Publicado em 25/04/2014
Fonte: Yara Peres para O Povo
Os carros elétricos e híbridos vão receber incentivos do Governo Federal para produção no Brasil. Com isso, o mercado espera que o custo de produção caia pela metade e o produto passe a ser mais competitivo.
Segundo o jornal O Povo, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) ratificou a expectativa de anúncio para um conjunto de medidas de incentivo ainda no mês de maio de 2014.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), apresentou em 2013 uma proposta ao Governo Federal para que veículos elétricos e híbridos fossem importados só até 2017, período no qual as montadoras seriam obrigadas a nacionalizar a produção para esses modelos. Há possibilidades de que um novo programa possa comportar as possíveis medidas para a política de produção de carros híbridos e elétricos, em discussão já avançada pelo MDIC. Atualmente, as montadoras de veículos à combustão dispõem de incentivos por meio do programa Inovar-Auto.
Para Ricardo Guggisberg, diretor do evento Salão Latino Americano de Veículos Elétricos, que acontece em São Paulo em setembro, o público tem interesse pelo produto, mas não paga mais caro por ele. “Acredito que está muito alinhado com a proposta que a Anfavea enviou para o Governo. Com isso, a redução desse tipo de veículo deve cair 50%. Ou seja, um carro elétrico que custaria R$ 120 mil, pode ficar entre R$ 70 e 80 mil”, revela.
O salão promoverá o estímulo e popularização do consumo de carros elétricos e híbridos. Ainda segundo Guggisberg, o preço desses veículos seria correspondente ao de modelos como o Toyota Corolla e o Honda Civic, que são automóveis de alto consumo de combustível.
Ricardo defende que, com a redução expressiva no preço dos carros com tecnologia elétrica, o consumo se tornará consideravelmente efetivo.
“Com o aumento no consumo, amplia-se a rede de infraestrutura e fábrica de componentes, o que gerará outro tipo de mercado. Isso irá proporcionar um aquecimento natural em todos os diversos setores do mercado automobilístico”.
E o abastecimento?
A infraestrutura de carregamento para os veículos elétricos, segundo Ricardo, é algo já estabelecido para que consumidores não fiquem sem disponibilidade de recarga da bateria do veículo.
“Existem projetos para o desenvolvimento de eletropostos. A tecnologia de recarga já existe no Brasil e as montadoras disponibilizarão suporte quanto à manutenção”, esclarece. No Brasil, a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) planeja a implantação de 100 pontos de recarga do seu projeto de sistemas de abastecimento para veículos elétricos na cidade de Campinas, em São Paulo.
Toyota Prius – Um dos veículos híbridos (gasolina e eletricidade) mais populares do mundo, tem uma bateria com potência máxima de 27 kW para armazenamento de energia. O motor à combustão dispensa o uso da correia auxiliar graças ao sistema integrado com o motor elétrico.
Mercedes S 400 Hybrid – Combinando um potente motor de 279 cavalos com um módulo elétrico compacto, o luxuoso S 400 é comercializado no Brasil desde 2010. O propulsor V6, quando trabalhado em velocidades menores (inferiores a 50 km/h), é acionado por componentes elétricos, diminuindo o consumo de combustível do carro.
Renault Twizy – Ainda sem previsão para ser comercializado nas concessionárias brasileiras, o pequeno Twizy é utilizado em operações na usina hidrelétrica de Itaipu e empresas vinculadas ao Programa Carro Elétrico. Com potência de 17 cavalos, possui bateria de íon-lítio, além de autonomia de 100 km. Será utilizado pela Prefeitura de Curitiba durante a Copa do Mundo.
Ford Fusion Hybrid – O motor elétrico de 36 kW dá ao sedã de grande porte da Ford estabilidade e autonomia. Segundo a montadora, a velocidade máxima - usando apenas o conjunto elétrico - chega a 100 km/h. Dotado de baterias de íon-lítio, possui um sistema que memoriza caminhos mais utilizados pelo condutor, que prioriza a utilização da energia elétrica.
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