As medidas do governo federal de redução de até 28% no custo da energia elétrica, de acordo com a faixa de consumo, somada à desoneração da folha de pagamento, por meio do Plano Brasil Maior (PBM), beneficiam as empresas do setor químico, que já prevê retomada dos investimentos.
Estudo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) mostra possibilidade de investimentos da ordem de US$ 26 bilhões até 2014. Os dados foram coletados em pesquisa realizada com 800 empresas. Do montante de investimentos, US$ 10,9 bilhões referem-se a projetos aprovados e em andamento, US$ 11,9 bilhões a projetos em estudo e US$ 3,3 bilhões em manutenção, melhorias de processo, segurança e meio ambiente.
E os números também são positivos na geração de empregos, com potencial de 5,8 mil novas contratações. "Com esses números, acredito que todo mundo refez suas contas depois dos pacotes", destaca o vice-presidente e coordenador da Comissão de Economia da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Marcos De Marchi.
Os pacotes anunciados pelo governo trazem uma significativa redução de custos aos seis segmentos econômicos do ramo industrial químico: indústria plástica; indústria de brinquedos; indústria de tintas e vernizes; indústria de papel e celulose; indústria de pneus e câmaras de ar e a indústria de fármacos e medicamentos.
Energia elétrica - Apesar de a redução não chegar a 28% para todas as indústrias - estudo da Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia de Consumidores Livres) considera que a maioria das empresas seja beneficiada numa faixa de redução entre 9% e 16% - a medida traz um impacto positivo sobre o Custo Brasil e atende a uma antiga reivindicação do setor industrial. No caso dos custos variáveis, a energia corresponde a 70% do gasto médio total de empresas do segmento químico.
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