Blog

Observatórios

Acompanhe nas redes sociais:
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube

Cadastre-se

e receba nosso informativo

Inovar-Auto: Japão abre disputa contra o Brasil na OMC

Publicado em 15/07/2015

Acusação de protecionismo vem à tona novamente

Fonte: Exame

A discussão quanto ao Inovar-Auto vai de encontro com a Varável 6 - "Governo: Política industrial para o setor”, do estudo que rege o trabalho do Setor Automotivo – Observatórios. Atualmente, a temática está presente no Grupo de Trabalho “Cadeia de fornecedores do Setor Automotivo - RMC”, que busca o adensamento e aproximação de elos da Cadeia na RMC. Enquanto o Grupo de Trabalho “Graduação em Engenharia Automotiva”, pretende articular junto à UFPR, a implantação da Graduação na UFPR, utilizando incentivos da política do Inovar-Auto para Pesquisa & Desenvolvimento, na tentativa de desenvolver parcerias entre indústrias e Universidades.

O governo do Japão abriu uma disputa na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o Brasil, alegando que a política de incentivos fiscais aos setores de telecomunicação, automotivo e tecnologia é ilegal e afeta empresas estrangeiras de forma "injusta". O principal foco da queixa é o Inovar Auto, mecanismo que garantiu uma redução de impostos para o setor automotivo com fábricas instaladas no País.

Tóquio questiona a forma pela qual Brasília isenta setores de impostos, sempre que garantam produção em território brasileiro. Para o Japão, as regras discriminam empresas estrangeiras e são "barreiras protecionistas" contra produtos importados.

Na avaliação da diplomacia japonesa, o Brasil comete três ilegalidades: a existência de um regime de impostos mais pesado para bens importados que para bens nacionais, incentivos fiscais para quem produz no Brasil e subsídios para empresas que exportam.

No ataque dirigido ao Inovar Auto, o programa é considerado ilegal pelo Japão ao reduzir o IPI para certos modelos produzidos com um determinado número de peças nacionais. Se condenado, o Brasil terá de modificar o programa e os incentivos dados a montadoras.

O pedido de consultas é a primeira fase da disputa na OMC. Durante os próximos dois meses, os dois governos terão de realizar as reuniões e, se não houver um acordo, o Japão pediria que os árbitros internacionais examinem o Brasil.

Um ataque similar já havia sido apresentado pela UE contra o Brasil e o sistema de solução de controvérsias da OMC foi acionado. Bruxelas argumentou que, ao dar isenção de IPI a diversos setores sob certas condições, o Brasil estava violando as regras internacionais do comércio.

O governo brasileiro sempre alegou que as medidas beneficiavam montadoras europeias e japonesas contra a concorrência chinesa.

Mas, segundo a União Europeia, as medidas adotadas pelo governo de Dilma Rousseff afeta as exportações do bloco. Em 2011, 857 mil carros foram exportados para o Brasil. Em 2013, esse número caiu para 581 mil até outubro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Av. Comendador Franco, 1341 - Jardim Botânico - 80215-090
Fone: 41 3271 7900
Fax: 41 3271 7647
observatorios@fiepr.org.br
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube