Publicado em 18/02/2013
As soluções para a mobilidade urbana deverão contemplar tecnologias que garantam o aumento da eficiência energética dos veículos e a priorização de transporte de massa, de olho na redução das emissões de gases nocivos ao meio ambiente. Para tanto, o governo tem papel crucial na promoção de políticas públicas de transporte, assim como no incentivo e na pressão para que as montadoras aprimorem as tecnologias.
A diretora de regulação do Ministério das Cidades, Isabel Lins, apresentou no painel “Mobilidade Sustentável: O Futuro do Transporte “ a Lei 12.587/2012, conhecida como lei da mobilidade urbana. Nela o governo estabelece como prioridade as soluções de transporte público de massa sobre trilhos, como metrô e VLT, além de alternativas coletivas sobre rodas, como faixas e corredores exclusivos para ônibus.
A lei insere a mobilidade no cotidiano do planejamento urbano municipal. O texto determina que todos os municípios com mais de 20 mil habitantes tenham plano diretor que contemple o tema. “Não é preciso ter transporte público em todas as cidades, mas a mobilidade precisa ser pensada, mesmo que para instalar ciclovias”, explicou Isabel.
Além de priorizar o coletivo, o governo sinaliza para a indústria automotiva que a fase de incentivo fiscal sem contrapartida chegou ao fim. A partir do próximo ano, inicia-se novo ciclo de tributação, no qual montadores com veículos mais eficientes terão acesso a mais créditos e menos impostos. Esse regime será válido até 2017, quando todos os veículos vendidos no país deverão ter certificado de eficiência energética, e esse programa de etiquetagem se aliará ao regime de tributação diferenciada.
Para as montadoras, mais que um incentivo, a medida poderá ser um risco, se as metas não forem cumpridas. “Será uma corda no pescoço”, afirmou o gerente do Departamento de Certificação e Regulamentos Técnicos da Toyota do Brasil, Edson Orikassa.
Segundo ele, a tributação diferenciada é uma oportunidade para que novas tecnologias sejam embarcadas. “Quem estiver acima da curva terá de buscar novas soluções para reduzir emissões de forma significativa”, disse.
Uma das soluções apresentadas pelo executivo é mesclar tecnologias de veículos puramente elétricos, híbridos e a célula de combustível, para veículos leves, médios e pesados, respectivamente.
De acordo com ele, a Toyota trabalha com a expectativa de, em dez anos, toda a sua produção automotiva contemplar soluções híbridas ou elétricas.
Fonte: Redação Brasil Energia
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