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Um novo ciclo para a indústria automotiva

Publicado em 09/10/2012

A nova lei pretende ampliar a participação das montadoras locais na produção mundial, deixando para trás o status de meras fabricantes para assumir o de centros globais de desenvolvimento de novos produtos.

O plano do governo é cobrar menos imposto das empresas que investirem em pesquisa e desenvolvimento, produzirem carros mais econômicos e comprarem insumos de fabricantes brasileiros. A participação de peças nacionais terá que subir gradualmente, até 2017, dos atuais 45% para 70%. Mesmo tendo de desembolsar mais recursos para adaptar-se às novas regras, as montadoras apoiaram de forma unânime o acordo, cuja redação final contou com a participação dos empresários do setor.

Foram necessárias mais de 30 reuniões até que se chegasse a um consenso. A maioria dos encontros aconteceu na sede do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) em Brasília. Nas reuniões, a tônica principal era a fórmula ideal para ampliar investimentos em inovação e a adequação do carro brasileiro a parâmetros internacionais. "É um regime transformador, uma política de longo prazo que vai atrair investimentos em pesquisa e tecnologia no País", diz Cledorvino Belini, presidente da Fiat e da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que revisou para cima o plano de investimento das montadoras para os próximos cinco anos.
Em vez dos US$ 22 bilhões previstos inicialmente, entre 2013 e 2017, serão US$ 30 bilhões para o período. O novo acordo pretende atrair, principalmente, os centros de pesquisa de empresas que hoje apenas vendem seus carros no mercado brasileiro, motivando-as a investir em inteligência local que seria exportada aos quatro cantos do planeta, sob a forma de novos produtos e serviços. Para se adequar, as montadoras terão de aplicar pelo menos 0,5% do faturamento em pesquisa e desenvolvimento, e 1% em engenharia de produção. Precisarão, também, reduzir o consumo de combustíveis em 12%, produzindo carros com autonomia de 17,26 quilômetros por litro de gasolina e 11,96 quilômetros por litro de álcool em 2017.

Quem equipar seus veículos com motores mais "verdes", poderá, ainda, abater até dois pontos no IPI. "Queremos colocar o Brasil definitivamente na rota da tecnologia", diz o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Ao anunciar as novas regras, no auditório do Ministério do Desenvolvimento, ao lado dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, Pimentel lembrou que já existem ao menos R$ 5 bilhões em novas fábricas cuja construção já foi decidida. Além da Nissan, ele se referia às chinesas JAC Motors e Chery e à alemã BMW. Outros R$ 3,5 bilhões podem ser investidos por fabricantes de caminhões.
Durante anúncio oficial do novo regime, na quinta-feira, Belini, da Anfavea, sentado na plateia do auditório do ministério, deixava clara a satisfação com a nova regulação, elaborada para incentivar a produção nacional e reduzir a concorrência dos carros importados. O foco em inovação traz uma oportunidade inédita ao País para concentrar energias onde lhe falta competitividade. A falta de investimento em pesquisa é o calcanhar de aquiles da indústria brasileira e, ao que tudo indica, o novo acordo automotivo começa a mudar esse vetor.  Quarto maior mercado consumidor e sétimo maior fabricante do mundo, com a produção de 3,4 milhões de automóveis ao ano, o Brasil está atraindo um número importante de montadoras, principalmente as asiáticas, dispostas a "pagar o tíquete para entrar na festa", como foi definido o novo regime pelo secretário-executivo da Fazenda, Dyogo Oliveira.

Fonte: Denize Bacoccina, Guilherme Queiroz, Fernando Teixeira e Rodrigo Caetano, Istoé Dinheiro.

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