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Nova marca chinesa chegará ao Brasil "aos poucos"

Publicado em 19/09/2013

A chinesa Geely quer desvincular a imagem de outras fabricantes chinesas que vieram para o Brasil a partir do final da década passada
clique para ampliar>clique para ampliarGeely e Volvo (Foto: Divulgação)

Começar com uma operação pequena a fim de evitar erros que a concorrência cometeu no passado. Esse é o mantra que a chinesa Geely está seguindo cerca de 1 mês antes de sua estréia no mercado brasileiro. A meta de vender 10 mil carros no ano que vem, sem grande gasto com publicidade e oferecendo apenas dois modelos (um hatch e um sedã) é a estratégia que o presidente da empresa no Brasil Ivan Fonseca e Silva, ex-executivo da Ford, traçou para desvincular a imagem da Geely de outras fabricantes chinesas que vieram para o Brasil a partir do final da década passada.

De acordo com Fonseca e Silva, foi nesse período que as conversas entre Geely e o grupo de Luiz Gandini (que também representa a Kia no Brasil) começaram. Mais precisamente em 2009, os brasileiros foram para a China conhecer fabricantes que estivessem dispostas a negociar a vinda para o Brasil e ao mesmo tempo que tinham condição de oferecer um produto que fosse aceito pelo motorista daqui. "A Geely foi a marca superior e em meados de 2011 assinamos o contrato para termos a representação", conta o executivo.

Não mais que alguns dias depois o governo brasileiro anunciaria o Inovar Auto - programa que rege as normas sobre comercialização de veículos no Brasil e que impõe regras (como sobretaxação a importados) para estimular a indústria nacional. Nesse momento as conversas para a comercialização dos carros pararam. "Foi um baque, ninguém esperava aquilo (o Inovar Auto)", lembra Fonseca e Silva.
Após alguns meses, os chineses montaram uma linha para montagem dos carros no Uruguai e voltaram a apostar na venda para o Brasil. "Eles se instalaram primeiro lá até para ganhar experiência na América do Sul". Sim, primeiro no Uruguai, porque a Geely estuda a possibilidade de ter uma fábrica também no Brasil. "Seria uma joint-venture entre a Geely e o grupo Gandini. A partir daí nós poderíamos pensar em vender mais", diz o executivo brasileiro.

A Geely é uma empresa privada e começou sua expansão para o mercado ocidental em 2010, quando comprou da Ford a sueca Volvo (só a fábrica de carros). Desde então, a empresa tem aumentado a integração com os executivos da Volvo a fim de entregar seus novos carros mais ao gosto do consumidor ocidental. O maior passo dessa integração foi dado nessa semana, quando a Geely inaugurou um centro de pesquisa e desenvolvimento em Gotemburgo, que será comandado pela inteligência dos engenheiros suecos. O plano é muito maior do que adaptar os carros chineses ao gosto de brasileiros ou europeus. O centro tem como objetivo desenvolver uma plataforma comum para os carros das duas marcas, o que acarretaria num ganho de produtividade e redução de custos para a fabricante.

A ideia é produzir uma estrutura semelhante à utilizada pela Volkswagen com o Golf. Ela também é comprtalhida com a Audi para fabricar o A3. Com a Geely o objetivo é que em quatro anos os primeiros carros (que serão da classe compactos) nascidos desse tecnologia estejam rodando. Os da Volvo mais sofisticados e com atributos que os compradores da marca premium esperam. Os da Geely prontos para ganhar o mercado ocidental com a qualidade absorvida do projeto dos suecos.

Além do centro de desenvolvimento em Gotemburgo, um designer sueco já trabalha na concepção dos novos modelos da Geely. Por outro lado, a Volvo tem aumentado sua participação no mercado chinês, hoje o maior do mundo, por meio do acesso às distribuidores da Geely.

É com esse planejamento que a Geely pretende crescer no Brasil nos próximos anos. "As primeiras fabricantes chinesas que chegaram ao Brasil fizeram um trabalho muito mal feito, tinham planos ambiciosos e não entregaram o que prometeram. A qualidade dos produtos era ruim, faltava peças de reposição e o atendimento do pós-venda era precário. Chegou-se ao ponto de que a oficina mecânica da concessionária dizia para o cliente que o carro tinha um defeito, mas que nada poderia ser feito porque não havia peças. Não vamos repetir esses erros. Vamos começar pequenos, principalmente contando com a influência dos concessionários que teremos em suas áreas de vendas. Não vamos para os grandes centros, não vamos brigar com modelos da concorrência", diz o presidente da companhia no Brasil. Mas quando perguntado se a empresa pode ser uma das maiores montadoras do mundo em vendas nos próximos anos quando os planos com a Volvo estiverem em prática, ele deixa a moderação de lado: "com certeza".

Fonte: Portal Terra.

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