Publicado em 10/01/2011
O fim da tarifa de importação do etanol brasileiro por países europeus pode estar próximo.
O tema está na pauta da reunião entre o Mercosul e a União Europeia (UE), marcada para março em Bruxelas, na Bélgica, que
se destina a discutir a viabilidade de um acordo de livre comércio.
O representante da UE no Brasil, o embaixador português
João José Soares Pacheco, disse à Agência Brasil que até 2020 os combustíveis utilizados em automóveis no bloco europeu devem
ter pelo menos 10% de fontes renováveis, como o etanol e o biodiesel.
O embaixador disse que, com esta a medida, o bloco
cumpre uma das determinações para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Prestes a deixar o país para assumir a função
de diretor-geral adjunto da Comissão Europeia, ele reconheceu que a UE precisará importar boa parte deles.
"Não conseguimos
competir com o etanol produzido a partir de cana-de-açúcar no Brasil. Nem nós nem os norte-americanos, isso é muito claro.
Portanto, vamos precisar importar", afirmou. No Brasil, onde a legislação para "combustíveis verdes" é mais avançada, a mistura
obrigatória de etanol na gasolina é de 25%.
O embaixador disse ainda que qualquer país da África, onde o Brasil desenvolve
programas de implementação e expansão do plantio de cana-de-açúcar, por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa), já pode exportar para a UE sem pagar nenhuma tarifa. "O Brasil ainda tem que pagar, mas esse é um tema que está
na pauta de negociação da União Europeia com o Mercosul", afirmou.
Fonte: Danilo
Macedo e Renata Giraldi, Agência Brasil
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