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Balanço - 25/02/2013

Setor de pneus teve queda de produção em 2012

Para o presidente da Anip, Alberto Mayer, a desoneração das exportações é um ponto de partida para retomada dos níveis de produção em 2013

A indústria brasileira de pneus perdeu mais uma vez a briga para a concorrência asiática e fechou 2012 com queda na atividade. De acordo com a Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), a produção ficou de 7% a 8% abaixo dos volumes de 2012, quando 66,9 milhões de pneus saíram das fábricas.

Os cortes feitos em maio no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) elevaram os emplacamentos de carros a níveis históricos, mas o avanço das importações no mercado de reposição e o cenário ainda difícil para as exportações pesaram contra os pneus nacionais. Além disso, o segmento foi prejudicado pelo descompasso entre as vendas e a produção das montadoras, como resultado do péssimo desempenho da indústria de caminhões e dos ajustes nos estoques de carros durante o primeiro semestre de 2012.

Segundo a Anip, houve um recuo de 7% na produção de pneus nos onze primeiros meses de 2012, num total de 57,9 milhões de unidades. Até outubro, as exportações, que respondem por um quarto da produção, cederam 24,2%. Já as importações alcançaram 40% do mercado, que soma cerca de 90 milhões de pneus por ano. “Sempre tivemos a balança comercial positiva, mas desde 2011 ela está negativa", diz Alberto Mayer, novo presidente da Anip, ao informar que o setor marcou déficit comercial pelo segundo ano seguido em 2012.

Para o setor, o governo está gastando sua munição em apenas uma parcela do mercado, sendo incapaz de reequilibrar as forças entre a indústria nacional e uma concorrência que a Anip classifica como desleal e oportunista, ao questionar a qualidade de parte dos produtos vindos do exterior. Representantes da indústria brasileira de pneus dizem que o custo de responsabilidade ambiental, decorrente da coleta e reciclagem dos pneus, coloca os fabricantes brasileiros em desvantagem maior na disputa com os já competitivos preços da Ásia. No entanto, essa argumentação vem sendo rebatida pela Abidip, entidade que representa os importadores, que diz que seus associados também são obrigados a contratar empresas credenciadas pelo Ibama para dar destinação aos pneus usados.

Apesar do recuo no ano passado, o presidente da Anip afirma que a decisão do governo de manter por mais um ano a desoneração das exportações - dentro do regime conhecido como Reintegra - constitui um ponto de partida para a melhora da competitividade e, como consequência, a retomada dos níveis de produção em 2013.

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