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Oito fábricas de carros e motores têm férias coletivas durante a Copa

Publicado em 23/06/2014

Com quedas nas vendas, paradas temporárias ocorrem desde abril. GM, Ford, Renault e Peugeot Citroën realizam pausas.

Fonte: G1

Oito fábricas de carros têm férias coletivas programadas para este período de Copa do Mundo, dando continuidade a uma série de pausas temporárias na produção que ocorrem desde abril passado, em consequência da queda nas vendas e nas exportações de veículos.

Na última segunda-feira (18) começaram as férias coletivas na Peugeot Citroën, em Porto Real (RJ), e em um turno da planta de Gravataí (RS) da General Motors, dona da marca Chevrolet.

Os dois turnos restantes nessa fábrica da GM deverão parar no próximo dia 7. Na mesma data, os trabalhadores das outras duas unidades da montadora, em São Caetano do Sul (SP) e São José dos Campos (SP), e os da Ford em São Bernardo do Campo (SP), também entrarão em férias.

Na Ford, a pausa já ocorre em duas unidades –Taubaté (SP) e Camaçari (BA). E a Renault iniciou as férias coletivas na semana passada em São José dos Pinhais (PR).

2,5 mil contratos suspensos

Além disso, Volkswagen e Mercedes-Benz têm funcionários no chamado "lay off", que é a suspensão temporária de contratos. Segundo o sindicato dos metalúrgicos, em São Bernardo do Campo há 900 trabalhadores da Volks nessa situação. Outros 400 são da fábrica de São José dos Pinhais. A montadora não confirma esses números.

A previsão é de que eles fiquem afastados por até cinco meses, que é o tempo máximo previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para a medida, que é considerada de proteção ao emprego.

No lay off, funcionários se ausentam para participar de curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador e, para isso, recebem bolsa mensal do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Cabe à empresa completar a compensação financeira para igualar o valor do salário. Os benefícios são mantidos e a medida só pode ser adotada uma vez a cada 16 meses.

Na Mercedes, um "lay off" também de cinco meses começa no próximo dia 1º para 1.200 funcionários de São Bernardo, onde produz caminhões e ônibus. A medida inclui os 700 que estavam em licença remunerada desde maio. Na planta há 10,8 empregados. No início deste mês, foi dada licença a outros 100 empregados da unidade de Juiz de Fora, sem previsão de retorno. Lá há 880 funcionários e são fabricados caminhões.

Além da suspensão temporária de contratos, a Mercedes tinha um Plano de Demissão Voluntária (PDV) aberto na unidade de São Bernardo até a semana passada.

Também há PDV aberto na Peugeot Citroën, com meta de adesão de 650 funcionários, número correspondente aos que atuavam no terceiro turno da fábrica de Porto Real, aberto em 2010 e encerrado em fevereiro passado.

Acordo com a Argentina

Tanto a Mercedes quanto a PSA, dona da Peugeot e da Citroën, alegam que suas ações são relacionadas também à redução de vendas para a Argentina, para onde vão 3/4 dos carros que o Brasil vende ao exterior.

"Esta medida (PDV) decorre da decisão da empresa de manter a produção da unidade em 2 turnos, tendo como objetivo adequá-la às vendas internas e às exportações destinadas especialmente para a Argentina, ambas em forte queda nos últimos meses", afirmou a PSA, em maio passado.

A redução nas exportações foi provocada pelo fim das cotas determinadas no acordo automotivo entre os dois países, ainda em 2013. Esse documento indicava uma proporção de compra e venda de carros isentos do imposto de importação entre os dois países.

Sem essa diretriz, passou a valer o livre comércio e o governo argentino começou a dificultar a entrada de veículos produzidos no Brasil, o que ocasionou uma baixa de 31,9% nas exportações nos quatro primeiros meses de 2014.

Um novo acordo com a Argentina foi anunciado no último dia 9. Apesar de ter uma proporção não tão favorável ao Brasil quanto anteriormente, a expectativa é de que ele reaqueça as vendas para o mercado argentino, que recebe 3/4 dos carros exportados pelo Brasil.

Brasileiro comprando menos carro zero

Veículos exportados representaram cerca de 15% das vendas da indústria nacional em 2013. Eles contribuem de forma parcial para os números mais baixos de comercialização neste ano, mas o mercado interno, naturalmente, tem mais peso.

Nos primeiros cinco meses de 2014, as vendas de veículos pela indústria brasileira foram 5,5% menores do que no mesmo período do ano passado. Com o comércio mais fraco, os pátios de montadoras e estoques de lojas aumentaram e por isso as empresas têm procurado frear a produção.

Procuradas pelo G1, Fiat, Honda e Toyota dizem que não têm planos de férias coletivas e nem PDVs abertos. A Fiat deu "férias voluntárias" em abril.

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