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Sem medo da crise, Chery inaugura fábrica no Brasil

Publicado em 11/09/2014

O Vale do Paraíba, no estado São Paulo, recebe a primeira fábrica chinesa de automóveis na América Latina.

Fonte: Fábio Doyle, para Encontro

Ao inaugurar suas instalações industriais na cidade de Jacareí, no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, a Chery Brasil inaugura uma nova fase da história do setor automotivo nacional. O investimento totaliza US$ 530 milhões, ou mais de R$ 1,2 bilhão, em duas novas fábricas: a de automóveis, que recebeu aporte de US$ 400 milhões, e a de motores, da Acteco, marca pertencente ao grupo Chery, que contou com investimento de US$ 130 milhões.

Apesar do momento de crise por que passa o segmento automotivo no Brasil, a Chery manteve sua decisão de investir em Jacareí. “A decisão de ter uma unidade industrial nacional foi tomada em 2009, antes mesmo do anúncio do aumento dos 30 pontos percentuais do IPI para carros importados. Desde lá, passamos por uma série de situações, como o anúncio do Inovar-Auto, e o cenário atual do setor continua não influenciando em nossa decisão. A Chery Brasil será a matriz da Chery na América Latina”, declara Roger Peng, presidente da Chery Brasil.

Ele justificou a escolha do Brasil pela população de 200 milhões, por ser um país que apresenta desenvolvimento econômico rápido e apresentar rápido crescimento do mercado automobilístico. Ele considera que, tendo em vista as vendas médias de 3 mil unidades dos carros da marca importados da China em 2009 e 2010, os carros Chery foram aprovados pelo consumidor brasileiro. Quanto à crise atual, Peng diz que “isso não é o fim do mundo, será passageira”.

Além da fábrica a Chery aprovou novo investimento para a filial brasileira: o país contará com um Centro de Pesquisa & Desenvolvimento, com aporte de R$ 50 milhões. “No futuro, provavelmente a partir de 2018, a Chery terá um automóvel pensado, desenvolvido e produzido especialmente para o mercado brasileiro”, diz Luís Curi, vice-presidente da Chery Brasil.

Construída em um terreno de mais de um milhão de metros quadrados, a fábrica de Jacareí tem uma área construída de 400 mil metros quadrados, onde estão localizadas três unidades produtivas – montagem, soldagem e pintura, além do prédio administrativo e do restaurante. O complexo da Chery em Jacareí ainda contempla uma pista de testes.

Com recurso 100% próprio, a fábrica é equipada com máquinas oriundas da Alemanha, Espanha, Estados Unidos, China, entre outros países.

Em setembro, os pré-séries das versões hatch e sedan da nova geração do Celer começarão a ser fabricados. Em dezembro próximo terá início a produção comercial para abastecer a rede de concessionárias da marca, que atualmente conta com 67 revendas, devendo chegar a 100 até o final do ano deste ano.

No primeiro ano de operação, além da nova geração do Celer, está previsto também o novo QQ, que começa a ser produzido no segundo trimestre de 2015. O modelo de entrada da marca passará por modificações drásticas em seu layout, além de contar com motor 1.0 flex de três cilindros.

Em 2016 chega a vez do terceiro modelo, um utilitário esportivo. Associada ao início da montagem deste modelo está previsto o começo das exportações dos automóveis Chery oriundos de Jacareí. Os três modelos – SUV, QQ e Celer – abastecerão a rede Chery de países como Argentina, Uruguai, Colômbia, Equador, Venezuela e Peru.

Atualmente, com a fábrica operando parcialmente, a Chery Brasil conta com 300 funcionários. Até o final de 2014, a fábrica espera contar com, pelo menos, 500 colaboradores.

Junto com a unidade industrial de carros de passeio, a Chery inaugura também outra fábrica, voltada à produção de motores da marca Acteco, que recebeu investimento de US$ 130 milhões (mais de R$ 250 milhões). Situada também em Jacareí, próximo à unidade de automóveis, a fábrica de motores produzirá propulsores 1.0 e 1.5 litros.

“No futuro, também serão produzidos outros tipos de motores, para abastecer não só a demanda da Chery em Jacareí, mas como também outras localidades. Por enquanto, a Acteco fornecerá seus itens para o Brasil, mas planejamos exportar em um segundo momento”, revela o presidente da marca no Brasil, Roger Peng.

O primeiro modelo a ser fabricado em Jacareí, o Celer, nas versões hatch e sedan, inicia sua produção com mais de 50% de índice de nacionalização.

“Todas as empresas fornecedoras da Chery estão situadas em um raio de até 100 km de distância, porém, já contamos com um espaço ao redor da fábrica de automóveis para receber um futuro polo de fornecedores”, comenta Curi.

O índice de nacionalização dos modelos Chery fabricados no Brasil será aumentando gradualmente, podendo chegar a 70% em aproximadamente dois anos, momento no qual a Acteco também passará a fornecer transmissões, que passarão a ser produzidas pela empresa.

Centro de P&D

Este número de nacionalização terá um crescimento gradativo também com o início de funcionamento do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Chery no Brasil.

Ainda sem local definido para ser instalado, o centro tecnológico já conta com investimento aprovado de R$ 50 milhões. “Definido e decidido o novo aporte, passaremos agora para a segunda etapa, voltada ao processo de planejamento para instalar o Centro de P&D no Brasil”, complementa Curi. A empresa já estuda parcerias com universidades, como FGV, FAAP, UNIVAP, UNIP e Anhanguera, e com centros tecnológicos, como o de São José dos Campos e o de Jacareí.

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