Publicado em 22/10/2012
A japonesa Nissan foi a primeira montadora habilitada pelo governo a operar dentro do novo regime automotivo Inovar-Auto, regulamentado no início deste mês, e espera retomar as vendas em patamares normais a partir de novembro, quando contará com novas cotas de importação de veículos do México, enquanto ergue sua fábrica no Rio de Janeiro.
Segundo um porta-voz da Nissan, a habilitação da empresa para o Inovar-Auto concedeu uma cota de importação
de 6.666 carros por mês, compondo um total de cerca de 80 mil veículos para 2013 que não terão
incidência do aumento de 30 pontos percentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Além disso,
a empresa terá a cota de importação dentro do acordo automotivo com o México, de 35 mil unidades,
elevando o total de importações sem o imposto maior para 115 mil em 2013.
O representante afirmou que a montadora deve retomar as vendas em patamares normais no Brasil a partir de novembro, depois
que sua cota de importação do México acabou no final de agosto, reduzindo a oferta de produtos no país.
Em
setembro, as vendas da montadora no Brasil despencaram 55 por cento sobre agosto, enquanto o mercado de automóveis
e comerciais leves recuou 31,5 por cento. A Nissan importa do México principalmente os modelos compactos de alto volume
March (hatch) e Versa (sedã).
A Nissan espera produzir 40 mil veículos no país em 2013, na fábrica
que compartilha com a Renault em São José dos Pinhais, no Paraná, segundo a assessoria de imprensa.
Em
outubro do ano passado, a montadora anunciou que investirá 2,6 bilhões de reais na construção
de uma fábrica própria em Resende, com capacidade para produzir 200 mil veículos por ano a partir de
2014.
Com a habilitação da empresa para participar do Inovar-Auto, que concede benefícios tributários
a empresas que investirem em pesquisa e desenvolvimento no país e reduzirem consumo de combustível de seus veículos
, a Nissan tem até fevereiro do próximo ano para apresentar seu projeto de investimento ao governo.
Fonte: Alberto
Alerigi Jr. e Raquel Stenzel, Reuters.
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