubos pelas plantas. Estudo da Embrapa aponta que, em solos ácidos, plantas absorvem apenas 27% dos elementos que integram o adubo. No pH 6,5, o aproveitamento alcança 93,9%.

O calcário é um dos insumos mais baratos para fazer a calagem. Corrige a acidez, ampliando a absorção pelas plantas dos elementos presentes no adubo, este um dos itens mais caros na planilha do campo. O resultado final aponta ainda uma colheita menor.

“Em 2015, a agricultura brasileira deveria ter consumido mais de 50 milhões de toneladas de calcário, mas ficou em cerca de 31 milhões”, afirmou o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal), Oscar Alberto Raabe. Os dados do ano passado estão sendo apurados.

A Abracal busca sensibilizar o governo sobre a divulgação da calagem junto aos produtores. Documento enviado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) cita a questão. Empresário e engenheiro agrônomo, Raabe contou que as pesquisas mostram que os solos do Brasil são em geral muito ácidos – com pH menor que 5, numa escala  em que próximo de 7 é o ideal.

“A correção via calagem é uma prática indispensável para a obtenção de colheitas abundantes em quase todas as culturas. Em muitos solos os rendimentos de algumas culturas são tão baixos que, sem calagem, o seu cultivo se torna economicamente inviável”, disse o presidente da Abracal.

Solos com pH menor que 7 são ácidos, e maior que 7, alcalinos. O semiárido do Nordeste é a única região com alcalinidade. No Brasil, predominam solos ácidos, sendo comuns os “muito ácidos” – pH entre 4 e 5,5. As plantas preferem trechos levemente ácidos a neutros, com pH entre 6 e 7. ”Nesta faixa não ocorre toxidez de alumínio e manganês, a disponibilidade dos nutrientes minerais é mais equilibrada e a atividade dos microrganismos que dão vida ao solo é maior”, disse Raabe.

Em solo ácido, plantas absorvem mais alumínio e manganês. “Esses dois elementos, em excesso, agem como venenos para as plantas”, falou Raabe. Com pH superior a 5,5, não há toxidez de alumínio e a presença do manganês é rara.

O presidente da Abracal lembra que a agricultura eficiente conjuga várias práticas simultâneas. A primeira providência é a calagem, feita após análise do solo e sempre com acompanhamento técnico.

No Brasil, o corretivo mais viável economicamente é o calcário moído, que contém principalmente carbonatos de cálcio e magnésio. Incorporados ao solo, os corretivos reagem quimicamente e neutralizam as fontes de acidez. Após a calagem, o pH e os teores de cálcio e magnésio do solo aumentam. Quanto maior a quantidade de calcário aplicado, maior será o pH após a reação.

O grupo das leguminosas, como soja, alfafa, trevo e feijão, entre outras, é mais sensível à acidez que as gramíneas – arroz, milho, trigo e braquiária. Já nos solos muito ácidos todas as culturas se beneficiam com a calagem.

Fonte: Abracal e Embrapa

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