Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo!






Comunicar Erro

Verifique os campos abaixo!




26/04/2017 - Atualizado em 16/05/2017

Diretriz: Elevação da qualidade da educação básica

Período 2: junho 2016 / fevereiro 2017

O atual cenário da educação básica no Brasil pode ser traduzido como um momento de desafio social e político, pois o país tem apresentado quedas significativas na qualidade do ensino ofertado. Nesse contexto, fica evidente a necessidade de um processo de mudança, o qual foi proposto e acelerado por uma Medida Provisória que entrou em vigor em fevereiro de 2017.

O Fórum Econômico Mundial, em seu “Relatório sobre o Capital Humano”, de elaboração anual, apontou o Brasil como o 83º em um ranking que envolveu 130 países. Ficou abaixo da média da América Latina e Caribe e aquém de Uruguai (60ª), Costa Rica (62ª) e Bolívia (77ª). A educação foi o fator que mais impactou nesse resultado, uma vez que o país ficou com a 98ª posição relativa ao ensino primário e 118ª ao ensino fundamental. Por estar entre os dez maiores do mundo em relação ao PIB, é notável que sua capacidade de investimento em educação tenha grande potencialidade, mas não é o que retrata a realidade. Esse mesmo estudo aponta um fator que é decorrente dessa situação: os brasileiros ficaram em 114º lugar quanto à disponibilidade de mão de obra qualificada, de acordo com a percepção de empresários (EDUCAÇÃO, 2016).

No segundo semestre de 2016 foi divulgado o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB 2015. Organizado em três níveis, teve as séries iniciais do ensino fundamental com o melhor resultado e evoluindo acima da meta. Contudo, a fase dois do ensino fundamental e o ensino médio, tanto público quanto privado, apresentaram queda significativa ante os resultados de 2013 (QEDU, 2015).

Isso tudo indica a necessidade urgente de políticas públicas que estimulem a melhoria da qualidade da educação ofertada no país. A tentativa mais recente de alavancar essas ações deriva da Medida Provisória, aprovada e sancionada, que pretende realizar a Reforma do Ensino Médio. Entre outras mudanças, esta Lei prevê aumento da carga horária anual de 800 para até 1.400 horas, implementação do ensino em modalidade integral, possibilidade de oferta não apenas no modelo de disciplinas, mas também de créditos para estimular a continuidade dos estudos, e a possibilidade de contratação de professores sem licenciatura para atuar nas disciplinas que compõem a parte técnica e profissionalizante (SENADO FEDERAL, 2017).

A Proposta Pedagógica e metodologia das Oficinas de Aprendizagem desenvolvidas na educação básica do Sesi Paraná possuem perfil inovador e diferenciado. Em seu núcleo, diversas características se alinham à Reforma do Ensino Médio ou as predispõem a desenvolver novas soluções a partir das possibilidades que a Lei disponibiliza. Clubes de estudo em contraturno, disciplinas de Oficinas Tecnológicas e Ciências Aplicadas, articulação com ensino profissionalizante, com o Senai e plataforma de Ensino a Distância são exemplos dessa interlocução.

 

Referências

EDUCAÇÃO básica faz Brasil cair em ranking internacional. Veja, 29 jun. 2016. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/educacao/educacao-basica-faz-brasil-cair-em-ranking-internacional>. Acesso em: 19 abr. 2017.

QEDU. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. 2015. Disponível em: <www.qedu.org.br/brasil/ideb>. Acesso em: 19 abr. 2017.

SENADO FEDERAL. Sancionada Lei da Reforma no Ensino Médio. Publicado em: 16 fev. 2017. Disponível em: <www12.senado.leg.br/noticias/materias/2017/02/16/sancionada-lei-da-reforma-no-ensino-medio>. Acesso em: 19 abr. 2017.