Bosch: Brasil, terra dos carros

Publicado em 01/04/2014

Fonte: Bosch

Por que o país sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014 está prestes a se tornar o terceiro maior mercado automotivo do mundo, e por que o etanol é um aspecto do cotidiano da direção no Brasil.

Mercado automotivo: O Brasil tem atualmente cerca de 200 carros por mil habitantes. O crescimento do mercado de veículos será impulsionado pela ascensão da próspera classe média do país. Em 2020, o número de veículos registrados pode dobrar e alcançar 6,6 milhões, o que tornaria o Brasil o terceiro maior mercado de vendas, atrás de China e Estados Unidos. O terceiro lugar global é atualmente ocupado pelo Japão.

Infraestrutura: O país possui a segunda maior rede viária do mundo. Praticamente todos os bens são transportados por caminhão, enquanto os ônibus são o principal meio de transporte das pessoas. Apenas nas rodovias Bandeirantes e Anhanguera, as duas rotas principais entre São Paulo e Campinas, 900 mil veículos rodam diariamente. Cerca de seis milhões de caminhões leves e pesados foram registrados em 2010, bem como 676 mil ônibus. Em comparação, o volume de transporte por navios e trens é irrisório.

Abastecendo com álcool: Em 1972, o governo brasileiro lançou o programa Pró-Álcool para produzir biocombustível a partir de cana-de-açúcar, com o objetivo de reduzir a dependência do país das importações de petróleo. Desde então, o registro de veículos a diesel com capacidade de carga de menos de uma tonelada métrica foi proibido, então, todos os carros atualmente funcionam com gasolina ou etanol. A Bosch desenvolveu a tecnologia de combustível flex especialmente para o mercado brasileiro, para permitir que os veículos funcionem com ambos os tipos de combustível, ou com qualquer mistura dos dois. Dadas as grandes distâncias no Brasil, o quinto país em extensão do mundo, carros movidos a diesel seriam uma alternativa excelente.

clique para ampliar>Frota brasileira é abastecida com gasolina e álcool. (Foto: Bosch)

Veículos comerciais a diesel: Dois números mostram como é importante o frete por caminhões no Brasil: cerca de metade do total de combustível consumido nas estradas do Brasil é diesel – igual em volume ao mercado dos Estados Unidos. A tecnologia da Bosch pode ser encontrada em quatro de cada cinco caminhões e ônibus no Brasil. E ainda, a Bosch está desenvolvendo sistemas de combustíveis duais no Sul do país que oferecem uma solução única para veículos comerciais, permitindo que seus motores a diesel funcionem mesmo quando gás natural ou etanol são adicionados.

Combustível Flex: Esta combinação de gasolina e etanol foi desenvolvida pela Bosch especialmente para o mercado brasileiro. A característica diferencial do sistema é que a mistura exata é variável. Hoje, cerca de 90% de todos os carros de passageiros no Brasil são equipados com essa tecnologia de combustível flexível. Em 2013, o veículo de número dez milhões com essa característica foi fabricado no Brasil. Outros mercados importantes para veículos flex são os Estados Unidos, Canadá e México.

“O sistema completo de combustível flex é uma das principais tecnologias da Bosch. A Bosch é, portanto, representada em mais de 80% de todos os carros brasileiros que usam combustível flex”, disse Stefan Seiberth, presidente da divisão de Sistemas de Gasolina da Robert Bosch GmbH.

Cenário: Nos próximos anos, o mercado para tecnologias avançadas de veículos no Brasil continuará a crescer. Uma grande parte da frota de veículos pesados está antiquada e não consegue mais atender as crescentes demandas da economia brasileira. E ainda, o fato de o país estar em processo de introdução do padrão de emissão Euro 5 para veículos pesados apresenta um desafio tecnológico adicional. A Bosch já oferece soluções que se situam dentro desses limites. Caso a proibição de motores a diesel para carros seja revogada, o mercado tem a promessa de maior crescimento.

“O governo brasileiro tem tradicionalmente proibido motores a diesel em carros como uma maneira de evitar a importação de combustível. Mas hoje em dia, o país está em posição de ser autossuficiente, e nós supomos que os motoristas de carros logo serão permitidos a optar pelo diesel também”, afirmou Dr. Markus Heyn, presidente da divisão de Sistemas de Diesel da Robert Bosch GmbH.