QUEM FAZ SUAS ROUPAS?
A indústria da moda movimenta-se para instigar consumidores a enxergar além das etiquetas de preço e tamanho na hora de comprar um item de vestuário e se conscientizar do impacto de suas escolhas.
Atire a primeira pedra quem disser que, quando vê numa vitrine uma roupa, calçado ou acessório que chame sua atenção, imediatamente o ponto focal se desloca para a etiqueta de preço. E, já dentro da loja, para a de tamanho. Quiçá uma espiada no tipo de tecido e nas instruções de lavagem. Mas e o restante das informações que essa peça carrega em sua etiqueta de fabricação importa para você?
A moda, de forma geral, tem o poder e o dom do encantamento, de fazer as pessoas se enxergarem e se imaginarem de um jeito que transmita pinceladas de sua personalidade ou de como gostariam de ser vistas pelas outras. Há uma projeção, uma transmutação. Então, que tal nos aprofundarmos um pouquinho mais nessa troca além do nosso corpo? Já parou para pensar em quem faz suas roupas?
A globalização há muito tempo vem permitindo o intercâmbio de culturas, informações e também aproximando pensamentos. Isso é fato, aliás, totalmente saudável e interessante. Mas, ao mesmo tempo, por outro lado, fez com que os olhos que veem cifras em primeiro plano brilhassem com a possibilidade de explorar pessoas e recursos abundantes em outras partes do mundo, sem dar a eles o devido valor.
Um exemplo disso na indústria da moda foi o desastre ocorrido no dia 24 de abril de 2013, no edifício Rana Plaza, em Bangladesh. Seus oito andares, construídos e ocupados de forma totalmente irregular por prestadores de serviços de costura na parte superior e um shopping abaixo, ruíram matando cerca de 1.200 trabalhadores e deixando mais de 2.500 gravemente feridos. No dia anterior, grandes rachaduras na construção já haviam sido notícia na imprensa local, mas nenhuma providência foi tomada para evitar a catástrofe. Além disso, a forma degradante de trabalho a que eram submetidos, com jornadas desgastantes, ambiente insalubre, sem a mínima estrutura de segurança, e valores pífios pagos por peça costurada, era – e ainda é – a mina de ouro de grandes grifes de fastfashioninternacionais. A cena das vítimas entre os escombros com etiquetas de dezenas de marcas espalhadas é realmente chocante. E essafoi apenas mais uma ocorrência, infelizmente.
Com repercussão mundial, o caso Rana Plaza tornou-se um símbolo de pedido de socorro parao que acontece na indústria de vestuário, que, além de utilizar trabalho escravo, contribui com a poluição e a devastação de terras, alimentada pelo consumo inconsciente e desenfreado. Para marcar essa data, foi criado o movimento Fashion Revolution, em que designers, ativistas e jornalistas britânicos de moda sustentável se uniram na ânsia por mudanças. Encabeçado pela britânica Carry Somers e pela italiana Orsola de Castro, pioneiras em moda ética, o movimento ganhou notoriedade com o Fashion Revolution Day, comemorado pela primeira vez em 24 de abril de 2014, quando a tragédia em Bangladesh completou um ano, espalhando-se por mais de 70 países, inclusive o Brasil.
ALGODÃO: NEM TUDO SÃO FLORES
Alguns dados alarmantes, segundo Fernanda Simon, do Fashion Revolution Brasil, é que a indústria têxtil é responsável por 20% das águas relacionadas às atividades industriais no mundo1 e por 10% do total de emissão global de gás carbônico2. O algodão, fibra natural tão utilizada em toda a indústria, torna-se um vilão quando se fala de solo e camada freática. Isso porque em seu cultivo se utilizam 25% dos agrotóxicos do mundo e são necessários cerca de 2.700 litros de água para produzir uma única camiseta3. Além disso, segundo relatos, 90% da água usada na produção têxtil de países emergentes é descartada sem nenhum tipo de tratamento4, poluindo e devastando o solo e a água e utilizando grandes quantidades de energia e petróleo (58% das roupas são de tecidos sintéticos derivados do petróleo). E o pior: grande parte dessa produção, quando descartada, vai parar em aterros sanitários. Apenas nos EUA são produzidas mais de 13 milhões de toneladas de resíduos têxteis ao ano. No Brasil, na região do Bom Retiro, em São Paulo (SP), são geradas 50 toneladas de resíduos têxteis por dia, fora o do restante do país.
Referências:
1. Textile Exchange Brochure 2010.
2. ValerioZaffalon. ClimateChange, CarbonMitigationandTextiles.Textile World, 2010.
3. A ComprehensiveIntroductiontoWaterFootprint.Hoesktra&Chapagain, 2008.
4. Lucy Siegle. To Die For, 2011.
VAMOS FALAR DE BRASIL
Pensando na prática de “consumo local” e em incentivar o produto feito no Brasil – valorizando, dessa forma, a indústria, a produção e a mão de obra local –para que volte a ganhar fôlego além do varejo, como uma indústria centenária e forte no país, que é a segunda que mais emprega, algumas bandeiras foram levantadas no último ano. Uma delas é o #feitonobrasil, um movimento apresentado em novembro pela Rhodia em conjunto com a consultora de moda e estilo Renata Abranchs, uma autodeclarada apaixonada pela moda nacional.
“O #feitonobrasil é um manifesto de amor pela moda brasileira, para resgatar o orgulho e o incentivo à produção local. É um movimento de conscientização e união de toda a cadeia produtiva. A produção nacional é vital para a sobrevivência da indústria têxtil brasileira, que está em segundo lugar em criação de empregos no país, gerando mais de 1,5 milhão de postos de trabalho diretos e 8 milhões de indiretos, mas requer colaboração e união de toda a cadeia para se tornar maior motivo de orgulho”, declara Mayra Montel, gerente de marketing e branding da Rhodia Fibras.
Ela explica que, junto aos órgãos governamentais, já existem entidades trabalhando para o fortalecimento do setor, como a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), mas o que estão fazendo com o #feitonobrasil é fortalecer junto ao consumidor a moda feita aqui, com criatividade, qualidade e amor.
“O movimento #feitonobrasil é de conscientização. Com as marcas usando otag ou selo #feitonobrasil identificando os produtos produzidos no país e com lojistas valorizando os produtos na hora da venda, teremos cada vez mais consumidores educados a reconhecer e identificar o produto feito no Brasil, que começarão, com certeza, a pedir mais peças nacionais. Precisamos educar os consumidores a valorizar o que é 100% nosso”, argumenta Mayra.
No lançamento do movimento, foi apresentada uma marca/selo próprios, que podem vir num tag especial com o #feitonobrasil impresso, para chamar atenção paraos produtos confeccionados localmente. Esse logotipo também pode ser aplicado na etiqueta da marca ou em seus materiais de comunicação. Qualquer empresa pode participar, desde que haja o compromisso de ser um produto totalmente nacional. Mayra diz que haverá uma fiscalização prévia para garantir que quem recebe o selo faz, de fato, um produto 100% brasileiro. “O próximo passo é montar um comitê formado por pessoas engajadas, empresas e líderes, que organizarão ações para incentivar o consumo consciente. O site www.feitonobrasil.com.br já está no ar e serve de ponto de partida para as grifes se unirem”, diz Mayra.
Desde seu lançamento, algumas marcas, empresas e entidades já declararam apoio ao projeto, como Abit, Reserva, Ronaldo Fraga, Vert, Maria Filó e Tecnoblu, e outras já manifestaram seu interesse à Rhodia, como Salsa, Track&Field, as tecelagens Santaconstancia, Canatiba, Berlan, e também o Sinditêxtil-SP.
COMO ADERIR AO #FEITONOBRASIL?
As empresas interessadas em aderir ao movimento podem acessar o site www.feitonobrasil.com.br para saber mais informações ou entrar em contato direto com a Rhodia pelo e-mail info.amni@solvay.com ou com a consultora Renata Abranchs pelo e-mailprojetos@renataabranchs.com.br.
O estilista Ronaldo Fraga, um dos apoiadores do movimento, na verdade começou o seu próprio no desfile de Inverno 2007, na São Paulo Fashion Week, com a coleção intitulada “A China de Ronaldo Fraga”, uma crítica sobre o conceito chinês de dominar o mundo. Como vários de seus desfiles inesquecíveis, esse marcou bastante pelo cenário, em que a passarela dividia uma “linha de produção”, com vários chinesinhos encenando o trabalho em alta escala, enquanto as modelos caminhavam e eles nem se abalavam, continuando o que estavam fazendo como robozinhos. “A partir dessa data, passei a trazer nos meus tags a inscrição ‘Na produção desta peça não foi usada mão de obra chinesa. Orgulhosamente produzida no Brasil’.”A repercussão foi impressionante e até hoje a mantemos. Meu cliente é extremamente sensível e consciente em relação a isso”, revela o estilista.
Ronaldo explica que seu apoio ao #feitonobrasil se deu por achar importante que marcas e profissionais se envolvam em todos os projetos que busquem lançar luz e articulação política a um setor tão penalizado no cenário de concorrência global e que, além de a moda brasileira não ter essa articulação política, até bem pouco tempo muitas marcas achavam que o concorrente era o cara ao lado. “Já trabalho em defesa do que é feito no Brasil e assim farei até o fim”, declara.
Ele conta que, apesar de todos os custos e dificuldades que desestimulam produzir qualquer coisa que seja em nosso país, mantém toda sua produção aqui. “Mas é com muita tristeza que compro linho e seda importados, porque o Brasil deixou de fabricar. O lado bom é que nos aproximamos mais de quem ainda produz tecidos e insumos por aqui.”
Outro entusiasta – não só da moda, mas do povo brasileiro – é Rony Meisler, sócio da marca Reserva, que também está apoiando o movimento. “A decisão foi natural, pois a Reserva sempre teve esse posicionamento. O orgulho de ser brasileiro é parte da nossa identidade de marca, e essa filosofia se estende até a valorização da produção local”, conta Rony.
Com exceção das peças de couro, importadas da Argentina e do Uruguai, e algumas de algodão pima, vindas do Peru, todas as outras vendidas na Reserva são nacionais. Rony conta que, há alguns anos, estão aprimorando os sistemas de logística, controle de perda de estoque e outros procedimentos que permitiram a redução de custos, mas que 75% do valor final de seus produtos se refere a custos operacionais, impostos e comissões, ficando com um lucro em torno de 15%. “É de fato uma cadeia produtiva complexa, com um volume de fornecedores muito grande e nós tentamos, ao máximo, cuidar para que nossos parceiros tenham não só operações financeiramente saudáveis como também ética socioambiental. Não é fácil, mas temos ações que vão desde financiamento para que fornecedores montem suas estruturas a um projeto grande de auditoria que devemos implementar em breve”, revela ele.
E quanto à conscientização dos consumidores? Rony diz que percebe, no dia a dia da empresa, que o consumidor brasileiro está mudando sua visão sobre o mercado, apesar dos que preferem escolher pelo menor preço ou optam por consumir produtos de fabricação chinesa ou de outras nacionalidades. “Acredito que o consumidor brasileiro valoriza, sim, o produto nacional e que as marcas precisam investir mais pesado no próprio país. Aos poucos essa cultura de fastfashion está perdendo força e o consumidor está começando a fazer escolhas mais conscientes”, opina Rony.
Outra marca apoiadora do #feitonobrasil é a Vert. Sucesso no exterior sob o nome de Veja Shoes, a empresa estabeleceu uma base no Brasil em setembro de 2013, com fabricação 100% nacional. Criada pelos franceses SébastienKopp e François-GhislainMorillion, a marca de tênis sustentável, de design clean e urbano, produz em torno de 120 mil pares ao ano e está presente em 36 países, tendo uma equipe multicultural espalhada entre Paris, Londres, Berlim, Milão e Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Novo Hamburgo, Fortaleza e Rio Branco).
De acordo com os sócios, que têm uma fábrica no Vale dos Sinos (RS), o Brasil oferece uma base produtiva para seus tênis devido a seu lado ecológico e social. Toda a matéria-prima utilizada é cultivada aqui, na contramão da atual tendência de importar produtos fabricados na Ásia, e a produção nas fábricas e ateliês que prestam serviços à Vert é acompanhada diariamente, com auditorias sociais anualmente. Dessa forma, o apoio ao movimento veio de forma orgânica. “O DNA da Vert está escrito nos mais de 100 mil pares que vendemos. O que mais encanta é o consumidor saber que, usando nosso tênis, está contribuindo para manter a Amazônia em pé”, declara o cofundador da Vert, François-Ghislain Morillion.
Acreditando num comércio justo como ferramenta essencial para a “economia verde”, a cada par de tênis vendido a empresa repassa R$ 1,1 aos produtores de algodão do Semiárido Nordestino e R$ 0,70 aos seringueiros do Acre. “Não acreditamos numa visão romântica da ecologia; nosso caminho é a valorização econômica. Na Vert, isso passa por um trabalho social: os seringueiros e os produtores de algodão recebem um valor diferenciado por preservar as florestas e as terras”, explica François.
A Abit, por sua vez, além de também apoiar o #feitonobrasil e outras campanhas de valorização do produto nacional – como “Moda Brasileira, Eu Uso, Eu Assino” (abaixo-assinado Abit),“Amo Moda, Amo o Brasil” (SPFW), “Moda Brasileira, Eu Acredito” (Tecnoblu), percebeu que nenhuma delas esclarecia ao grande público por que a indústria da moda está passando por um momento tão crítico, muito menos pelas redes sociais, e criou, no final de 2014, uma nova campanha própria, chamada “Moda Brasileira, Tamo Junto!”.
De acordo com Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit, o objetivo é transcender o público do setor e interagir com o grande público consumidor, trazendo temas relevantes da indústria, mas de uma forma mais próxima de seu mundo, por isso o nome na forma coloquial. O hotsite da campanha é o www.modabrasileiratamojunto.com.br.
“Não é uma campanha ufanista, somos o quarto maior mercado mundial em produção de vestuário. E o consumidor brasileiro tem que entender que ele é peça importante nesse jogo no sentido de seu progresso, pois esse setor é um patrimônio nacional e precisamos ter orgulho de nosso produto”, declara Pimentel.
Iniciada em dezembro passado, a campanha da Abit vai, por meio das redes sociais (Facebook e Instagram), abordar temas como carga tributária, desindustrialização, custo Brasil, concorrência internacional, produção, normas brasileiras de conformidade trabalhista, entre outros, de forma simples e direta. Uma das primeiras ações aconteceu no período do Natal, com um post chamando atenção para as compras de presentes com a pergunta: “Você se preocupa com a origem do que está vestindo e do que vai presentear nesse Natal?”. Pimentel explica que esse é um projeto piloto e que as ações serão feitas durante três meses, quando será avaliado seu resultado.
Para Rafael Cervone, presidente da Abit, muita gente desconhece o que a entidade faz pelo setor e o motivo pelo qual passa por uma situação difícil, tendo demitido mais de 14 mil pessoas nos últimos 12 meses. “Não é fácil e precisamos de aliados para defender a moda brasileira. É por isso que ‘tamo junto’!”
ANUNCIE SEUS RESÍDUOS TÊXTEIS
O movimento Ecoera está lançando mais uma “moda”, por assim dizer. Com tanto desperdício de resíduos têxteis que temos no Brasil, o Ecoera está lançando uma plataforma chamada Ecoerarecicla, uma ferramenta digital na qual empresas se cadastram para disponibilizar seus resíduos – seja para vender, doar, trocar, alugar – e os interessados em comprar, ganhar ou coletar podem interagir por meio desse sistema, dando, assim, um destino melhor e mais correto a esses resíduos e movimentando a economia sustentável e criativa.
A plataforma está em fase de pré-cadastro de empresas, e os interessados podem acessar www.ecoerarecicla.com.br para obter mais informações e contatos.
Reforço na fiscalização
Receita Federal pretende fortalecera fiscalização de produtos adquiridos em viagens internacionais. Ação visa proteger indústria e coloca sacoleiras na mira do órgão
A partir do primeiro semestre de 2015, ainda sem data definida, a Receita Federal colocará em funcionamento um sistema de inteligência que busca auxiliar a fiscalização de importação de produtos pelos viajantes, inclusive na área de vestuário. A novidade foi divulgada no final de setembro de 2014, por Ernani Argolo Checcucci, subsecretário de Aduana e Relações Internacionais.
Segundo a assessoria de imprensa da Receita Federal,não há mudança nas regras;a ação apenas aumentará o rigor da fiscalização, em função da análise de riscos, pelo cruzamento de dados. O foco do trabalho é a proteção da indústria e do emprego nacional.
O produto que entra sem tributação e vai para o comércio está em competição desleal na economia, por isso essa intervenção mais rigorosa por parte da aduana. Apenas quando o sistema entrar em vigor será possível mensurar efetivamente o efeito no mercado nacional, inclusive se terá um impacto efetivo no segmento de vestuário.
De acordo com os dados da Receita Federal no primeiro semestre de 2014, a Receita apreendeu R$ 45.227.294,05 em vestuário (roupas e acessórios), o que representou 5,08% das apreensões do ano passado. E, em 2013, esse valor foi de R$ 57.274.834,34, significando 3,41%.Isso indica que a Receita vem aumentando a fiscalização sobre o segmento no sentido de cumprir efetivamente a função de proteção do mercado interno.
Segundo a Receita,o novo sistema será bom para os turistas comuns, pois poderá separar de forma segura o viajante “normal”, que está trazendo bagagem ou até bens acima da cota, passíveis de regularização mediante o pagamento do imposto devido, daquelas pessoas que viajam frequentemente para trazer grandes quantidades de mercadoria, prejudicando o comércio e a empregabilidade no Brasil, já que veem o turismo como um negócio rentável.
“Hoje os sacoleiros de luxo, que realizam suas compras principalmente nos Estados Unidos, fazem de suas viagens internacionais um negócio que prejudica as atividades da indústria brasileira. Nossa luta é para que eles paguem seus impostos no país. Isso tem de ser coibido, como é em qualquer lugar do mundo”, afirma Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Associação Brasileira de Indústria Têxtil e Confecção (Abit).
Para ter uma ideia, a entrada de mercadorias por sacoleiros, conforme dados da Abit, representa anualmente de 50 a 60 mil toneladas, entre acessórios e vestuário, o equivalente ao faturamento anual das quatro principais redes de varejo do mercado de moda brasileiro.
“Acreditamos que a Receita Federal tem o direito, o dever e a obrigação de agir, entretanto não estamos contra esse modelo de ‘negociante’, apenas queremos que haja regulamentação de suas ações e que, principalmente, os impostos sejam pagos”, afirma Pimentel.
A assessoria da Receita Federal ressalta ainda que o conjunto de dados a ser tratados pelo sistema da e-DBV (Declaração Eletrônica de Bens de Viajantes), com base na API (AdvancedPassenger Information), já é fornecido pelas companhias aéreas. As informações recebidas seguem o padrão internacional utilizado amplamente pelas administrações aduaneiras no mundo, mas, a partir de agora, serão recebidas de maneira que possam ser tratadas pelo sistema informatizado, permitindo assim o gerenciamento de risco.
Em tempo: na página da Receita, você pode encontrar explicações detalhadas sobre as regras de bagagem:/www.receita.fazenda.gov.br/Aduana/Viajantes/Default.htm.
FONTE: Costura Perfeita (Edição Janeiro/Fevereiro 2015)
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