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Bioenergia necessita de políticas públicas para avançar em escala global

Publicado em 03/11/2014

A bioenergia pode contribuir para aumentar a segurança energética e, se for produzida corretamente, pode também mitigar os impactos das mudanças climáticas globais e compensar problemas ambientais associados ao desmatamento e à degradação florestal.

Para trazer esses benefícios, contudo, são necessárias políticas públicas que contemplem toda a cadeia de produção de energias renováveis, incluindo uso da terra, tecnologias de conversão e questões sociais, ambientais, econômicas e de governança relacionadas a esse tema.

As conclusões são da síntese de um relatório de avaliação sobre a implantação de sistemas de bioenergia no mundo que está sendo elaborado por cientistas brasileiros ligados aos programas FAPESP de Pesquisa em Bionergia (BIOEN), de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG) e de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOTA) em colaboração com especialistas de 24 países, sob a égide do Comitê Científico para Problemas do Ambiente (Scope) – órgão intergovernamental parceiro da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

A síntese do relatório, denominado Processo Rápido de Avaliação (Rapid Assessment Process, em inglês) sobre biocombustíveis e sustentabilidade, foi apresentada no dia 20 de outubro na abertura do 2nd Brazilian BioEnergy Science and Technology Conference (BBEST), que ocorre dia (24/10) em Campos do Jordão, no interior de São Paulo.

O documento final será divulgado nos dias 14 e 15 de abril de 2015, durante um seminário na FAPESP, que incluirá também o lançamento de um resumo para guiar políticas públicas.

“A síntese do relatório é resultado de discussões realizadas no fim de 2013, na sede da Unesco, em Paris, por 50 especialistas na área de bioenergia, de 13 países, durante uma oficina de planejamento do processo de avaliação rápida em bioenergia e sustentabilidade”, afirmou Glaucia Mendes Souza, professora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) e membro da coordenação do programa BIOEN.

“As conclusões das discussões desses especialistas sobre temas como segurança energética, alimentar, ambiental e climática, além de desenvolvimento sustentável e inovação servirão de base para o relatório final, que terá 21 capítulos, 700 páginas e será disponibilizado gratuitamente no formato de e-book”, afirmou Souza, que coordena a redação do documento.

Uma das principais conclusões é a de que – com a diminuição das reservas de petróleo, o aumento dos preços dos combustíveis fósseis e a necessidade urgente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) – a bioenergia desponta como alternativa promissora para aumentar a segurança energética no futuro e poderá se tornar uma das maiores fontes da matriz energética de muitos países nas próximas décadas.

Para atingir esse objetivo, entretanto, os autores da avaliação recomendam aumentar a compreensão sobre os impactos de políticas, regulamentações e sistemas de certificação para a definição de métodos de governança que garantam a sustentabilidade e a igualdade na distribuição dos benefícios trazidos pela bioenergia, além de uma cuidadosa análise do investimento financeiro necessário para a implementação de sistemas de produção de energia renovável.

“Existem políticas públicas locais e globais que impactam no financiamento, no mercado e na exportação e importação de biocombustíveis e que competem com uma indústria muito barata, que é a do petróleo”, disse Souza.

“É preciso que a cadeia de produção de bioenergia conte com subsídios e o apoio de políticas públicas para conseguir aumentar a escala de produção e torná-la mais competitiva”, avaliou.

Os autores do documento avaliam que o peso da bioenergia para a segurança energética tende a crescer, em razão do avanço de tecnologias de conversão de biocombustíveis a partir de biomassa e de materiais celulósicos. Esse fator aumentará significativamente a base de recursos globais para a geração de energia sustentável.

A biotecnologia é uma ferramenta importante para a produção de tecnologias e produtos de controle biológico. O roadmapping da Rota Estratégica em Biotecnologia Agrícola e Florestal tem como uma das visões de futuro para a indústria paranaense tornar-se provedor de soluções em biotecnologia. Projetos e iniciativas em políticas públicas relacionadas à bioenergia reforçam esta visão de futuro, destacando as suas ações estruturantes.

Leia a reportagem na íntegra aqui.

Mais informações sobre o BBEST em http://www.bbest.org.br/

                                                                                                                                            Fonte: Com informações de Agência FAPESP 

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