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Volvo Cars dá salto de vendas no Brasil e espera mais com o S60

Publicado em 22/10/2018

Graças ao fim da sobretaxação e imposição de cotas de importação do Inovar-Auto, que vigorou de 2012 a 2017, e ao lançamento de produtos mais evoluídos e adequados ao gosto do consumidor brasileiro (leia-se três SUVs), a Volvo Cars está em meio a um grande salto de vendas, que vai garantir o melhor ano de todos os tempos desde o início das importações de carros da marca sueca no País, em 1991.

De janeiro a setembro foram vendidas 4,35 mil unidades, em alta de 82% sobre o mesmo período de 2017, porcentual sete vezes maior que a média de 12% de crescimento registrado no segmento de automóveis de luxo como um todo, estimado em 35,8 mil veículos em nove meses. Com isso, a participação nessa fatia de mercado quase que dobrou, de 7,6% no ano passado para 12,7% agora. A expectativa é fechar 2018 acima dos 6 mil emplacamentos o que superaria os 5,46 mil de 2011, o maior volume anual da Volvo Cars no Brasil até agora.

"Vivemos um momento especial, mas esse resultado começou a ser desenhado desde 2015, com o início da transformação dos produtos da Volvo, desenvolvidos com maior liberdade e recursos depois que a fabricante ganhou independência quando foi comprada pela chinesa Geely [em 2010]", afirma Leandro Teixeira, diretor de marketing e produto da Volvo Cars Brasil.


Teixeira avalia que o atual salto da marca no Brasil poderia ter acontecido antes, tendo em vista que o melhor resultado foi obtido em 2011, no momento pré-Inovar-Auto, e depois as vendas foram limitadas a apertadas cotas, que no caso da Volvo mal chegavam a 3 mil unidades/ano sem a cobrança da sobretaxação de 30 pontos adicionais de IPI. Para desviar dessa barreira quatro marcas que atuam na mesma faixa premium de mercado, Audi, BMW, Mercedes-Benz e Jaguar Land Rover, abriram fábricas no Brasil, estratégia que a Volvo decidiu não seguir.

"Tivemos que limitar nossas importações porque a Volvo segurou o investimento em unidade industrial no Brasil, avaliou que não se faz uma fábrica baseada só em incentivos que acabam depois. Além disso havia prioridade e se construir fábricas na China e nos Estados Unidos (inaugurada este ano)", explica Teixeira.

MUDANÇA DE PERCEPÇÃO

Segundo o diretor, houve nos últimos anos uma mudança de percepção dos consumidores brasileiros em relação à marca sueca. Para ele, além da já tradicional imagem de carro seguro que a Volvo cultiva ao longo de décadas, a fabricante agregou design e tecnologia aos seus modelos. "É uma proposta de luxo diferente, com discrição e propósito, que começou a fazer a marca ser considerada por consumidores da faixa premium do mercado", diz Teixeira.

A entrega de mais tecnologia e desempenho que a concorrência começou com o SUV de grande porte XC90, seguiu com a renovação do SUV médio XC60, que agregou mais pessoas à marca, e o salto definitivo veio com o lançamento este ano do SUV médio-compacto XC40, que trouxe 100% de novos clientes à rede que hoje soma 33 concessionárias serão 35 até o fim deste ano. "As pessoas tinham a percepção que os Volvo eram mais caros e isso começou a mudar com a chegada de novos produtos com preços competitivos em relação à concorrência do mesmo segmento, sempre com a oferta mais completa que os competidores", destaca o executivo.

Do segmento premium no Brasil, os SUVs médio-compactos representam quase um terço das vendas e o XC40 já abocanhou participação de 12,2%, é o segundo Volvo mais vendido no País com 31% dos emplacamentos da marca, 1,4 mil unidades de janeiro a setembro. O SUV médio XC60 domina quase um quarto das vendas da segunda maior fatia do mercado de veículos de luxo, que corresponde a 22,5% do total. Assim o XC60 segue sendo o campeão da Volvo com 44% das vendas no Brasil e quase 2 mil unidades emplacadas em nove meses.

DE VOLTA À BRIGA DOS SEDÃS MÉDIOS COM NOVO S60

Para Teixeira a marca poderá melhorar ainda mais seu desempenho em 2019 com seu retorno ao segmento de sedãs médios, do qual ficou afastado este ano à espera da nova geração do S60, recém-lançada nos Estados Unidos (leia mais aqui). O carro está previsto para chegar ao Brasil no meio do ano e vai recolocar a Volvo na briga pela terceira maior fatia do mercado premium, equivalente a 22% das vendas entre janeiro e setembro. Dentro dessa faixa a Volvo espera tomar ao menos 15%. De participação. "Apesar da onda de SUVs, segmento de sedãs ainda é importante", recorda Teixeira.


A fabricante sueca aposta que o novo S60 tem diferenciais importantes para brigar com concorrentes de peso no segmento, caso do Audi A4, BMW Série 3 e Mercedes-Benz Classe C. "São carros com preços mais baixos (no segmento premium) e reconhecemos que têm muita tradição, é muito difícil brigar com eles, mas vamos tentar repetir o que fizemos com os SUVs, com oferta de mais conteúdo e tecnologia", diz o diretor de marketing. Segundo ele, a taxa de recompra dos Volvo gira em torno de 30% da clientela, porcentual parecido com o da concorrência. "Não temos rejeição", afirma.


"Se o S60 tiver bom desempenho podemos até ser líderes [do mercado premium]", calcula Teixeira, com base nos números dos primeiros 10 dias de outubro, período em que a Volvo liderou as vendas do segmento.

Fonte: Investe SP

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