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Agricultura - 21/03/2013

Calcário é mais vantajoso do que gesso para corrigir o solo

Mineral não-metálico reúne propriedades únicas para o uso agrário, principalmente para redução da acidez

Apesar de muitos acharem que calcário e gesso agrícolas são semelhantes, esses dois produtos químicos possuem características e efeitos nos solos completamente diferentes. Cada um tem uma ação e efeito particular. Porém, na grande maioria dos casos o calcário leva vantagem tanto nos efeitos que proporciona, quanto no impacto econômico do investimento do agricultor.

O agrônomo e PhD pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Paulo Roberto Ernani, explica que o calcário é um composto químico básico forte com solubilidade extremamente baixa. É um produto alcalino que tem a habilidade de elevar o pH do solo, diminuindo, dessa forma, a acidez. Em sua composição, ele tem Ca (quando é calcítico) ou Ca e Mg (quando é dolomítico) e um ânion, normalmente o carbonato, que é o responsável por corrigir a acidez.

O gesso é um sal neutro constituído por Ca e S (CaSO4), normalmente originado como subproduto durante a fabricação do ácido fosfórico. Por ser um sal, e não uma base forte, o gesso não tem a capacidade de elevar o pH do solo, ou seja, não deve ser utilizado com a intenção de diminuir a acidez. Entretanto, quando faltar Ca ou S (enxofre) no solo, ele pode ser utilizado como fertilizante, para fornecer esses dois nutrientes às plantas. Nesse caso, as doses a serem aplicadas devem se situar entre 200 a 400 kg/ha, dependendo do solo.

Comparação - O calcário, além de elevar o pH, promove várias alterações nos atributos químicos do solo, entre as quais: elimina o alumínio tóxico caso o pH do solo atinja valores iguais ou maiores do que 5,4; aumenta a capacidade de troca de cátions (CTC) e, por isso, diminui a lixiviação de cátions; e aumenta a disponibilidade de nitrogênio, cálcio, fósforo, enxofre, molibdênio. Se o calcário for dolomítico, ele também aumenta a disponibilidade de Mg às plantas; se for de origem calcítica, ele pode até diminuir a disponibilidade de magnésio, dependendo do teor desse no solo. “Portanto, quando se pretende elevar o pH do solo, calcário é o produto a ser utilizado”, afirma o agrônomo.

O gesso, por ser um produto de mediana solubilidade em água, pode ser aplicado sobre a superfície do solo, não necessitando ser incorporado ao solo. Ao dissolver, ele libera cálcio e enxofre. Parte do cálcio vai para as cargas negativas e parte permanece na solução do solo, podendo ser absorvida pelas plantas ou lixiviada. Como o gesso não altera o pH do solo e com isso não aumenta a capacidade de troca de cátions (CTC), o Ca, ao ocupar algumas cargas negativas, desloca potássio e principalmente magnésio para a solução, que podem ser lixiviados, ao contrário do calcário.

O efeito residual no solo é outro fator no qual esses dois produtos diferem. Os efeitos do calcário permanecem no solo por até 20 ou mais anos, dependendo da dose aplicada. O efeito residual do gesso também é proporcional à dose aplicada, mas normalmente dura poucos meses, em função da maior solubilidade em relação ao calcário. O custo desses produtos em nível de propriedade é muito semelhante, pois é determinado principalmente pelo preço do transporte. Sendo assim, só se justifica aplicar gesso ao solo em situações onde o pH seja muito baixo e a disponibilidade de cálcio no subsolo seja limitante ao desenvolvimento das raízes. “Nas demais situações, deve-se preferir o calcário”, conclui.

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