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Novo regime vai incrementar a competitividade

Publicado em 03/04/2013

Para Anfavea, Inovar-Auto reforça a característica inovadora do segmento

A competitividade da indústria, qualquer que seja o ramo de atuação, está diretamente ligada à produtividade. O segmento automotivo ganhou um aliado nesse desafio: o Inovar-Auto, programa lançado pelo governo que incentiva, entre outros aspectos, investimentos em inovação, pesquisa e desenvolvimento, utilização de componentes nacionais, atrelados a benefícios fiscais e econômicos gradativos, até 2017.

Nesse cenário, e tendo o referido ano como ponto final, Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, a associação dos fabricantes de veículos, garante que o novo regime automotivo vai resultar em uma indústria automobilística nacional no mesmo patamar, e até melhor, que a de muitos países.

“O Inovar-Auto também impõe muitos desafios. Um deles é que toda a cadeia de suprimentos tem de ser forte e, para tal, precisa atrair investimentos”, disse o executivo, em sua participação no painel Inovar-Auto e Competitividade, no IV Fórum da Indústria Automobilística, realizado por Automotive Business na segunda-feira, 1º, no WTC, em São Paulo.

Embora alguns pontos ainda demandem regulamentação, e ela não aconteça do dia para a noite, para Belini o Inovar-Auto implica aumento no custo de produção e, consequentemente, em um primeiro momento, em repasse para o consumidor final. “Mas como a meta principal do regime é aumentar a competitividade, haverá o equilíbrio”, argumenta.

O certo é que, por ora, o mercado interno está aquecido e a previsão da Anfavea é de encerrar 2013 com crescimento nas vendas entre 4% e 5%, sobretudo com a manutenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido até o fim do ano, como ficou decidido. Outro indicador de que o Brasil continua na mira dos fabricantes é a chegada de novas montadoras e, segundo o dirigente, há espaço para todos.

Além dos fabricantes, o País também precisa de investimentos em infraestrutura e, sobretudo, em logística, que impactam diretamente na competitividade do setor. “Sem dúvida, este é um dos nossos desafios.”

O diferencial na competitividade será a inovação, estimulada pelo novo regime automotivo. E para Valter Pieracciani, sócio-diretor da Pieracciani Desenvolvimento de Empresas, autor do livro “Usina de Inovações e Qualidade”, não se trata de nenhum bicho de sete cabeças ou descoberta da roda.

“Há tempos a indústria entende que sem inovação não há saída e toda empresa tem potencial para ser uma usina de inovação. Basta se organizar, se estruturar. E não precisa esperar pela regulamentação do Inovar-Auto”, sentenciou o consultor durante o painel Estratégias para a Competitividade, do qual também participaram Carlos Gomes, presidente da PSA Peugeot Citröen para a América Latina, e Roberto Cortes, CEO da Man Latin America.

Pieracciani reforçou que inovar implica explorar melhor os elementos que todas as empresas têm: pessoas, processos e relacionamentos. Neste ponto, com todos os públicos de interesse: clientes, fornecedores, sociedade e governo, entre outros. “Inovação tem de fazer parte da tradição, da estratégia, do dia a dia. O novo regime reforça essa ideia.”

Ideia compartilhada pelos dirigentes da PSA Peugeot Citroën e MAN. Segundo Gomes, a PSA já é uma usina. “Não é possível estar no mercado há 200 anos sem ser inovador. E a PSA tem inúmeros projetos pioneiros. O mais recente é a tecnologia HYbrid4, um motor híbrido diesel elétrico”, exemplificou Gomes.

Para o executivo, o novo regime automotivo apenas reforça a trajetória inovadora da empresa, baseada no tripé citado por Pieracciani. “Não visamos um market share elevado, até porque estamos fora do nicho de entrada. Mas queremos estar mais próximos do mercado, melhorar nossa relação com os parceiros, desenvolver produtos que atendam às necessidades do consumidor e nos antecipar às exigências por modelos mais econômicos e com baixo nível de emissão.”

Segundo Gomes, embora o consumidor brasileiro ainda não enxergue performance como diferencial, é uma questão de tempo. “A estratégia da PSA é superar esse desafio por novos motores.”

A MAN também se identifica com a usina de inovações descrita por Pieracciani. Para começar, Cortes cita o conceito pioneiro da fábrica de Resende (RJ), no qual os fornecedores estão no mesmo complexo industrial, modelo copiado por outras marcas.

“No quesito produto, entre vários cases, a montadora inovou ao lançar modelos de acordo com a demanda do consumidor. No passado, o cliente comprava o caminhão e precisava adaptá-lo às suas necessidades. Nós desenvolvemos projetos que atendem ao mercado.”

Cortes faz coro com o executivo da PSA ao falar do Inovar-Auto. “O regime cabe como uma luva em nossa estratégia. Até parece que foi idealizado pela MAN”, brincou, ressaltando que é um programa ganha-ganha, que prioriza quem tem feito investimentos, sem impedir que outros players se instalem. “Com certeza, a indústria nacional vai ganhar competitividade e produtividade.”

Ambos os executivos confirmaram os investimentos anunciados. Até 2015, a PSA fará aporte de R$ 3,7 bilhões em capacidade produtiva, novos modelos e motorização. Entre 2012 e 2013, a MAN Latin America iniciou um terceiro ciclo de R$ 1 bilhão, em expansão da fábrica, engenharia e P&D.

Relativamente à cadeia de suprimentos e distribuição, Pieracciani afirmou que todos os setores podem e devem inovar. “O varejo tem uma vantagem: está em contato direto com o consumidor e sabe o que ele quer. Tem de incrementar a sinergia com os fabricantes.”As autopeças, segundo o consultor, precisam se organizar, alinhar-se às exigências do mercado, desenvolver projetos tecnológicos e bater na porta do cliente, reforçar as parcerias e buscar linhas de créditos que já existem, mas eles desconhecem. “Há espaço para todos e o Brasil é um País com tradição em inovação, mas que durante décadas foi esquecida. É o momento de resgatarmos e focar na competitividade. O Inovar-Auto reforça isso”, concluiu Pieracciani.

Fonte: Marta Pereira, Automotive Business

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