Após a desoneração da folha de pagamento de 11 segmentos da economia, o governo federal agora estuda beneficiar o setor farmacêutico com a redução de impostos. Com a queda da carga tributária no segmento, a perspectiva é de elevação do consumo e da arrecadação na indústria.
Representantes da indústria farmacêutica reuniram-se no dia 14 de agosto com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e saíram do encontro com a expectativa de que o governo desonere o setor, que ainda não havia sido contemplado com a redução nos impostos. O setor solicitou para Mantega a desoneração e o ministro respondeu que as chances são grandes de editar uma Medida Provisória em setembro, para que o incentivo comece a valer provavelmente a partir de janeiro.
Segundo o presidente da CNI, Robson Andrade, o governo avalia a viabilidade da desoneração. "Estão analisando outros setores. Existe a possibilidade, mas isso depende do Congresso", ressaltou.
No Brasil, o peso dos tributos no preço final dos medicamentos chega próximo a 34%, atingindo diretamente as classes menos favorecidas. Com a redução nos impostos, o setor espera conquistar um número maior de clientes, principalmente nas farmácias e drogarias.
Considerando que o governo majorou as alíquotas de cofins de 7,6 para 8,6 na importação de farmacos, como também vai limitar a desoneração da folha com base em uma relação de produtos (NCM), precisa tomar o cuidado para a desoneração não virar uma oneração maior, como foi o caso da base de pis/cofins não cumulativo.
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