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Publicado em 25/01/2012
Só na Alemanha são mais de 1,2 milhão de pessoas com demência, a maioria delas sofre da doença de Alzheimer. Especialistas estimam que este tipo de demência é responsável por cerca de 60% dos 24 milhões de casos no mundo. Em muitas doenças neurodegenerativas há uma perda de células nervosas. No início da doença os neurônios vizinhos ainda podem compensar o déficit. Mas ao longo dos anos, tantas células morrem que praticamente não existem mais alternativas para os pacientes, que sofrem com agravamento na perda de memória, impedindo sobremaneira uma vida cotidiana normal. O motivo da morte celular ainda não é totalmente compreendido, pois os cientistas do mundo todo percebem que o ataque não ocorre somente nas células nervosas doentes, mas também em células saudáveis. A equipe de Neurobiologia Reconstrutiva da Universidade de Bonn, liderados pela Dra. Bettina Linnartz está estudando uma nova descoberta com base em células do cérebro de camundongo. A equipe descobriu um sinal molecular, que simplesmente dispara a destruição do cérebro.
Cultura primária de neurônios do hipocampo. Corados estão
DNA (azul), ßIII- Tubulina (vermelho) e moléculas de neurofilamentos (verde). Fonte: Sevda Cordier-Dirikoc em www.flickr.com
As células nervosas são recobertas por uma membrana, cuja camada externa possui ácido siálico como componente natural. Ácido siálico é particularmente sensível e vulnerável, podendo sofrer com o estresse oxidativo, segundo a Dra Linnartz. Este fenômeno é conhecido no contexto das doenças degenerativas. O estresse oxidativo é provocado por compostos oxigenados de forma agressiva durante os processos metabólicos. Os compostos muito reativos atacam a molécula mais próxima, lesando assim o DNA, proteínas ou os ácidos siálicos presentes na superfície da célula. A equipe da Dra. Linnartz pesquisa se nas células nervosas de camundongos, os ácidos siálicos representa um sinal, que determina o destino das células cerebrais. Usando uma enzima, ela quebra especificamente o ácido siálico das células nervosas do roedor e, a constatação é de que, de fato, o sistema imunológico dos camundongos se torna ativo e marca a superfície das células tratadas, com proteínas sinalizantes específicas. Células da micróglia, as células imunológicas do cérebro, atacaram então as células marcadas e as eliminaram.
"As células nervosas foram sinalizadas pela falta de ácido siálico e marcadas, como se fossem o próprio inimigo, para depois serem eliminadas pelos macrófagos", explica a Dra. Linnartz. Contudo, isto aconteceu com as células, embora elas fossem saudáveis.
Os pesquisadores fizeram a prova final, então: eles bloquearam uma proteína, que faz com que as células da micróglia sejam capazes de reconhecer invasores. "Então as células nervosas não foram atacadas pelos macrófagos e permaneceram intactas", explicou a Dra. Linnartz. "O ácido siálico sobre a membrana das células nervosas forma uma espécie de camada protetora. Se esta camada protetora for removida por estresse oxidativo, por exemplo, a sinalização aparece como "pode me devorar" para as células da micróglia. Esta pode então, com ajuda de receptores complementares, reconhecer três desses sinais e, devorar as células nervosas alteradas".
Com informações de Biotechnologie.de
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