Blog

Observatórios

Acompanhe nas redes sociais:
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube
Enquete

O que achou do novo blog?

Cadastre-se

e receba nosso informativo

Demência: Células nervosas sob falsa sinalização

Publicado em 25/01/2012

"As doenças relacionadas à demência geralmente se traduzem em "vida e morte": cada vez mais células nervosas morrem ao longo da evolução da doença. Pesquisadores de Bonn descobriram recentem ..."
As doenças relacionadas à demência geralmente se traduzem em "vida e morte": cada vez mais células nervosas morrem ao longo da evolução da doença. Pesquisadores de Bonn descobriram recentemente uma importante chave no cérebro de camundongos, que decide sobre a vida ou a morte dos neurônios. Os resultados foram todos apresentados no Journal of Neuroscience (2011, Publicação Online).

Só na Alemanha são mais de 1,2 milhão de pessoas com demência, a maioria delas sofre da doença de Alzheimer. Especialistas estimam que este tipo de demência é responsável por cerca de 60% dos 24 milhões de casos no mundo. Em muitas doenças neurodegenerativas há uma perda de células nervosas. No início da doença os neurônios vizinhos ainda podem compensar o déficit. Mas ao longo dos anos, tantas células morrem que praticamente não existem mais alternativas para os pacientes, que sofrem com agravamento na perda de memória, impedindo sobremaneira uma vida cotidiana normal. O motivo da morte celular ainda não é totalmente compreendido, pois os cientistas do mundo todo percebem que o ataque não ocorre somente nas células nervosas doentes, mas também em células saudáveis. A equipe de Neurobiologia Reconstrutiva da Universidade de Bonn, liderados pela Dra. Bettina Linnartz está estudando uma nova descoberta com base em células do cérebro de camundongo. A equipe descobriu um sinal molecular, que simplesmente dispara a destruição do cérebro.

clique para ampliar clique para ampliar Cultura primária de neurônios do hipocampo. Corados estão DNA (azul), ßIII- Tubulina (vermelho) e moléculas de neurofilamentos (verde). Fonte: Sevda Cordier-Dirikoc em www.flickr.com

As células nervosas são recobertas por uma membrana, cuja camada externa possui ácido siálico como componente natural. Ácido siálico é particularmente sensível e vulnerável, podendo sofrer com o estresse oxidativo, segundo a Dra Linnartz. Este fenômeno é conhecido no contexto das doenças degenerativas. O estresse oxidativo é provocado por compostos oxigenados de forma agressiva durante os processos metabólicos. Os compostos muito reativos atacam a molécula mais próxima, lesando assim o DNA, proteínas ou os ácidos siálicos presentes na superfície da célula. A equipe da Dra. Linnartz pesquisa se nas células nervosas de camundongos, os ácidos siálicos representa um sinal, que determina o destino das células cerebrais. Usando uma enzima, ela quebra especificamente o ácido siálico das células nervosas do roedor e, a constatação é de que, de fato, o sistema imunológico dos camundongos se torna ativo e marca a superfície das células tratadas, com proteínas sinalizantes específicas. Células da micróglia, as células imunológicas do cérebro, atacaram então as células marcadas e as eliminaram.

"As células nervosas foram sinalizadas pela falta de ácido siálico e marcadas, como se fossem o próprio inimigo, para depois serem eliminadas pelos macrófagos", explica a Dra. Linnartz. Contudo, isto aconteceu com as células, embora elas fossem saudáveis.

Os pesquisadores fizeram a prova final, então: eles bloquearam uma proteína, que faz com que as células da micróglia sejam capazes de reconhecer invasores. "Então as células nervosas não foram atacadas pelos macrófagos e permaneceram intactas", explicou a Dra. Linnartz. "O ácido siálico sobre a membrana das células nervosas forma uma espécie de camada protetora. Se esta camada protetora for removida por estresse oxidativo, por exemplo, a sinalização aparece como "pode me devorar" para as células da micróglia. Esta pode então, com ajuda de receptores complementares, reconhecer três desses sinais e, devorar as células nervosas alteradas".

Com informações de Biotechnologie.de

Deixe seu coment�rio

Site Seu blog ou p�gina pessoal


1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
2. S�o um espa�o para troca de id�ias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza. e
5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de id�ias.

 Aceito receber comunica��o da Fiep e seus parceiros por e-mail
 
Av. Comendador Franco, 1341 - Jardim Botânico - 80215-090
Fone: 41 3271 7900
Fax: 41 3271 7647
observatorios@fiepr.org.br
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube