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Inovar-Auto: o que ainda há de ser feito antes e depois de 2017

Publicado em 08/08/2014

Simea faz balanço após um ano de vigência do novo regime automotivo.

Fonte: Sueli Reis, para Automotive Business

Dar continuidade ao Inovar-Auto com foco no que será feito após 2017 como forma de manter a promoção da indústria automotiva nacional visando sua competitividade foi a premissa em destaque no painel que abriu os trabalhos do encontro anual da AEA, Associação da Engenharia Automotiva, a 22ª edição do Simea, Simpósio internacional da Engenharia Automotiva, entre quarta e quinta-feira, 6 e 7, em São Paulo.

O presidente da entidade, Antonio Megale, destacou os benefícios e objetivos que o programa prevê para a cadeia nacional até 2017 e ressaltou que o Simea se apresenta como uma oportunidade para fazer o primeiro balanço após um ano de vigência.

A representante do governo Margarete Gandini, coordenadora na comissão do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para máquinas agrícolas e rodoviárias, participou da abertura do evento:

“O Inovar-Auto é o primeiro passo, não é uma obra acabada e é muito mais complexo do que se vislumbra quando se escreve o projeto. Espero que ao fim deste balanço tenhamos essa clareza de que avançamos em um ano, mas ainda há muito a ser feito”.

O conselheiro do Sindipeças, Sergio Pin, debruçou-se sobre os desafios que contornam a cadeia produtiva, apresentando o cenário preocupante do setor de autopeças. Segundo ele, o único item da legislação que impactaria de forma positiva para as empresas fornecedoras é o da rastreabilidade, que segue sem regulamentação.

“Ainda não foi publicado no Diário Oficial, mas o governo assinou na semana passada uma medida que incluirá o Inovar-Autopeças dentro dos âmbitos do Inovar-Auto, como já era previsto. Contudo, até agora, não houve nenhum efeito que elevasse a participação das autopeças nacionais no programa”, afirma.

Dados da entidade mostram que para 2014, o faturamento do setor de autopeças deve fechar em R$ 79,2 bilhões, uma queda de 7,6% com relação ao do ano passado. Para 2015, a entidade prevê uma retração mais leve, de 0,2%.

“Nosso grande desafio está nos Tiers 2 e 3, que têm dificuldades em planejamentos de projetos e até de gestão, porque ao mesmo tempo não têm capacidade de investimento neste momento. Com o mercado em baixa como está, essas empresas estão agonizando. Há necessidade de investimento, mas não tem a menor chance neste momento”, afirma em tom de desabafo.

Segundo Pin, o Sindipeças tem se esforçado para apresentar alternativas à essas companhias, a maioria pequenas e médias empresas. “Criamos uma comissão interna que busca meios de ajudar, como uma cartilha que informa como conseguir fomento para investir. Há estudos in loco nas fábricas, ouvimos seus gestores e funcionários e temos tido surpresas: elas estão caminhando para melhorar sua eficiência, no que diz respeito à produtividade, qualidade e até programas para evitar desperdícios. O grande problema é a falta de acesso que elas têm a esses recursos para financiar seus projetos.”

Por sua vez, representando a Anfavea, associação das fabricantes de veículos instaladas no País, o vice-presidente Marco Saltini destacou que o Inovar-Auto reforçou o desejo de marcas mundiais em produzir no Brasil. “É uma política industrial positiva porque atrai investimento, mas o Brasil por si só já é um ambiente atrativo: é o quarto maior mercado do mundo e o sétimo maior produtor. É certo dizer que muitas empresas anunciaram seus investimentos antes do novo regime automotivo entrar em vigor, certamente alguns projetos estariam aqui independente do Inovar-Auto, mas seguramente não seriam como estão sendo conduzidos hoje”.

Dados da própria Anfavea apontam que os investimentos previstos entre 2012 a 2018, principalmente em novas fábricas e ampliações das existentes, resultam em um aporte total de R$ 75,8 bilhões, dos quais R$ 12 bilhões serão destinados para as áreas de P&D (pesquisa de desenvolvimento) e engenharia.

Ele afirma ainda que o programa já trouxe benefícios, citando como exemplo a redução das vendas de veículos importados. Dados da entidade mostram que enquanto a participação desses modelos era de 27% em dezembro de 2011 nas vendas totais para o mercado interno, em junho deste ano, essa fatia diminuiu para 18%.

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