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IPI foca na venda, mas produção ainda está em baixa

Publicado em 06/09/2012

O consultor automotivo Paulo Garbossa, da ADK Automotive, comentou sobre a prorrogação e disse que o objetivo do governo é manter as fábricas em plena atividade. "Em termos de produção, ainda está abaixo do ano passado. Temos de ter equilíbrio entre venda e produção"

Em abril de 2012, a Anfavea (Associação Nacional dos fabricantes de Veículos Automotores) divulgou o levantamento mensal que destacava 260.800 veículos emplacados, número 7,5% menor que o registrado em abril de 2011, quando foram vendidos 282 mil carros no Brasil. A partir de maio, os modelos de até 1.000 cilindradas tiveram o IPI reduzido em 10%, gerando descontos de até 15% no valor total do carro. Além disso, os mais potentes, com motor entre 1.001 e 2.000 cilindradas, também ficaram mais baratos e sofreram reduções de até 6,5% na alíquota do IPI. Já os veículos com motor de 1,0 até 2,0 litros importados de países fora da região do Mercosul ou do México tiveram o imposto reduzido de 43% para 36,5%.
Mesmo com a recuperação do mercado automotivo nos últimos três meses em razão do anúncio de medidas do governo para estimular a venda de carros no mercado interno, na quinta (3), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prorrogou o corte do IPI (imposto para produtos industrializados) para modelos fabricados no Brasil, Mercosul e México para mais dois meses. Agora, os carros ficam com o IPI mais baixo até o dia 31 de outubro.
O consultor automotivo Paulo Garbossa, da ADK Automotive, comentou sobre a prorrogação e disse que o objetivo do governo é manter as fábricas em plena atividade. "Em termos de produção, ainda está abaixo do ano passado. Temos de ter equilíbrio entre venda e produção", disse. Garbossa comenta que para a mão de obra instalada no Brasil tenha capacidade de comprar, o governo não pode dar fôlego apenas para as vendas e, sim, para a produção. Por isso, a prorrogação da taxa se justifica até o final de outubro: "é uma engrenagem. É preciso que tudo funcione", completa Garbossa.
Mercado em alta

O estímulo causado pelo IPI reduzido recebeu uma resposta do mercado: em julho, o mercado interno fechou o mês com 297.800 unidades vendidas, registro 8,8% maior que o de junho, quando foram emplacados 273.600 carros. Em maio, mês que teve apenas oito dias com IPI reduzido, o Brasil fechou com 280.800 carros e com aumento de 7,6% no volume de vendas comparado ao mês anterior, abril, quando 260.800 carros foram vendidos no País.
Para se ter uma ideia, no entanto, em maio do ano passado, o Brasil vendeu 304.200 carros contra os 280 mil que foram emplacados no mesmo mês deste ano. A diferença é de 7,7%, resultado que ilustra uma média de queda entre o volume de carros vendidos nos meses de 2012 contra os de 2011. Junho do ano passado também revela que o mercado, mesmo em recuperação, ainda está abaixo da média. No sexto mês de 2011, o Brasil emplacou 296.100 carros; se comparado ao mesmo período desse ano, a queda chega a 7,6%.
Garbossa ainda destaca que o governo deve ter cautela. "Teremos uma ideia no final de setembro se as vendas se anteciparam muito ou se as compras foram feitas porque os preços estavam baixos". Isso porque para o consultor, o ideal é que a recuperação fosse gradativa e não imediata. Para manter o mercado aquecido por algum tempo e as vendas em alta, Garbossa afirma que "o governo deve fazer como em 2008. Subir as taxas gradativamente para que haja um crescimento organizado, pois é melhor perder dinheiro (com o déficit causado pelo corte de impostos) que mão de obra com poder de compra".
Na prática, como fica?
Confira alguns modelos que sofreram diminuição no preço com a taxação reduzida:
Renault Sandero
O modelo de entrada da Renault custava R$ 31.950 em sua configuração mais básica. Com a redução do IPI, o preço do modelo caiu para R$ 27.030. Redução de 15,39% no preço final (R$ 3.230).

Fiat Uno
O segundo carro mais vendido do Brasil, agora sai da revenda por R$ 24.110. Antes custando R$ 26.880, o Uno ganhou 10,31% de desconto (R$ 2.770).
Nissan March
O compacto da Nissan é importado do México, e assim como os modelos fabricados no Brasil e no Mercosul também ficou com "IPI 0". Antes custando R$ 27.790, o modelo sai da loja por R$ 24.990, com redução de 10,08% no valor (R$ 2.800).

Ford Ka
Custava R$ 23.600. Com a redução do imposto, o carro 1.0 mais barato do mercado interno, agora parte de R$ 21.240. Redução de R$ 2.360 no preço. O que corresponde a 10% do valor total.

Fiat Palio Fire
O veterano passou de R$ 25.790 para R$ 23.290. A redução de 9,69% vale um desconto de R$ 2.500 na compra do modelo.

E de quanto é a redução?
Confira como fica o reajuste do IPI anunciado em maio e prorrogado pelo governo na quinta (30):

Carros de até 1.000 cilindradas
- Modelos nacionais ou importados do Mercosul ou México: IPI de 0%
- Modelos importados de fora do Mercosul ou México: IPI de 30%

Carros entre 1.001 e 2.000 cilindradas flex
- Modelos nacionais ou importados do Mercosul ou México: IPI de 5,5%
- Modelos importados de fora do Mercosul ou México: IPI de 35,5%

Carros entre 1.001 e 2.000 cilindradas a gasolina
- Modelos nacionais ou importados do Mercosul ou México: IPI 6,5%
- Modelos importados de fora do Mercosul ou México: IPI de 36,5%

Veículos utilitários
- Modelos nacionais ou importados do Mercosul ou México: IPI de 1%
- Modelos importados de fora do Mercosul ou México: IPI de 31%

Importados seguem na berlinda
A nova taxação atinge apenas modelos fabricados no mercado nacional e países com parceria comercial. Os importados continuam pagando a taxa normalmente: para esses carros, o valor é de 30 pontos percentuais sobre o preço do modelo. Na prática, aumenta em até 28% no total.
Fonte: Rafael Mandelli, iCarros.

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