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SP: metalúrgicas preenchem 80% das vagas para pessoas com deficiência

Publicado em 04/03/2013

A pesquisa foi apresentada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, que abrange 12 cidades. De acordo com os números da sondagem, as 104 metalúrgicas da base do sindicato somam 29.732 trabalhadores.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Carlos Aparício Clemente, em alguns setores o número de contratação já superou o número de vagas legais previstas na lei, que varia de acordo com o número de funcionários.

A garantia das vagas beneficia pessoas como Rosanei Pascoal, 46 anos, operadora de máquinas, que trabalha na área de engrenagens automotivas há sete anos. Antes, trabalhou em um hospital e no comércio, mas contou que sempre foi difícil conseguir emprego, porque as empresas costumeiramente davam alguma desculpa para não contratá-la.

“Eu tenho escoliose e me vejo como uma profissional. Mas eu sentia, quando as pessoas me negavam a vaga, como uma pessoa incapaz de atingir o objetivo da empresa. E isso não é verdade, porque nós somos tão capazes quanto outros, porque deficiência não é doença”.

Também operador de máquina, Evanilson Viera de Souza, de 46 anos, trabalha há 13 anos na mesma empresa. Essa não foi a primeira vez em que trabalhou lá. Antes, passou cinco anos nessa metalúrgica, mas saiu para desempenhar a mesma função em uma empresa menor, onde sofreu um acidente e perdeu o braço esquerdo.

“Depois de dois anos afastado, a empresa onde eu já havia trabalhado me chamou de volta. Comecei como ajudante, até chegar à mesma função que desempenhava, no torno mecânico. Trabalho com uma prótese e consegui me adaptar às máquinas”, contou.

Assim como Evanilson e Rosanei, muitos trabalhadores estão conseguindo colocação ou recolocação no mercado de trabalho. De acordo com o Artigo 93 da Lei de Cotas, como é conhecida a Lei 8.213, toda empresa com 100 ou mais funcionários deve destinar entre 2% e 5% dos postos de trabalho a pessoas com deficiência, segundo escala crescente, proporcional ao número de funcionários.

O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Carlos Aparício Clemente, disse que é apenas uma desculpa para não contratar, o preconceito de que pessoas com deficiência não têm qualificação. “O nível de escolaridade das pessoas com deficiência ou sem é semelhante no País. Em São Paulo, segundo o IBGE, temos três pessoas com ensino médio ou superior completo para cada analfabeto. A quantidade é muito maior do que cabe na Lei de Cotas”.

Clemente reforçou que muitas empresas do País inteiro não se importam com o cumprimento da lei e “pagam para ver”, o que também acontecia em Osasco, até que as primeiras multas começaram a acontecer, há dez anos. “Nesse período, nós construímos conhecimento para alavancar a inclusão. A qualificação falta para todo mundo. Qualquer pessoa que vai começar em qualquer trabalho precisa ser qualificada, aprender aquele novo trabalho. Ninguém vai para um novo trabalho e consegue fazer tudo imediatamente”.

Agência Brasil

 

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