Centenas de industriais dos setores têxtil e do vestuário de todo o Paraná reuniram-se nesta quinta-feira (23), em Curitiba, para mais uma edição da Oficina da Moda&Tricot, evento que apresentou as principais tendências para o outono/inverno 2016 em palestras com consultores reconhecidos pelo mercado.
Durante o encontro, realizado no Pavilhão Horácio Coimbra, no Campus da Indústria, os visitantes puderam conhecer estandes de mais de 20 expositores, que apresentaram lançamentos nos setores de fios, máquinas, tecidos, planejamento e gestão da produção, além de conhecer também os serviços ofertados pelo Sesi e Senai.
O evento foi marcado por um desfile de encerramento, com peças produzidas pelas indústrias a partir dos materiais enviados pelos fornecedores, representando não só as tendências, mas também traduzindo a qualidade das peças e da produção paranaense de moda.
Para Nelson Furman, presidente do Sinditêxtil, organizador do evento, a Oficina vem crescendo mais a cada ano e a principal razão para a expansão, tanto em expositores e visitantes, quanto ao aumento do alcance do encontro, que agora tem abrangência estadual, se dá pela credibilidade.
“O evento oferece credibilidade pelo nível dos palestrantes e por suprir a necessidade que as indústrias têm de referências claras para seus desenvolvimentos. É claro que há diversas informações na internet, por exemplo, mas o diferencial de estar em um evento como este é que você não só tem informações, como você troca. Aqui você toca a moda, respira moda, conversa sobre moda e realmente se inspira”, explicou o presidente.
Parceira na organização do evento, a presidente do Sindivest Paraná, Letícia Birolli Ferreira, também comemorou a expansão deste ano e afirma que já há um desejo de tornar o evento semestral. “Nós avançamos muito tornando o evento estadual e é muito bom ter um encontro como este, que respeita as nossas características. Nosso desafio agora é fazer com que aconteça também uma edição primavera/verão, para oferecer estas tendências às empresas para estas estações”, comentou.
A coordenadora do Conselho Setorial do Vestuário e Têxtil, Luciana Bechara, analisa que o evento é parte importante para a construção de uma identidade para a moda paranaense. “O objetivo não é fornecer informações para as indústrias criarem coisas parecidas, para pensar do mesmo jeito. Mas, que partindo da mesma inspiração as indústrias interpretem e busquem a sua identidade, que no conjunto resultará em uma identidade regional, caracterizando a moda paranaense não só pelo design ou estética, mas principalmente pela qualidade que fica expressa nos produtos fabricados aqui”, explicou.
Palestras – Durante a oficina a primeira palestra da manhã foi realizada pela consultora Paula Picker que abordou a moda infantil, trazendo as diversas linhas e conceitos que irão dominar as próximas estações nas roupas para crianças e adolescentes. Em seguida Amauri Marques falou sobre as tendências do segmento masculino, conquistando a plateia pela exposição clara e bem-humorada.
No início da tarde, Armando Rosoto falou sobre a importância do equilíbrio financeiro para as indústrias e sobre como a inovação, controle e gestão corretos podem ser decisivos em momentos de enfrentamento de oscilações econômicas. O evento foi encerrado com palestra de Denise Moraes, que apresentou as principais tendências do vestuário feminino.
Visitantes – Bianca Baggio veio de Londrina para participar do encontro e é proprietária de uma empresa que tem como missão desenvolver produtos a partir de resíduos da indústria têxtil e do vestuário. Ela acredita que eventos como a Oficina, que gera oportunidades para troca e aprendizado, são o caminho para o desenvolvimento do setor. “O evento trouxe uma qualidade de informação muito boa, além da oportunidade de networking. Todas as palestras apontam para a inovação e para a troca entre as empresas e eu percebo que esse é realmente o melhor caminho para enfrentar os momentos difíceis e fortalecer a indústria local para se tornar mais competitiva.”
Já o curitibano Cláudio Domanski, da MSH Indústria e Comércio de Malhas, viu o evento crescer e evoluir. No mercado de malhas há 56 anos, o industrial que foi um dos fundadores do Sinditêxtil-PR, participou da primeira edição da Oficina, e conta que ela foi criada após a extinção de uma grande feira do setor realizada em São Paulo. No início, o objetivo era suprir informações relacionadas aos fornecedores da cadeia, que não estavam disponíveis em eventos conceituais de moda.
“Hoje, vemos que a Oficina vem se desenvolvendo muito e oferece muitas informações para o setor. Aqui há palestras de orientação que abrangem moda infantil, feminina e masculina. Mas também há a presença dos principais fornecedores, que oferecem produtos e serviços. Ou seja, a malharia ou indústria do vestuário encontra aqui tudo o que precisa”, analisa o industrial.
FONTE: Agencia FIEP
Matéria: http://www.agenciafiep.com.br/noticia/oficina-de-moda-tricot-apresenta-tendencias-de-outonoinverno/
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