Publicado em 17/12/2012
O novo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, afirma que a fiscalização do novo modelo do regime automotivo, que exige que as montadoras invistam mais em inovação e engenharia para obterem reduções tributárias, e a capacitação dos profissionais para este novo cenário serão os principais desafios da entidade em 2013.
“Temos de acompanhar e fiscalizar o novo regime automotivo, pois se trata de uma grande oportunidade para os trabalhadores do ABC. Trata-se da principal medida adotada para a política industrial no país”, avalia Marques, que prevê que as mudanças proporcionarão ganhos expressivos na contratação de metalúrgicos e profissionais técnicos. “Para o melhor aproveitamento destas oportunidades, iremos realizar uma discussão regional com o SENAI e com a UFABC (Universidade Federal do ABC), para oferecer a qualificação necessária, que atenda os trabalhadores e que não seja imposta pelas indústrias de forma autoritária”, garante.
Para Rafael Marques, a expectativa do sindicato é de que 2013 apresente um cenário equilibrado para os metalúrgicos. “As empresas dizem que haverá crescimento de 2% a 4% na produção e a ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) prevê 4,5%, vamos acompanhar. Creio que começaremos o ano de maneira estável, a única surpresa negativa foi a Mangels”, projeta, ao se referir à indústria metalúrgica que fechou as portas de sua unidade de São Bernardo na última terça-feira (11/12), o que ocasionou a demissão de 380 funcionários.
Ainda de acordo com o presidente do sindicato, uma das medidas que devem ser vistas como exemplo é a formação do APL (Arranjo Produtivo Local) do setor de ferramentaria, que reuniu pequenas e médias empresas do setor no ABC com o objetivo de aumentar a competitividade frente às importações de peças e ferramentas. “O arranjo produtivo arranjo produtivo é um caminho fundamental. Pena que acaba acontecendo quando a situação está complicada, como era o caso da ferramentaria, onde todas as compras estavam orientadas pela China”, completa.
O mandato de Rafael Marques como presidente do sindicato que reúne mais de 100 mil trabalhadores vai até julho de 2014.
Fonte: Airton Resende e Marcelo Melo, Repórter Diário
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